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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

LUIS FERNANDO NA ESPIRAL DO SILÊNCIO

A colocação do senador João Alberto (PMDB) na secretaria de Projetos Especiais do governo Roseana Sarney (PMDB) provocou um discreto deslocamento nas peças do poder no Palácio dos Leões.

O chefe da Casa Civil Luís Fernando Silva, outrora uma figura de proa no governo, desapareceu do noticiário após a chegada de João Alberto.

Diga-se também que a nomeação de Alberto para o governo visou atender aos interesses da família Fecury (Clóvis) no Senado.

Mas o fato principal é o ofuscamento de Luís Fernando Silva. Durante todo o ano de 2011 o chefe da Casa Civil viajou o Maranhão a pretexto de realizar os seminários regionais de lideranças.

Luís Fernando reuniu prefeitos, colheu sugestões e sistematizou as demandas em um relatório para planejar o Maranhão. Tudo balela. Na verdade ele já estava em campanha para a sucessão de Roseana em 2014.

Parecia um jogo combinado. No lançamento da pedra fundamental da Via Expressa, a governadora Roseana manifestou preferência pelo homem da Casa Civil, dizendo que gostaria de vê-lo sentado na cadeira principal do Palácio dos Leões.

Dias depois o senador Edinho Lobão, filho do ministro das Minas e Energia Edison Lobão (PMDB), deu sucessivas declarações sobre a inadiável e inevitável candidatura do lobo-pai ao governo em 2014.

Após a refrega os ânimos acalmaram, o noticiário de Luís Fernando diminuiu, João Alberto negociou a greve dos PMs e Bombeiros e o Maranhão continua do mesmo jeito.

E pode piorar. Em 2014, com a máquina do governo em campanha e a Justiça cega, o candidato da oligarquia Sarney vai sair desse caldeirão descrito acima. Dificilmente perderá a eleição.

2 comentários:

FRANCISCO ARAUJO disse...

Ed,
uma longa lista de cientistas políticos apontam para uma questão crucial: a democracia sem república tende a morrer. A liberdade sem garantia da liberdade é algo temeroso. O que se ver aqui é isso.. uma participação sem poder e os mecanismos de participação estão todos coordenados e a serviço dos viciosos. Ninguém os vence, porque não existe disputa. Os Três leões tem um mesmo domador. O circo e o circo movimentam o delírio e a conformação dos expropriados. Em linguagem marxista-religioso esse mandonismo nos expropriou de todos os meios de produção, de gestão da vida e agora quer nos expropriar as almas, os espíritos de cada um que compõe essa sociedade de servos...
Porém, desconfio que eles (os donos do Maranhão) não descobriram a fórmula de evitar a morte (física). Tudo cheira que é esse seja o último Natal... A morte não tem filiação ideológica/partidária.

Ed Wilson Ferreira Araújo disse...

Francisco,
Deus te ouça.
Ed Wilson