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quinta-feira, 3 de julho de 2014

ARNALDO MELO ENCOLHEU NA CHAPA DE EDINHO LOBÃO

Arnaldo Melo, grisalho, rebaixado à condição de candidato a vice-governador na chapa de Edinho
De vez em quando, a oposição alimenta algumas esperanças inúteis, tipo: 1) Arnaldo Melo iria romper com José Sarney; ou 2) Edison Lobão estaria à beira de uma crise na oligarquia.

Não vingou nem uma coisa nem outra. Do clã Lobão saiu o candidato ao governo - Edinho - e Arnaldo Melo é o vice. Ambos são  do PMDB.

Presidente da Assembleia Legislativa, Arnaldo Melo esteve no centro dos debates após o ingresso do ex-vice-governador petista Washington Oliveira (WO) no Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Ao enviar WO para um purgatório de luxo (sem demérito aos bons servidores do TCE), José Sarney arquitetava uma eleição indireta na Assembleia Legislativa, tentando fazer governador antes do tempo o então candidato Luis Fernando Silva (PMDB).

Tudo ocorria no cenário em que a governadora Roseana Sarney (PMDB) saísse candidata ao Senado, abrindo vacância no cargo.

Nesse caso, a opção de Arnaldo Melo seria a convocação da eleição indireta na Assembleia ou ele próprio assumir o governo. 

Porém, Roseana resolveu ficar no cargo, para desgraça do Maranhão.

Foi nesse intervalo de uma possível crise sucessória que a oposição viajou na possibilidade da ruptura de Arnaldo Melo com a oligarquia. 

Alguns chegaram a sonhar que o presidente da Assembleia poderia assumir o governo e fazer uma aliança com os adversários de Sarney, mas ele seguiu fiel.

Depois de quase ser governador, Arnaldo tentou a vaga do Senado na chapa da oligarquia.

Desta vez, foi derrotado por Gastão Vieira (PMDB).

Só restava a Melo uma nova candidatura de deputado estadual, com eleição garantida, mas sem a presidência da Assembleia na próxima legislatura.

Enfadado de tantos mandatos de deputado, ele deve transferir o cargo à esposa, algo muito comum no Maranhão.

Por fim, será candidato a vice-governador na chapa com Edinho Lobão (PMDB).

Para Arnaldo Melo, que quase foi governador e tentou a vaga ao Senado, a vice de Edinho é um rebaixamento político.

Descer do posto de ex-presidente da Assembleia e virar coadjuvante de Edinho Lobão é humilhante.

Sair da condição de líder dos deputados para bibelô de Edinho é uma insignificância.

Arnaldo Melo foi reduzido a pó, encolheu.

Nem uma cadeira na Academia Maranhense de Letras (AML) ele ganhou, como prêmio de consolação, após tantos serviços prestados a Sarney.

Deve estar rico de dinheiro, mas empobreceu politicamente ao compor a vice com Edinho Lobão.

Ainda bem que Arnaldo Melo não rompeu com o coronel Sarney. Já existe expurgo de sobra da oligarquia buscando abrigo na mudança.

Com Edinho fica melhor. Eles se merecem.

Um comentário:

FRANCISCO ARAUJO disse...

Vi uma outra foto..onde eles aparecem abraçados...lembrei daquele dito popular: abraço dos afogados!