Mulher com criança, amontoados no compartimento interno do catamarã
No lado externo, passageiros tomaram duas horas de chuva, sem qualquer proteção |
A bordo do catamarã "Carcará", 42 passageiros viveram momentos de pânico, durante a travessia de São Luís para Alcântara, na tarde de sábado (3).
A chuva forte, acompanhada de ventania, deixou apreensivos os passageiros e a tripulação na embarcação sem qualquer conforto e segurança.
A chuva forte, acompanhada de ventania, deixou apreensivos os passageiros e a tripulação na embarcação sem qualquer conforto e segurança.
Enquanto metade dos passageiros pegava chuva torrencial do
lado de fora da embarcação, os demais amontoavam-se no compartimento interno,
misturados às bagagens.
A viagem começou às 14 horas, saindo da Ponta d’Areia, e só
chegou a Alcântara 16h. Havia dois tripulantes, que a determinado momento da
viagem chegaram a discordar do trajeto tomado pelo catamarã, devido à baixa visibilidade.
No lado externo, passageira encharcada teme a ventania e a maresia forte |
Durante o percurso, a embarcação foi abalada por ventos
fortes e solavancos. Encharcados, enfrentando frio e ventania durante toda a
viagem, os passageiros do lado externo não tinham como se abrigar porque o
compartimento interno estava totalmente lotado de pessoas e bagagens.
MAIS PASSAGEIROS
Com a proximidade da Festa do Divino, o número de
passageiros para Alcântara cresce bastante porque a cidade recebe turistas,
profissionais que trabalham na festa e os alcantarenses que moram em outras
cidades e viajam para ver as celebrações do Divino Espírito Santo.
As atividades iniciam dia 13 de maio, com a cerimônia de levantamento
do mastro, ponto muito concorrido da festa.
A Festa do Divino vai ampliar o fluxo de
passageiros nos barcos e catamarãs. Se algo não for feito para melhorar a qualidade do transporte e a
fiscalização, pode acontecer uma tragédia.
REDUÇÃO E MÁ QUALIDADE
Caminhada para tomar o catamarã na Ponta d"Areia após o percurso na Kombi... |
...que transporta os passageiros da rampa Campos Melo até a Ponta d"Areia |
Os catamarãs passaram a operar com mais frequência após a
extinção do serviço das duas lanchas modernas que faziam linha para Alcântara. A
Diamantina afundou e a Bahia Star foi vendida e levada para o Rio de Janeiro.
O transporte para Alcântara passou a ser feito apenas pelos
antigos barcos e catamarãs. Ambos são desconfortáveis, principalmente os
catamarãs.
Passageiros amontonam-se com bagagens no catamarã "Carcará"... |
e várias pessoas viajam no teto da embarcação... |
sem qualquer proteção ou conforto, tenha sol ou tempestade |
Apesar de maiores, os barcos são alvo constante de
reclamações dos passageiros devido ao calor excessivo, cheiro forte de
combustível no saguão dos passageiros e barulho ensurdecedor da sala das
máquinas.
O preço das passagens também ficou desregulado. Os catamarãs
cobram R$ 15,00 por trecho o os barcos R$ 12,00.
Quando os catamarãs saem da Ponta d’Areia, o transporte da rampa
Campos Melo até a embarcação é feito em uma kombi antiga e igualmente desconfortável.
A barco Newton Belo, de propriedade da Prefeitura de
Alcântara, foi abandonado no porto até ser totalmente destruído. Esta
embarcação cobrava valores inferiores às linhas comerciais e facilitava o
transporte dos alcantarenses de baixa renda.
Prefeitura abandonou o barco Newton Belo, que aos poucos foi destruído |
Algo precisa ser feito, urgente, para melhorar o serviço de transporte marítimo em Alcântara. A população e os turistas estão sendo destratados nas embarcações inseguras e precárias, pondo em risco a vida de centenas de pessoas, diariamente.
3 comentários:
Caro blogueiro, há tempos esse povo sofre com a falta de atenção dos políticos e a falta de respeito pelos donos de barcos e catamarãs fazem o percurso. Algo tem que ser feito.
Parabéns pela sua atitude.
Amigo desculpa eu lhe concertar a informação, tanto a Diamantina quanto a Bahia Star estão atracadas na ponta da areia, prontas para operar, as mesmas suspenderam os serviços prestados, por um simples motivo, não temos mais Cais para atraque, esta tudo tomado por areia após a construção do espigão.Se vc for na ponta da areia , perto do antigo restaurante tia Maria , vc vai ver as duas lanchas amarradas.
Gerente da NP
A lancha que afundou foi a Lancha Bate Vento, em 1999.
O barco Newton Belo foi encostado desde o ano de 2004. Esse mesmo barco foi doado ao município, juntamente com um prédio, onde funcionou durante muito tempo a Pousada do Imperador, doação esta feita na década de 60, pelo então governador do Maranhão Sebastião Archer, com o intuito de desenvolver o turismo no município. De lá para cá, nada a altura da importância de Alcântara foi feito.
Postar um comentário