O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, precisa retornar ao Paraná, onde esteve há um ano, para ver como avança a administração do governador Roberto Requião (PMDB).
Fora do agendamento midiático nacional, Requião faz um governo com viés de esquerda, caracterizado pela recuperação e fortalecimento das estatais, transparência administrativa e controle social, pagamento do salário mínimo acima do piso nacional e imposto zero para microempresas.
Entre outras medidas de impacto, o peemedebista paranaense recuperou a companhia elétrica (Copel), na qual disse ter investido 2 bilhões e 500 milhões de reais, colocando as tarifas de energia elétrica do Paraná entre as menores do país; reestruturou o Porto de Paranaguá, em vez de privatizá-lo; e declarou guerra aos pedágios e às empresas controladoras das estradas privatizadas – uma das heranças do ex-governador Jaime (UDR) Lerner (ex-PFL).
E não ficou nisso. Ele também abriu combate à introdução de sementes transgênicas no agronegócio e dá vigoroso impulso à agricultura familiar.
Na ferida
Assim, atiçou a ira não só a direita parlamentar e partidária, como também do Judiciário e da mídia sojeira. Essa, por motivos especiais.
Há um ano, o governo fez licitação para veicular a publicidade oficial na mídia impressa paranaense. Até então vigorava o monopólio dos grandes jornais na publicação dos anúncios oficiais, com preços elevados e esquemas viciados.
Com a licitação, a meta é baixar pela metade o valor do centímetro por coluna, parâmetro utilizado para calcular o espaço ocupado em uma página de jornal.
Além disso, o governo pretende pulverizar as verbas de publicidade e propaganda nos jornais regionais. E já enfrenta uma fortíssima reação dos antigos esquemas de captura dos recursos de divulgação.
O Tribunal de Contas do Paraná chegou a suspender a licitação do bolo publicitário e o edital teve de ser alterado para que o pregão possa ser aberto.
E tem mais. Requião também está censurado por decisão da Justiça Federal.
Censura
O governador presta contas dos seus atos na Escola de Governo do Paraná. As reuniões de trabalho são transmitidas ao vivo pela TV e Rádio Educativa, em um plenário com a participação de prefeitos, secretários, representantes dos movimentos sociais, parlamentares etc.
A Escola de Governo é um dos poucos espaços midiáticos disponíveis para Requião fazer o debate público e divulgar suas ações político-administrativas. Mas até na rede estatal foi cerceado.
Uma decisão da Justiça Federal estabeleceu censura prévia ao governador nos programas da Rádio e Televisão Educativa do Paraná. Requião está proibido de emitir opiniões na emissora.
O governador continua participando das transmissões, mas não pode rebater as acusações e denúncias da grande mídia e dos adversários, sob pena de multa ou cortes no áudio e nas imagens dos programas.
Fora do agendamento midiático nacional, Requião faz um governo com viés de esquerda, caracterizado pela recuperação e fortalecimento das estatais, transparência administrativa e controle social, pagamento do salário mínimo acima do piso nacional e imposto zero para microempresas.
Entre outras medidas de impacto, o peemedebista paranaense recuperou a companhia elétrica (Copel), na qual disse ter investido 2 bilhões e 500 milhões de reais, colocando as tarifas de energia elétrica do Paraná entre as menores do país; reestruturou o Porto de Paranaguá, em vez de privatizá-lo; e declarou guerra aos pedágios e às empresas controladoras das estradas privatizadas – uma das heranças do ex-governador Jaime (UDR) Lerner (ex-PFL).
E não ficou nisso. Ele também abriu combate à introdução de sementes transgênicas no agronegócio e dá vigoroso impulso à agricultura familiar.
Na ferida
Assim, atiçou a ira não só a direita parlamentar e partidária, como também do Judiciário e da mídia sojeira. Essa, por motivos especiais.
Há um ano, o governo fez licitação para veicular a publicidade oficial na mídia impressa paranaense. Até então vigorava o monopólio dos grandes jornais na publicação dos anúncios oficiais, com preços elevados e esquemas viciados.
Com a licitação, a meta é baixar pela metade o valor do centímetro por coluna, parâmetro utilizado para calcular o espaço ocupado em uma página de jornal.
Além disso, o governo pretende pulverizar as verbas de publicidade e propaganda nos jornais regionais. E já enfrenta uma fortíssima reação dos antigos esquemas de captura dos recursos de divulgação.
O Tribunal de Contas do Paraná chegou a suspender a licitação do bolo publicitário e o edital teve de ser alterado para que o pregão possa ser aberto.
E tem mais. Requião também está censurado por decisão da Justiça Federal.
Censura
O governador presta contas dos seus atos na Escola de Governo do Paraná. As reuniões de trabalho são transmitidas ao vivo pela TV e Rádio Educativa, em um plenário com a participação de prefeitos, secretários, representantes dos movimentos sociais, parlamentares etc.
A Escola de Governo é um dos poucos espaços midiáticos disponíveis para Requião fazer o debate público e divulgar suas ações político-administrativas. Mas até na rede estatal foi cerceado.
Uma decisão da Justiça Federal estabeleceu censura prévia ao governador nos programas da Rádio e Televisão Educativa do Paraná. Requião está proibido de emitir opiniões na emissora.
O governador continua participando das transmissões, mas não pode rebater as acusações e denúncias da grande mídia e dos adversários, sob pena de multa ou cortes no áudio e nas imagens dos programas.
Anti-chavismo aqui também
O cerco completa-se com as ingerências do agronegócio, dos empreiteiros viciados em esquemas de obras, do silêncio da mídia nacional e de grande parte dos setores progressistas no Brasil.
Outro detalhe: no Paraná o salário mínimo regional, praticado no sul do país, é de R$ 475,20. O salário mínimo nacional está fixado em R$ 415,00.
Taí um lugar ideal para um arrojado discurso de Hugo Chávez. No Maranhão, tanto Sarney quanto os tucanos - hegemônicos no governo Jackson Lago (PDT) - detestam a esquerda, a revolução bolivariana, a integração latino-americana, o MST e os pobres em geral.
Preferem a Alca, o agronegócio com transgênicos, a Daslu, Bush, Uribe, os editoriais da Folha de São Paulo e os comentários de Alexandre Garcia sobre Chávez e a política externa brasileira.
Fora as disputas paroquiais, Sarney e os tucanos maranhenses são tão iguais...
O cerco completa-se com as ingerências do agronegócio, dos empreiteiros viciados em esquemas de obras, do silêncio da mídia nacional e de grande parte dos setores progressistas no Brasil.
Outro detalhe: no Paraná o salário mínimo regional, praticado no sul do país, é de R$ 475,20. O salário mínimo nacional está fixado em R$ 415,00.
Taí um lugar ideal para um arrojado discurso de Hugo Chávez. No Maranhão, tanto Sarney quanto os tucanos - hegemônicos no governo Jackson Lago (PDT) - detestam a esquerda, a revolução bolivariana, a integração latino-americana, o MST e os pobres em geral.
Preferem a Alca, o agronegócio com transgênicos, a Daslu, Bush, Uribe, os editoriais da Folha de São Paulo e os comentários de Alexandre Garcia sobre Chávez e a política externa brasileira.
Fora as disputas paroquiais, Sarney e os tucanos maranhenses são tão iguais...
Um exemplo prático da hegemonia por conta da burguesia, mas ainda bem que ainda temos Hugos Chávez, para pisar no calo desse sistema de poder.
ResponderExcluir