Considerado um dos maiores bluesman da atualidade no Brasil!
ARTUR MENEZES no MALAGUETA BLUES dias 19 e 20 de dezembro.
Dia 20 abertura com show da Saint Louis Rock&Blues Band e participações de Milla Camões e Camila Boueri.
Duas noites de muito Blues!
Local: Malagueta Gastronomia(rua Graúnas , Renascença )
Mesas e ingressos limitados.
Info e vendas: 988955050, 981640488, 996186643
Recém-chegado de uma turnê na Europa - onde foi
headline do Augusti Bluus Festival (Estônia), além de shows na
Inglaterra - Artur Menezes vem se consolidando como um dos melhores
músicos de sua geração. Ainda em 2014, Artur esteve por duas vezes
em turnê no México e, no Brasil, passou pelo "Festival Blues
de Londrina" (PR), "Lençóis Jazz & Blues Festival"
(MA), "Festival SESC Jazz & Blues" em S. J. do Rio
Preto (SP), Piracicaba (SP), Bauru (SP) e Presidente Prudente (SP),
"Festival Jazz & Blues de Guaramiranga (CE), "Garanhuns
Jazz Festival (PE), além de diversos shows nas cidades de Fortaleza
e Juazeiro do Norte (CE), Rio de Janeiro e Teresópolis (RJ), São
Luís (MA) e São Paulo (SP).
Artur tocou com Buddy Guy em
Chicago em 2011 e abriu seus shows no RJ e SP em 2012.
Atualmente,
além de dedicar-se à turnê de #2, dá continuidade aos seus
estudos universitários e ao seu projeto de música instrumental a
que vem se dedicando desde o ano de 2013¸
Artur Menezes
estudou música também na Universidade Estadual do Ceará, morou em
Chicago, onde participou de jam sessions com John Primer, Linsey
Alexander e Phil Guy, entre outros. Tocou em bares como Kingston
Mines, Smokey Daddy e Katherina’s. Gravou dois discos com a banda
norte-americana The Shakes, que prima pela tradição do blues
elétrico.
Já se apresentou nos maiores festivais de jazz e
blues do Brasil:
Em agosto de 2013, foi um dos palestrantes do
TEDx Fortaleza, um encontro anual licenciado pelo TED (Technology,
Entertainment, Design), onde personalidades partilham suas
experiências e conhecimentos em apresentações transmitidas ao vivo
pela internet e depois disponibilizadas em vídeos, os TEDTalks,
acessíveis a bilhões de pessoas no mundo inteiro.
Mesmo
residindo atualmente em São Paulo, o músico faz questão de
disseminar a cultura de sua cidade Natal, além do blues: “Tenho
orgulho de ser cearense e de poder levar a música da minha região,
misturada ao meu blues, para o mundo”, afirma.
PRODUÇÃO MUSICAL
O disco foi todo
produzido por Artur Menezes e gravado em Fortaleza, no Magnólia
Produções. A mixagem e masterização foram feitas no Cia. Dos
Técnicos (antiga RCA Victor - primeiro selo fonográfico da
América), no Rio de Janeiro. Neste processo, foram usados
equipamentos analógicos de compressão e não plugins dos softwares
de gravação modernos. O que dá uma característica e originalidade
no timbre do disco. O som soa moderno, por conta da mistura de
ritmos, mas também vintage, por conta da sonoridade. !
Faixa
a faixa de “#2
“I Ain’t Got You” - balada “soul”
Pop. Fala de como a fortaleza de um homem é facilmente abalada pela
paixão. Destacam-se a linha de baixo, o refrão pegajoso e os solos
de guitarra final, com timbre que remete ao psicodelismo de Jimi
Hendrix. !
“Damn! You Know I’m A Man” é um country bem
construído e de fácil ingestão. Embora não possua refrão, prende
a atenção do ouvinte pelo ritmo frenético seguido de algumas
pausas pra retomar o ar. Destaque para o solo-conversa entre guitarra
e piano, com cromatismos que remetem ao bebop. !
“Dangerous
Mood” – junto com Everybody Says That I’m Done” são as
únicas músicas que não são composições do Artur Menezes.
“Dangerous...” é uma composição de Candy Parton e Keb Mo’,
gravada por este e por B.B. King. Sempre que Artur executa um cover,
ele interpreta. Nessa gravação não poderia ser diferente.
Respeitando a estrutura e a harmonia da música, as interpretações
da voz e da guitarra são bem próprias e peculiares. O piano dá um
molho nas harmonias e a bateria é bem constante e tradicional,
embora em alguns momentos com belas viradas que fogem ao comum.
Destaca-se aqui para os solos de guitarra, voz e linhas de baixo, com
lindos intervalos e cheia de cromatismos. !
“Room 821” é
uma balada romântica. Fala de saudade e reencontro. Destaque para o
lirismo da voz, verdadeira, crua e cheia de sentimentos. O piano faz
uma belíssima cama que traz bastantes referências a Ray Charles. A
simplicidade na execução de baixo e bateria dão beleza à música
e deixam espaço para solos de guitarra, com bends cheios de
sentimentos, que duelam com o arranjo de cordas e hammond. !
“Good
Times” fala sobre saudade. Sobre a época em que as coisas eram
mais simples e mais confortáveis. Por outro lado fala do presente,
dando importância ao “hoje”, ao “aqui” e ao “agora”. É
um reggae de levada mais moderna. Aqui destaca-se a bateria que foge
do tradicional. Destaca-se também o solo de guitarra, uma vez que o
fraseado é bem nordestino e country dentro de uma levada de reggae.
!
“Lord Have Mercy” é daquelas músicas de difícil
encaixe em apenas um estilo. Ela é rock, fusion, blues, psicodélica
e moderna. Aqui o destaque é sem sombra de dúvidas a letra e a voz,
cheias de lirismo e raiva. A bateria é de um estranhamento lindo,
somando-se ao groove do baixo e teclado, dando uma idéia de “control
C / control V”, gerando uma repetição que remete ao dia-a-dia da
modernidade, somados aos sintetizadores cheios de efeito. O solo com
timbre estranho também traz esse caráter moderno ao mesmo tempo que
resgata a psicodelia dos anos 60. A voz dobrada com a guitarra dá
impressão de que existe alguém falando por trás do cantor, como se
fosse uma segunda voz, uma assombração falando ao ouvido do
personagem. !
“Bad, Mean, Evil City” - slow blues com
harmonias que fogem do tradicional I, IV, V. Piano e órgão fazem a
cama para a voz sofrida e cheia de raiva que fala de como os grandes
centros urbanos podem acabar com o sonho e o talento, ao mesmo tempo
que mostra um lado belo e acolhedor dessas cidades. Esta é a música
que possui o mais longos solo de guitarra do disco, num misto de
explosão e alívio. !
“I Don’t Wanna Lose You” é um
country pop, uma vez que tem refrão e que é de fácil entendimento
e melodia. A letra tem a temática de humor e fala de um homem que
tem que ter bastante cuidado com os seus relacionamentos, pois o
coração dele já tem dona e ela está prestes a retornar. Sem
contar que ele não quer magoar os seus amores passageiros. Mostra o
lado mulherengo dos homens. O solo de guitarra merece bastante
atenção, pois é todo construído no bebop e no cromatismo.
Destaque também para a bateria firme e com bastante autoridade nas
levadas de “caixa”. !
“Everybody Says That I’m Done”
é composição de Claudio Mendes, tecladista da banda. A música
fala sobre relacionamento. Sobre o medo e a precaução em dar o
próximo passo em direção a um compromisso mais sério. Destaque
para o inusitado “ukulele” (instrumento hawaiano) dentro do
blues. A música é simples e toda acústica. Foram usados além do
ukulele, violões, cavaco, kazoo, baixo e caixa (percussão).
Texto: Satchmo Produções