domingo, 30 de novembro de 2014

UMA OBRA RADICAL PARA FLÁVIO DINO: A URBANIZAÇÃO DO ATERRO DO BACANGA

Maquetes do estudo de urbanismo da professora Barbara Prado: mudança no visual de São Luis 
Este blogue não cansa de sonhar e reivindicar: é preciso urbanizar o Aterro do Bacanga e conectá-lo ao Centro Histórico de São Luís.

Trata-se de uma obra fundamental para mudar radicalmente a paisagem da cidade, revitalizando o grande eixo que vai da Praia Grande à capela de São Pedro, na Madre Deus.

Parte desse projeto já existe. As possibilidades de aproveitamento do aterro foram sistematizadas no estudo de urbanismo da margem esquerda do rio Bacanga, de autoria da doutora em Urbanismo pela UFRJ e professora do curso de Arquitetura da UEMA, Barbara Prado.

Interessada nos estudos insulares, Barbara Prado projetou no aterro um conjunto de equipamentos capazes de dar utilidade e beleza a uma grande área subutilizada.

Iniciado no Terminal da Integração da Praia Grande, o aterro estende-se até a Barragem do Bacanga, reunindo as condições ideais para ser o maior e mais belo Parque de São Luis.
Aterro abandonado, sem qualquer utilidade para a população, à espera de árvores, quadras, campos etc
O Aterro do Bacanga é um espaço imenso, onde podem ser implantados:

+ Ciclovias;

+ Quadras poliesportivas;

+ Campos de futebol;

+ Pistas de caminhada;

+ Academias públicas;

+ Quadras adaptadas para pessoas com necessidades especiais;

+ Quiosques para alimentação;

+ Chuveiros;

+ Pista de skate;

+ Recuperação do Circo da Cidade;

+ Arenas para shows musicais e teatro ao ar livre;

REVITALIZAÇÃO DO CENTRO HISTÓRICO

A urbanização do aterro é fundamental também para a revitalização do Centro Histórico, hoje reduzido ao quadrilátero do Projeto Reviver, mas com grande potencial histórico até a igreja do Desterro.

É possível, ainda, interligar o Aterro do Bacanga ao Centro Histórico por aeromóvel ou passarela, liberando o fluxo de veículos com a retirada do semáforo localizado em frente ao Terminal da Integração.
Pátio do Convento das Mercês, lugar ideal para interligar o Centro Histórico...
... através do aeromóvel, eliminando o semáforo e dando mais fluxo ao trânsito 
O aeromóvel é uma opção viável para ser instalado à altura do Convento das Mercês, onde há uma grande área livre para construir o suporte, desembocando no aterro.

A revitalização do Centro Histórico é uma ação necessária para incrementar o turismo em São Luís. Nos últimos anos, cidade tem sido apenas um entreposto para os visitantes que priorizam os Lençóis Maranhenses.

Com a capital sem atrativos, os turistas passam rapidamente na Praia Grande e seguem para Barreirinhas. Nesse contexto, é urgente ampliar as áreas de visitação do Centro Histórico, até a igreja do Desterro e o Convento das Mercês, conectando-os por meio do aeromóvel ao futuro Parque da Cidade, instalado no Aterro do Bacanga.

São Luís é a única capital do Nordeste sem um parque. Está na hora de fazer uma parceria entre o governador eleito Flávio Dino (PCdoB) e o prefeito Edivaldo Holanda Junior (PTC) para mudar a cidade. A população merece. E vai agradecer.

Leia mais sobre esse assunto aqui, aqui e mais aqui.

sábado, 29 de novembro de 2014

DUELOS MUSICAIS: JAZZ & BLUES AGUARDAM DISPUTA ENTRE PABLO E WESLEY SAFADÃO

A onda de sofrência que tomou conta de São Luis no último fim de semana é um duro golpe na ditadura dos forrozeiros.

Nas ruas esburacadas da cidade, a poluição sonora dos carros de luxo e caminhonetes trocou os Aviões do Forró pelos melodramas sonoros do pablismo.

Pablo é um símbolo da pedagogia do (coração) oprimido.

No fim de semana em que mataram 23 pessoas na região metropolitana de São Luís, a 15ª cidade mais violenta do mundo, falar de amor é fundamental.

Mas, a multidão da sofrência embarca hoje no forró de Wesley Safadão, o mais esperado do ano, segundo seus divulgadores.

Da disputa entre Pablo e Safadão vai sair o adversário do festival Jazz e Blues de São José de Ribamar, de 5 a 7 de dezembro.

Mississipi em chamas. A cidade balneária vai pegar fogo com os acordes e sopros das guitarras e metais universais.

Quem vai para a final? Bluseiros, forrozeiros ou sofrêncios?

Falando sério, está começando a pintar um clima democrático nas ondas sonoras do Maranhão.

Pablo conseguiu derrubar o avião forrozeiro que despeja toneladas de decibéis pelas ruas todos os dias, a qualquer hora, repetindo as surradas rimas sobre as intrigas entre a mulher safada e o homem raparigueiro.

Precisamos de mais jazz e blues no Maranhão, até agora restritos a poucos espaços culturais e emissoras onde se pode ouvir algo diferente do convencional.

Queremos também a ampliação do chorinho, do samba, da MPB, do rock, do merengue, rumba, salsa e o escambau. A rádio Universidade FM é nosso porto seguro.

Aplausos para a Satchmo Produções e suas ótimas sacadas musicais, envolvendo uma trupe de bons artistas e sonoridades poéticas.

Na Internet, a rádio da vanguarda revolucionária do movimento estudantil solta uma seleção musical de primeira qualidade, retirada do fundo do baú de sonhos e heterotopias da geração dos 80’s Oitentistas UFMA.

Falando mais sério ainda, é hora de dar um cavalo de pau na política cultural do Maranhão, no que diz respeito à diversidade musical e à produção independente, fomentando velhos e novos talentos da nossa terra.

Queremos diversidade. Chega da ditadura do forró. Ninguém é obrigado a ouvir as mesmas músicas todos os dias, no último volume das caminhonetes forrozeiras.

É hora de criar a Orquestra Sinfônica do Maranhão.

JOÃO CASTELO E SUAS MÚLTIPLAS CONDENAÇÕES

Castelo, ao centro, nos banquetes da oligarquia Sarney, acabou condenado
Um dos piores subprodutos da oligarquia Sarney, o ex-prefeito João Castelo (PSDB) foi condenado a 2 anos e 3 meses de prisão, mas a pena foi convertida em prestação de serviços à comunidade.

A condenação é fruto de uma ação movida pelo Ministério Público, devido ao não pagamento dos salários dos servidores municipais em dezembro de 2012, último mês da sua gestão.

Castelo já havia sido condenado pelo povo, em outubro de 2012, sendo rejeitado na tentativa de reeleição para a Prefeitura de São Luís.

O eleitor também condenou a filha dele, Gardênia Castelo (PSDB), que não conseguiu renovar o mandato de deputada estadual, em 2014.

As derrotas de Castelo, nas urnas e na Justiça, são fruto do que ele semeou ao longo da sua vida pública.

Até os seus bajuladores ficaram sem condições de argumentar diante do abandono, dos maus tratos e da destruição de São Luís.

Castelo foi o pior prefeito de todos os tempos da capital do Maranhão. Deixou a cidade totalmente esburacada, as escolas sem aula e os hospitais (Socorrão I e II) transformados em acampamentos de guerra.

Ele conseguiu ser pior que a sua própria esposa, Gardênia Gonçalves, prefeita de São Luís de 1986 a 1989, quando até a sede da Prefeitura foi incendiada.

Para infelicidade dos maranhenses, João Castelo ainda conseguiu um mandato de deputado federal, mas não está imune a outras ações do Ministério Público, fruto de sua desastrada passagem pela Prefeitura.

De todas as perversidades praticadas por ele contra o povo de São Luís, a mais cruel foi exibida no Jornal Hoje/TV Globo, denunciando o galpão utilizado pela Secretaria Municipal de Educação, onde estavam apodrecendo centenas de livros, carteiras, réguas, fardas e tantos outros equipamentos escolares que deveriam ser destinados às crianças de São Luís.

Até os ônibus escolares foram abandonados por Castelo, um gestor sem qualquer sensibilidade com os estudantes pobres, que enfrentam o sol escaldante para se deslocarem aos colégios.

A pá de cal na sua administração veio com o fracassado projeto do VLT, uma obra eleitoreira, sem planejamento, que só serviu para enterrar milhões de reais do contribuinte nos trilhos abandonados no Aterro do Bacanga.

A condenação de Castelo por improbidade administrativa é justa. Melhor ainda é a condenação das urnas.

Que o povo se livre dele, para sempre, em 2018.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

LEITURA FUNDAMENTAL PARA ENTENDER A CORRUPÇÃO NO BRASIL

Todas as denúncias de corrupção investigadas pela CPI da Petrobras têm origem no financiamento de campanha e na troca de favores entre os governos e as empreiteiras.

Na reportagem “Quatro irmãs: assim atua o capitalismo brasileiro”, de Adriano Belissário, você vai compreender como funciona o esquema promíscuo entre o governo e o quarteto que controla os negócios de obras gigantes no Brasil: OAS, Andrade Gutierrez, Odebrecht e Camargo Correa.

Veja a matéria completa AQUI

Principais beneficiadas com as licitações e os financiamentos do BNDES, as quatro irmãs são também as maiores doadoras das campanhas eleitorais.

É simples. Elas fazem doações milionárias aos partidos e recebem as obras e privilégios do governo em troca.

As quatro irmãs são empresas transnacionais e atuam na África, América Latina e na Ásia. Além da construção civil, controlam a privatização de estradas e linhas de metrô, além de investimentos nas áreas de petroquímica, moda, telefonia e armamentos.

As sandálias Havaianas, por exemplo, são controladas pela Camargo Corrêa, através do grupo Alpargatas.

Desde a ditadura militar, elas dominam os negócios envolvendo as grandes obras no Brasil.

A bomba explodiu nas mãos do PT, mas o esquema é antigo e atravessou todos os governos.

O escândalo tomou proporções maiores porque o PT nasceu e cresceu pregando ética e correção na política.

Se a roubalheira do dinheiro público fosse com qualquer outro partido, seria normal ou não haveria tanto espanto.

Com o PT é mais grave, porque o partido fez inverso do que prometeu. Lula, por exemplo, foi chamado de “meu chefe” pelo presidente da Odebrecht, na apresentação do projeto do estádio Itaquerão, em São Paulo.

As obras da Copa do Mundo, a construção de hidrelétricas e a transposição do rio São Francisco estão entre os principais negócios do quarteto.

Mas, é bom registrar: as relações promíscuas entre o governo e as empreiteiras vêm de longe.

A reportagem foi publicada no site Outras Palavras

Ótima leitura.

OS TRÊS TRABALHOS DE HÉRCULES: DESAFIOS E ESTRATÉGIAS PARA ELEVAR O IDH DO MARANHÃO (o 1º trabalho)

Josemar Sousa Lima é economista, com especialização de Projetos de Desenvolvimento Rural Sustentável e Consultor do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura – IICA.

O Índice de Desenvolvimento Humano – IDH, lançado em 1990 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, originou-se de estudos realizados pelo economista paquistanês Mahbub Ul Hag e teve como objetivo explícito “Desviar o foco do desenvolvimento da economia e da contabilidade nacional para políticas centradas em pessoas”.

Para produzir o primeiro Relatório do Desenvolvimento Humano – RDH, Mahbub reuniu um grupo seleto de economistas bem conhecidos, incluindo Paul Streeten, Frances Stewart, Gustav Ranis, Keith Griffin, Sudhir Anand e Meghnad Desai, mas foi o trabalho de Amartya Sem, sobre capacidades e funcionamentos que forneceu o quadro conceitual do trabalho. Hag tinha certeza de que uma medida única, composta pelo desenvolvimento humano, seria necessária para convencer a opinião pública, os acadêmicos e as autoridades políticas de que podem e devem avaliar o desenvolvimento não só pelos avanços econômicos, mas também pelas melhorias no bem estar humano.

A partir de 2010, o IDH passou a combinar as três mais significativas dimensões do desenvolvimento humano: Uma vida Longa e Saudável, O Acesso ao Conhecimento e Um Padrão de Vida Decente. Foram, então, desenvolvidos os três seguintes índices: IDH/Educação, IDH/Longevidade e IDH/Renda.

Faço esse enfoque inicial para mostrar os três grandes desafios que o governo, a sociedade civil e os empreendedores passam a ter a partir de 1 de janeiro de 2015, quando o nova administração do estado do Maranhão inicia uma cruzada para elevar os indicadores sociais que envergonham todos os maranhenses.

O Maranhão hoje é o 26º (vigésimo sexto) no ranque nacional do IDH, só ganhando do desditado estado de Alagoas, também vítima da mesma doença cancerígena que atacou o Maranhão e o deixou em estado terminal na UTI, ou mais apropriadamente na sarjeta porque lá não existiam mais vagas para indigentes.

O IDH/Total do estado do Maranhão situa-se na casa de 0,639, numa escala que vai de zero 0 (zero) a 1 (um), com status de médio desenvolvimento humano (0,600 a 0,699). O mais baixo IDH setorial e o IDH/Educação, o décimo nono entre os estados brasileiros, atualmente na faixa de 0,562, mais os IDH’s Longevidade e Renda, embora mais elevados, nos empurram para os últimos lugares na comparação com os demais estados brasileiros.

Estrategicamente, entretanto, creio que as preocupações maiores devem estar concentradas na melhoria da educação, tendo em vista que a melhoria do capital humano é condição necessária para alavancar qualquer mudança no perfil de desenvolvimento qualitativo do estado. E ai, amigos, apresenta-se o primeiro grande trabalho de Hércules!

No Índice de Desenvolvimento Humano – componente Educação – a dimensão Acesso ao Conhecimento é medida no Brasil pela composição de dois subíndices: a escolaridade da população adulta e o fluxo escolar da população jovem, valendo-se das variáveis abaixo listadas, sendo esses os números apresentados pelo Maranhão, comparados com o estado do Rio Grande do Norte, que ocupa a 16º posição no ranking do IDH/Brasil. Tomamos o estado do Rio Grande do Norte como parâmetro porque é a posição que o estado do Maranhão ocupa no ranking do Produto Interno Bruto – PIB.

- População adulta com ensino fundamental concluído: 44,36% - Isso indica que 55,64% da população adulta do Maranhão não concluiu o ensino fundamental, ou seja, não chegou ao 9º ano de estudo. No estado do Rio Grande do Norte esse percentual é de 48,60%;

- Crianças de 5 a 6 anos de idade frequentando escola: 93,85% - Neste item o estado apresenta bons resultados, restando apenas preocupação com a qualidade dos espaços físicos que abrigam essas crianças e do ensino ministrado. No Rio Grande do Norte o percentual é um pouco maior 94,58%;

- Jovens de 11 a 13 anos nos anos finais do fundamental: 81,56% - É uma posição confortável, aproximando-se do estado do Rio Grande do Norte onde este percentual é de 85,04%;

- Jovens de 15 a 17 anos com fundamental incompleto: 47,84% - É, igualmente, administrável essa colocação, sendo que o no estado do Rio Grande no Norte o percentual é um pouco maior, atingindo 48,77%; e

- Jovens de 18 a 20 anos com ensino fundamental completo: 29,60% - Aqui a situação é extremamente preocupante, identificando-se uma defasagem idade série indicativa de que esses jovens praticamente já estão fora da escola e reforça a tendência já identificada no item primeiro, onde 55,64% da população adulta do estado do Maranhão não concluiu o ensino fundamental. O estado do Rio Grande do Norte tem dez pontos percentuais acima do estado do Maranhão nesse item.

Assim, ficam explícitos os grandes desafios do IDH/Educação, sendo que os maiores gargalos encontram-se localizados na baixa escolaridade da população adulta, onde 55,64% não concluíram nem o ensino fundamental. Apenas 26,36% da população com 25 anos ou mais concluíram o ensino médio e uma catástrofe se abate sobre o ensino superior onde apenas 5,43% dos maiores de 25 anos concluíram esse estágio de ensino.

Alguma coisa tem que ser pensada urgentemente para estimular que essa massa de maranhenses volte às salas de aula, para obter capacidades intelectuais e meios de acessar o mercado de trabalho e garantir ocupação e renda, inclusive com reflexos no IDH/Renda do estado. Onde está essa massa de jovens que não concluiu o ensino fundamental? Alguns tentam tocar a vida autonomamente, mas sem dispor dos instrumentos necessários e quando procuram voltar à escola, faltam-lhes tempo e disposição. Outros enfrentam trabalhos degradantes e sem perspectivas de crescimento profissional. 

O mais triste, entretanto, é que uma grande parte deles está em estágio para entrada no mundo das drogas, da prostituição e do crime ou já estão lá devidamente diplomados.

O Desenvolvimento do Capital Humano impõe-se como uma meta estratégica, onde a Gestão e Inovação do Sistema Educacional e das Escolas, inclusive com a definição clara de um referencial pedagógico, deve ser considerado como um Projeto Estruturante ou Projeto Âncora, com outros demais Projetos Satélites, destacando-se  os seguintes: Formação e Valorização de Professores, Implantação da Escola em Tempo Integral, Qualidade e Expansão da Educação Infantil, Qualidade do Ensino Fundamental, Fortalecimento das iniciativas de Educação no Campo, Qualidade e Universalização do Ensino Médio, Expansão e Qualidade do Ensino Técnico e Expansão do Acesso ao Ensino Superior de Qualidade.

Ainda temos no Maranhão a chaga do analfabetismo que, mesmo não compondo as variáveis do IDH/Educação, tem que ser enfrentada, pois ainda temos em média 20,87% de analfabetismo, sendo que na zona rural e nos grupos étnicos esses percentuais se ampliam assustadoramente.

Entendo como tão importante como a seleção das 65 (sessenta e cinco) diretrizes estratégicas, fruto de amplo processo de participação social, a definição de uma estratégia que permita que essa imagem de futuro construída, o que não é ainda uma Visão de Futuro metodologicamente elaborada, possa ser efetivamente alcançada. Permito-me aqui sugerir um caminho técnico para que o novo ciclo de desenvolvimento se torne realidade para as gerações atuais e futuras.

QUATRO ESTRATÉGIAS

Assim, quatro estratégias principais formariam o núcleo propulsor do processo de transformação que a sociedade espera há cinquenta longos anos:

1 – Desenvolvimento do Capital Humano, onde se buscaria elevar o IDH/Educação, atacando os seus principais gargalos já a partir do primeiro ano de governo;

2 – Redução Drástica das Causas da Pobreza e das Desigualdades, como forma de se garantir uma ampla inclusão social, com vistas a ampliar o IDH/Qualidade de Vida ou Longevidade;

3 – Diversificação Econômica, Agregação de Valor à Produção, Incentivo à concepção de uma Nova Matriz Tecnológica para a Produção Familiar, Integração dos Arranjos Produtivos Locais e Adensamento das Cadeias Produtivas existentes e potenciais, com o objetivo de desconcentrar o Produto Interno Bruto e criar condições para elevação da Renda Per Capita do estado, situada atualmente no vergonhoso valor de R$ 360,34, menos da metade da renda per capita média do Brasil.

4 – Desenvolvimento da Capital Social e Fortalecimento das Instituições Públicas Maranhenses, necessário para garantir a organização e participação da sociedade civil e dos empreendedores no processo de concepção, elaboração, execução, monitoramento e avaliação das políticas públicas e dos Planos, Programas, Projetos e Ações Governamentais, com eficiência e eficácia.

Além dessas estratégias principais, outras sete Estratégias Complementares se agregariam a esse núcleo, formando Agrupamentos de Projetos em torno de um Projeto Âncora que dada a inter-relação existente formaria um campo com elementos de alto grau sinérgico;

5 – Redução drástica e definitiva da violência e da criminalidade no estado;

6 – Conservação e recuperação dos recursos naturais, com ênfase para as áreas protegidas e bacias hidrográficas;

7 – Promoção de um desenvolvimento mais equilibrado entre a região metropolitana e as demais regiões do estado, inclusive com compensações para as regiões e municípios que possuem seus espaços territoriais ocupados com áreas de proteção ambiental e necessitam preservar esses espaços para aproveitamento pela economia do turismo;

8 – Alcance de níveis crescentes de eficiência, integração e acessibilidade do sistema logístico, permitindo que ele atenda demandas dos setores primário e terciário da economia maranhense;

9 – Estabelecimento de Alianças Estratégicas regionais, nacionais e internacionais para desenvolver oportunidades de desenvolvimento integrado de interesse do estado;

10 – Desenvolvimento de uma Rede de Municípios que favoreçam o dinamismo econômico, desenvolvam projetos pilotos de educação e preservação ambiental; infraestrutura turística e avancem no atendimento das demandas básicas, principalmente das periferias e povoados; e

11 – Fortalecimento da identidade maranhense e da imagem do estado do Maranhão.

E olha que eu ia falar só sobre os desafios do IDH/Educação e terminei avançando para o campo das estratégias gerais para o desenvolvimento do estado do Maranhão, deixando os dois últimos trabalhos de Hércules – IDH/Renda e IDH/Qualidade de Vida para outros artigos.

SÉRIE DE ARTIGOS ABORDA O IDH NO MARANHÃO E OS DESAFIOS DO GOVERNO FLÁVIO DINO

O blogue começa a publicar hoje uma série de três artigos enfocando o diagnóstico e os desafios do Maranhão, visando superar os indicadores sociais, especialmente o IDH. 

Trata-se de apontamentos embasados, fundamentais para o debate e a instrução dos gestores públicos sobre desenvolvimento e sustentabilidade, conceitos inseparáveis.

Os artigos, de autoria do economista Josemar Sousa Lima, complementam o texto “Do PIB ao IDH – a evolução de um conceito”, publicado AQUI

A série de artigos, batizada pelo autor de “Os três trabalhos de Hércules”, tratam dos grandes desafios em relação ao IDH/Educação, IDH/Renda e IDH/Qualidade de Vida ou Longevidade. “São artigos em tentarei detalhar os desafios e gargalos que o estado do Maranhão e, consequentemente, o governo Flávio Dino enfrentarão nessa tarefa”, explicou Josemar Lima.

O primeiro texto trata do IDH/Educação, onde o autor levanta a necessidade de o governo estabelecer estratégias para alcançar um novo ciclo de desenvolvimento.

Daqui a pouco estará na tela “Os três trabalhos de Hércules – desafios e estratégias para elevar o IDH do Maranhão (o 1º trabalho)”

Com estas publicações, esperamos contribuir para um novo patamar de diálogo e debate na blogosfera maranhense. 

Desde já, nossos agradecimentos ao economista Josemar Sousa Lima pela disponibilidade em contribuir com a crítica propositiva sobre o Maranhão.

Boa leitura.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

O PT DO MARANHÃO DE VOLTA AO PROTAGONISMO

Augusto Lobato: capacidade de diálogo e trânsito entre as forças do PT
Depois de tantas disputas internas, a Resistência Petista sai vitoriosa do campo de batalha, na certeza de ter feito a opção correta ao não se alinhar à oligarquia Sarney e seguir firme no campo das oposições.

A postura da Resistência Petista foi fundamental para envolver a militância na campanha de Flávio Dino (PCdoB) e ajudar na construção da vitória ao governo do Maranhão.

Resultado: no governo comunista o PT obteve dois espaços no primeiro escalão: Francisco Gonçalves, na pasta dos Direitos Humanos e Participação Popular; e Marcio Jardim, na Secretaria de Esportes.

Flávio Dino também colheu da Resistência Petista o futuro presidente da Companhia de Saneamento Ambiental (Caema): Davi Telles.

Em São Luis, o partido manteve a presidência da Fundação Municipal de Cultura (FUNC), sob o comando de Marlon Botão, que substituiu Francisco Gonçalves.

A Resistência Petista ainda conquistou espaços no parlamento, com a efetivação do primeiro suplente Nelsinho Brito Martins na Câmara Municipal.

Nelsinho vinha de duas boas votações nas disputas para vereador (2008 e 2012). Agora, assume interinamente o mandato, em substituição a Honorato Fernandes, que pediu licença médica.

MUDANÇA DE AGENDA

Desde 2010, uma parte do PT, liderada por Washington Oliveira (WO), fez uma adesão submissa à oligarquia e transformou o partido na sucursal dos interesses de José Sarney (PMDB).

Nesse período, a legenda era motivo de vergonha e chacota, produzindo sucessivas agendas negativas e o epíteto de “sarnopetistas”.

O envolvimento do PT com Sarney no Maranhão só serviu para duas coisas: desmoralizar o partido e beneficiar o ex-vice governador Washington Oliveira com um cargo vitalício de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Ao contrário da adesão submissa à oligarquia Sarney, a Resistência Petista seguiu firme na oposição, cumprindo um papel importante na vitória da coligação liderada por Flávio Dino.

O PT voltou ao cenário político com altivez, recuperando a imagem degradada naquele período em que esteve sob a liderança de WO, sucessivamente humilhado pela governadora Roseana Sarney.

No futuro, o próximo passo é construir a vitória no Processo de Eleição Direta (PED), que vai definir as novas direções municipais e estadual, inclusive os presidentes dos diretórios.

Do ponto de vista estratégico, pensando no crescimento do partido, o nome de Augusto Lobato é o que mais agrega e melhor representa a unidade para liderar coletivamente o PT no Maranhão.

Um dos principais expoentes da Resistência Petista, Augusto Lobato é o dirigente mais adequado para compor as forças progressistas do partido e elevar o PT à condição de protagonista no cenário político do Maranhão.

Virada a página do sarnopetismo, é hora de o PT olhar para a frente e pensar grande.

AÇAILÂNDIA: MANIFESTAÇÃO VAI REIVINDICAR MELHORIAS NO TRANSPORTE COLETIVO

A Rede de Cidadania convida a população para um protesto sobre a falta dos ônibus na cidade. O evento vai acontecer amanhã, dia 28 de novembro, às 8 horas, na Praça do Pioneiro.

Veja abaixo o texto da convocação:

E o ônibus, cadê?

A população de Açailândia ficou revoltada com a última promessa descumprida pela Prefeitura em relação ao transporte público na cidade. E dessa vez não vai ficar calada não. A Rede de Cidadania convida os moradores de todos os bairros da cidade a participar de uma grande manifestação que irá começar na sexta-feira, dia 28 de novembro, às 8horas, na praça do Pioneiro.

O tempo esgotou definitivamente ontem. Na reunião do dia 20 de novembro, de fato, a Prefeitura tinha se comprometido a levar uma resposta sobre o problema da falta de ônibus para a Promotoria até o dia 26 de novembro, às 18 horas. Infelizmente, porém, ninguém do Município pisou no Ministério Público nos últimos dias. Deixando a população a pé. De novo.

Resolver este problema desde já era possível. No Ministério Público, por exemplo, tinham sido apresentadas várias propostas interessantes: utilizar os ônibus escolares amarelos do Município em circulação nos horários de pico para transportar gratuitamente idosos, deficientes e estudantes; utilizar o decreto de emergência no transporte para botar ônibus para circular; garantir uma vaga gratuita em cada táxi a lotação, no assento da frente, para idosos e deficientes; reconhecer o direito dos estudantes a pagar meia passagem sem limite de quantidade em cada táxi.

Nada disso vai acontecer. E por isso mesmo, como já tinha sido anunciado, a conversa sai agora do escritório da Promotoria para continuar nas ruas com uma grande mobilização. Todos estão convidados a participar: estudantes, idosos, deficientes, jovens, trabalhadores, aposentados, mulheres, homens, crianças. Todos mesmo. Ninguém fique fora: o direito à mobilidade é de todos e tem que ser a população toda a dar um basta.

Açailândia, dia 27 de Novembro de 2014

Rede de Cidadania

CAOS NO TRANSPORTE: ENTRE AS SUCATAS E O VLT, FALTA A LICITAÇÃO

O VLT do prefeito João Castelo: projeto eleitoreiro fracassado enganou a população da capital
A intervenção na Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), posteriormente revogada na Justiça, dá a dimensão de um dos principais problemas de São Luis.

No todo, a questão é complexa. Envolve a reorganização completa do sistema, que passa necessariamente pelo enfrentamento do poderoso Sindicato das Empresas de Transporte (SET).

O SET controla a cidade há décadas, com o monopólio das linhas, um negócio altamente lucrativo que tornou milionário um segmento já forte no jogo de poder do Maranhão.

Basta observar que nenhum vereador de São Luís ousa tocar no assunto transporte coletivo. A Câmara, infelizmente, é uma sucursal dos interesses do SET.
Frota mais antiga do país se arrasta pelas ruas de São Luis
A intervenção na SMTT ocorreu depois que todos os Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) celebrados com o Ministério Público foram descumpridos pelo prefeito Edivaldo Holanda Junior (PTC).

O negócio é tão kafkiano que o prefeito contratou uma empresa para preparar a licitação!

Quando quer ganhar aumento de tarifas e subsídios da Prefeitura, o SET paralisa os ônibus e força o prefeito a atender aos interesses dos empresários de ônibus, utilizando para isso o Sindicato dos Rodoviários, que acaba sendo compensado com pequenos reajustes.

A situação se agravou depois do desastroso projeto de implantação do VLT, na gestão do ex-prefeito João Castelo (PSDB), que nunca saiu do aterro do Bacanga.

Ficamos sem VLT nem licitação. São Luís segue servida por um sistema de transporte desumano. Para piorar, a bilhetagem eletrônica não funciona a contento, há fraudes e alguns terminais da integração viraram campos de concentração.

O péssimo transporte coletivo causa transtornos na vida de toda a população. Sem ônibus decentes, cada pessoa compra um carro ou moto e vai entupindo as ruas esburacadas e sem sinalização adequada.

Uns morrem de raiva; outros, de acidente. Ou se machucam gravemente.

O dinheiro jogado fora com o projeto do VLT soma-se aos gastos com acidentados nos hospitais. E a população se endivida comprando carros, que não andam nos engarrafamentos.

Muitos perdem dinheiro, paciência e tempo. Alguns perdem a vida.

Só quem não perde é o SET, que continua monopolizando as linhas, enquanto a licitação não sai nunca.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

CAXIAS VAI SEDIAR EVENTO NACIONAL PARA DEBATER CAPITALISMO E EDUCAÇÃO

“A Crise Estrutural do Capitalismo e seus Impactos na Educação Pública Brasileira” é o tema a ser debatido na XII Jornada do Grupo de Estudos e Pesquisas “História, Sociedade e Educação no Brasil”- HISTEDBR e no X Seminário de Dezembro do HISTEDBR-MA a serem realizados nos dias 2, 3 e 4 de dezembro de 2014, no Centro de Estudos Superiores de Caxias, da Universidade Estadual do Maranhão.

A abertura oficial acontecerá às 9h30 e será marcada pela Conferência Magna, proferida pelo educador Demerval Saviani. Os eventos abordarão assuntos de relevância para o processo de ensino e pesquisa na área da História da Educação e para o debate das políticas educacionais.

De acordo com a organização, a temática em pauta contempla conteúdos de caráter filosófico, histórico, pedagógico e político, como resultado de uma elaboração coletiva, que vem sendo realizada desde a década de 1980, pela rede nacional de pesquisadores do HISTEDBR, coordenada pelos professores Dermeval Saviani e José Claudinei Lombardi, da Unicamp/ Faculdade de Educação – Departamento de Filosofia e História da Educação.

Segundo a professora do IFMA – Campus Centro Histórico - Lícia da Hora, pesquisadora do GT-MA HISTEDBR/Projetos Integrados, a XII Jornada agrega na sua programação pesquisadores de destaque no campo da educação profissional, referência para debates importantes no âmbito da organização do trabalho pedagógico nos Institutos Federais.

Considerando o desenho pós-eleitoral para a educação profissional pública com a proposta de expansão do PRONATEC, principal programa para área da educação defendido pelo governo Dilma, o evento nacional da Jornada do HISTEDBR não deixará escapar este relevante debate, apontando as perdas do avanço do PRONATEC para educação pública e para qualidade da educação nacional. Eis um dos impactos do capitalismo sobre a educação pública. O PRONATEC veio para fortalecer o Sistema S, principal símbolo da agência de qualificação técnica das industriais nacionais.

HISTEDBR

Em âmbito nacional, o HISTEDBR, ao longo de mais de 30 anos, fomentou a pesquisa e a formação de educadores, tendo sido responsável pela ampliação da produção historiográfica na área da história da educação, com a publicação de obras fundamentais para a consolidação dessa área, a partir de uma perspectiva histórica de longo alcance, abrangendo desde os primórdios da educação jesuítica até a década atual do século XXI.

Tem um de seus grupos de trabalho vinculado à Universidade Federal do Maranhão, HISTEDBR-MA, sob a coordenação colegiada da Profa. Dra Denise Bessa Leda (UFMA), Profa. Msc. Izaura Silva (IFMA), Jean Marie Van Damme (ASP), Profa. Dra. Maria de Fatima Felix Rosar (UFMA), Profa. Dra. Maria Regina Martins Cabral (Instituto Formação) e Profa. Msc. Miriam Santos de Sousa (UFMA/CEPP).

O HISTEDBR-MA, responsável pela realização de evento anual, realizado no Maranhão, ao longo de nove anos, juntamente com o CEPP e o Instituto Formação, tem contribuído com a construção da história de participação da sociedade civil nos rumos da educação nacional, desde o final dos anos 1980, quando se organizou o primeiro Fórum em Defesa da Educação Pública no Maranhão. A partir de 2014 o grupo de pesquisa HISTEDBR passou a ter um Grupo de Trabalho no IFMA, coordenado pela Prof. Lícia da Hora e Alberico Nascimento.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

A ESCOLHA IDEOLÓGICA DE FLÁVIO DINO

Tatiana e Dica (in memorian), guerreiras reconhecidas no governo Flávio Dino
A formação do secretariado a partir de uma ampla coligação é feita pela composição de vários critérios.

Há os cargos de loteamento dos partidos, as vagas cota pessoal do gestor, as escolhas técnicas e os nomes da mais absoluta confiança do chefe do executivo, colocados em áreas estratégicas da administração.

Assim, o governador eleito Flávio Dino (PCdoB) vai formando sua equipe.

Entre os nomes do primeiro escalão, um é carregado de simbologias especiais, merecedoras de registro e aplausos.

Trata-se da engenheira de Pesca Tatiana Ferreira Pereira para a Secretaria da Juventude.

Militante do pólo Coroadinho, nascida e criada no meio popular, Tatiana enfrentou todas as dificuldades da vida, estudou, formou-se, fez pós-graduação e agora é Secretária de Estado.

Tatiana é filha de Raimunda Ferreira Pereira, carinhosamente tratada por “Dica” nos movimentos sociais. Tomada precocemente por uma doença que a vitimou, Dica era a verdadeira guerreira maranhense.

Sempre dedicada às lutas pela melhoria da qualidade de vida nas comunidades onde atuava, Dica foi uma das principais militantes da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço) no Maranhão e figura de destaque na gloriosa rádio comunitária Conquista, do bairro Coroadinho.

Mãe e filha militaram juntas na rádio e em tantas lutas em defesa dos direitos da população pobre do Maranhão.

A escolha de Tatiana é a síntese de uma opção ideológica do governador Flávio Dino para um segmento fundamental no Maranhão – a juventude.

No secretariado heterogêneo, feito até por pressões do deputado federal Weverton Rocha (PDT), a indicação de Tatiana Pereira nos enche de orgulho.

Ela representa todos(as) os(as) maranhenses batalhadores, gente sem sobrenome de luxo nem parentes importantes, com poucas perspectivas de mobilidade social nos últimos 50 anos do mando oligárquico.

Tatiana carrega o legado da guerreira Dica. É uma honraria.

VEJA O PERFIL COMPLETO DE TATIANA FERREIRA PEREIRA

Tatiana Pereira é formada em Engenharia de Pesca (Uema) e tem pós-graduação em Engenharia Sanitária e Controle Ambiental. É mestranda em Sustentabilidade de Ecossistema pela UFMA. 

Impulsionada pela mãe, Raimunda Ferreira Pereira – defensora das causas sociais da área do Coroadinho, milita há 15 anos em movimentos sociais. Tatiana participou do grupo de base da Juventude Unida em Cristo da Comunidade do Bom Jesus (JUCBJ), auxiliou na criação da Rede Jovens do Nordeste e foi coordenadora do Núcleo Maranhão. 

Integrou a Associação de Difusão Comunitária e Popular, tendo participado da discussão da fundação da Rádio Comunitária Conquista – hoje faz parte da direção do veículo. Foi presidente do Diretório acadêmico do Curso Engenharia de Pesca. Ela fez parte da criação do Fórum Municipal da Juventude de São Luís e do Fórum Estadual de Juventude do Maranhão. 

Militante da União da Juventude Socialista (UJS). Atualmente, integra a Rede de Educadores Populares do Nordeste, é suplente do Conselho Estadual da Mulher. É militante também de movimentos de bairros, na luta por políticas públicas de educação, saúde e segurança no Pólo Coroadinho, da União Brasileira de Mulheres (UBM) e filiada ao PCdoB. 

HOJE, 19H: FLÁVIO DINO PARTICIPA DO OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA

Nesta terça-feira (25), o Observatório da Imprensa – TV Brasil receberá o governador eleito do Maranhão, Flávio Dino. Com os jornalistas Augusto Dines e Ancelmo Gois, o programa vai ao ar às 20h (19h no Maranhão).

A entrevista deve abordar as circunstâncias que levaram Flávio Dino à vitória no dia último dia 5 de outubro, quando derrotou o candidato escolhido pelo grupo Sarney, e analisar o cenário político, social e econômico do estado dominado por uma dinastia proprietária de jornais e de redes de telecomunicações.

Flávio Dino foi eleito governador do Maranhão em 1º turno com 63,52% dos votos válidos. Ele é advogado e professor da UFMA. Foi juiz federal, presidiu a Associação Nacional de Juízes Federais (Ajufe) e foi secretário-­geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Aos 38 anos, renunciou a carreira de juiz para se dedicar à política. Em 2006, foi eleito deputado federal pelo PCdoB, sendo o primeiro parlamentar a ser escolhido quatro anos seguidos para a lista de mais influentes do Congresso em Foco. De 2011 até o início de 2014, assumiu a presidência da Embratur, órgão responsável pela promoção turística do Brasil no exterior.

Coligação Todos pelo Maranhão - Flávio Dino 65

ELIZIANE GAMA E A SÍNDROME DE MARINA SILVA

Eliziane na tribuna contra João Castelo, mas ficou neutra na disputa eleitoral
A eleição presidencial de 2014 serviu para enterrar a chance de Marina Silva ser presidenta da República. Sem parentes importantes, vinda do interior, sofrida na vida do seringal Bagaço, no Acre, Marina venceu na vida e na política fazendo uma carreira brilhante.

Foi vitimada pelas armações dos adversários e pelos seus próprios erros. O mais grave, depois de mudar de opinião várias vezes, foi o apoio a Aécio Neves (PSDB).

Naquele momento, ela saiu do protagonismo para cumprir um papel de coadjuvante na novela política brasileira.

Seu projeto de partido, a Rede Sustentabilidade, não saiu do papel. E já rachou.

Mutatis mutandis, o Maranhão tem uma réplica de Marina Silva. É a deputada federal eleita Eliziane Gama (PPS).

Sem parentes importantes – uma regra para o sucesso na política no Maranhão – Eliziane Gama elegeu-se deputada estadual em 2010 e destacou-se em meio à miséria política da Assembleia Legislativa.

Para o cenário de 2014, Gama fez um acordo com Flávio Dino (PCdoB). Ela abriu mão de disputar o governo em troca de um mandato de deputada federal.

Esse acordo foi fundamental para consolidar a vitória comunista no primeiro turno. É sabido que, se Eliziane entrasse na disputa, haveria uma divisão no eleitorado oposicionista e a chance de segundo turno era real – tudo que a oligarquia Sarney desejava.

A desistência de Eliziane foi um sucesso. Rendeu-lhe o mandato de deputada federal com as urnas bombadas em mais de 100 mil votos, colocando-a em primeiro lugar.

Ato contínuo à eleição, a campeã de votos declarou que seria candidata à Prefeitura de São Luis em 2016 “com ou sem o apoio de Flávio Dino.”

Neutralidades

Ocorre que, tal qual Marina Silva, a deputada Eliziane Gama ainda não tem um partido sob seu controle.

Ela deseja uma coisa, mas o PPS faz outra e pode até inviabilizar sua candidatura a prefeita em 2016.

Sem o domínio sobre um partido, no qual ela possa tomar decisões e encaminhá-las, o projeto da Prefeitura é sempre uma dúvida.

Esse foi um problema de Marina. Sem a Rede registrada, buscou abrigo no PSB e virou coadjuvante.

Eliziane e Marina igualam-se também na posição de “neutralidade”. Eliziane ficou em cima do muro em 2012, quando fez uma ótima campanha para prefeita de São Luis, mas não se posicionou no segundo turno entre João Castelo (PSDB) e Edivaldo Holanda Junior (PTC).

Marina, à época no PV, ficou “neutra” em 2010, no segundo turno da disputa presidencial entre Dilma Roussef (PT) e José Serra (PSDB).

Essas neutralidades acabam descredibilizando o político diante do eleitor, que sempre está com gosto de sangue na boca.

Marina ficou marcada em 2014 pelas sucessivas mudanças de opinião ao longo da campanha. Até tuitada do pastor Silas Malafaia a fez mudar o programa de governo.

Ambas são evangélicas. Eliziane Gama também vai enfrentar debates sobre homofobia, casamento gay, tolerância religiosa etc quando disputar cargos majoritários.

Contrariedades

No cenário de 2016, o governador eleito Flávio Dino faz todos os movimentos para reeleger o prefeito Edivaldo Holanda Junior (PTC).

Diante dessa firmeza do governador, Eliziane Gama vai negar sua afirmação, de que será candidata “com ou sem o apoio de Flávio Dino”?

Ela manterá sua palavra ou mudará de opinião?

Até 2016 ela terá condições de controlar um partido para viabilizar sua candidatura?

Se responder a estas perguntas até dezembro de 2015, Eliziane Gama estará na disputa. Caso contrário, vai seguir no mandato de deputada federal e tentar a reeleição em 2018.

De qualquer forma, ela terá de tomar uma decisão. Será protagonista ou coadjuvante.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

DEPUTADO FEDERAL ELEITO, ZÉ REINALDO VAI ASSUMIR A SECRETARIA DE MINAS E ENERGIA

Luana Alves (PSB), esposa do prefeito de Santa Inês, Ribamar Alves (PSB), vai assumir o mandato na Câmara dos Deputados.

O governador eleito Flávio Dino anunciou nesta segunda-feira (24) os nomes de mais três auxiliares para compor a sua equipe de governo. O 42º comunicado, divulgado através das redes sociais, oficializou os nomes de Delma Andrade para a Secretaria de Turismo, Tatiana Pereira para o comando da pasta da Juventude e José Reinaldo Tavares para a Secretaria de Minas e Energia.

Sob o comando de Delma Andrade, a pasta de Turismo terá a responsabilidade no cumprimento de metas estabelecidas através do Programa de Governo de Flávio Dino. Entre elas, a de investir na estruturação e na promoção de todos os polos de turismo interno e internacional atualmente explorados no Maranhão. Os investimentos serão voltados aos seguintes segmentos: sol e praia; ecoturismo e turismo de aventura; cultura; negócios e eventos. 

A Secretaria de Juventude terá atenção especial na administração estadual a partir de 1º de janeiro. Tatiana Pereira assumirá a pasta com o desafio de implementar o Plano Estadual de Juventude, trabalhar de forma integrada junto aos demais órgãos da administração direta e indireta no fomento a políticas públicas de juventude e, também, incentivar a atuação do Conselho Estadual de Juventude. 

Além disso, com o alto índice de homicídio de jovens no Estado, atuará na implantação de políticas públicas para melhoria dos índices sociais, com estímulo a geração de emprego e renda. 

Sob o comando de José Reinaldo Tavares, a Secretaria vai atuar em parceria com os demais órgãos do Estado na articulação e acompanhamento de políticas públicas na área de minas e energia. Entre os objetivos da Secretaria está promover o desenvolvimento econômico do Estado com foco na geração de emprego e renda e, consequente, melhoria de vida da população maranhense. 

Como diretriz do novo governo, fazer do gás natural um grande indutor do desenvolvimento do Maranhão, atraindo empresas, emprego e renda em busca de energia mais barata. Além disso, cuidar do aproveitamento do grande potencial que tem o estado na produção de energia renovável - eólica e solar. 

Conheça o perfil dos novos indicados:

TATIANA DE JESUS FERREIRA PEREIRA - Secretaria de Juventude

Tatiana Pereira é formada em Engenharia de Pesca (Uema) e tem pós-graduação em Engenharia Sanitária e Controle Ambiental. É mestranda em Sustentabilidade de Ecossistema pela UFMA. Impulsionada pela mãe, Raimunda Ferreira Pereira – defensora das causas sociais da área do Coroadinho, milita há 15 anos em movimentos sociais. Tatiana participou do grupo de base da Juventude Unida em Cristo da Comunidade do Bom Jesus (JUCBJ), auxiliou na criação da Rede Jovens do Nordeste e foi coordenadora do Núcleo Maranhão. Integrou a Associação de Difusão Comunitária e Popular, tendo participado da discussão da fundação da Rádio Comunitária Conquista – hoje faz parte da direção do veículo. Foi presidente do Diretório acadêmico do Curso Engenharia de Pesca. Ela fez parte da criação do Fórum Municipal da Juventude de São Luís e do Fórum Estadual de Juventude do Maranhão. Militante da União da Juventude Socialista (UJS). Atualmente, integra a Rede de Educadores Populares do Nordeste, é suplente do Conselho Estadual da Mulher. É militante também de movimentos de bairros, na luta por políticas públicas de educação, saúde e segurança no Pólo Coroadinho, da União Brasileira de Mulheres (UBM) e filiada ao PCdoB. 

DELMA SANTOS DE ANDRADE – Secretaria de Turismo

Delma Andrade é graduada em Turismo (UPIS), especialista em Gestão e Marketing do Turismo (UNB) e mestre em Antropologia Social (UNB). Há 20 anos atua no planejamento e gestão pública e privada do turismo brasileiro em nível nacional e internacional. Foi professora do curso de Turismo em renomadas instituições de ensino superior. É coordenadora-geral de Estruturação e Acompanhamento de Produtos do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur). Atualmente, está como diretora substituta de Produtos e Destinos da Embratur. Na carreira profissional, atuou também como consultora em Planejamento e Gestão Pública do Turismo no Instituto Marca Brasil (IMB), foi coordenadora técnica em Projetos de Cooperação Técnica Internacional da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e Embratur. 

JOSÉ REINALDO TAVARES – Secretaria de Minas e Energia

José Reinaldo é engenheiro civil pela Universidade Federal do Ceará. Ainda estudante, atuou na Companhia Energética e no Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem do Ceará. Na carreira profissional, exerceu importantes cargos, entre eles, o de auxiliar de Ensino de Materiais de Construção da Escola de Engenharia (UFC), diretor de Máquinas da Oficina Central e Diretor da Divisão de Conservação de Estradas do DAER, diretor-geral do DER-MA, secretário de Viação e Obras e de Planejamento do Maranhão. Foi também ministro dos Transportes, deputado federal, vice-governador e governador do Maranhão. Na eleição de outubro, foi eleito deputado federal pelo Maranhão. 

Coligação Todos pelo Maranhão - Flávio Dino 65