por Samuel Marinho*
"Uma idéia na cabeça, uma câmera na mão e uma merda na tela..."
É assim que lá pelos extras do novo DVD de Zeca Baleiro, um dos músicos brinca no clima descontraído de making off.
Trata-se do produto final da mais recente turnê do cantor e compositor maranhense, intitulado de "O Coração do Homem-Bomba AO VIVO (Ao vivo mesmo)".
Os parênteses são para justificar a ausência de retoque nas captações diretas do show gravado em junho de 2009 em Belo Horizonte, reduto do Baleiro na sua formação artística, e nos takes em estúdio feitos para ilustrar as canções mais intimistas do projeto inicial.
Brincadeiras à parte, o registro visual soa como uma espécie de "manual prático para empalidecer canções".
O resultado final, uma perfomance morna de palco, mais uma vez peca por não captar a melhor intensidade das apresentações do Baleiro, o que já tinha acontecido no registro do antecessor "Baladas do Asfalto e Outros Blues ao Vivo".
A impressão é de que nenhum dos músicos, nem o próprio Zeca se sentem à vontade diante da obrigação de ter que fazer bem feito para "a posteridade".
Antes que eu seja alvo de baladeiras por parte do seu público mais fiel, pasmem!, é o próprio Baleiro quem me dá a razão.
Questionado certa vez sobre o formato, explicou que não tinha muita afinidade com seus próprios registros visuais: "Toda vez que vejo o produto final de um DVD meu, tenho a impressão de que os melhores show ficaram perdidos por aí."
Quem sou eu para discordar do neotropicalista?
Mais uma vez Zeca Baleiro fica devendo um registro em vídeo à altura de sua trajetória musical.
Que venha logo a sua próxima saga, em estúdio (em estúdio mesmo).
* Samuel Marinho é colaborador deste blogue, contador e servidor público féderal
"Uma idéia na cabeça, uma câmera na mão e uma merda na tela..."
É assim que lá pelos extras do novo DVD de Zeca Baleiro, um dos músicos brinca no clima descontraído de making off.
Trata-se do produto final da mais recente turnê do cantor e compositor maranhense, intitulado de "O Coração do Homem-Bomba AO VIVO (Ao vivo mesmo)".
Os parênteses são para justificar a ausência de retoque nas captações diretas do show gravado em junho de 2009 em Belo Horizonte, reduto do Baleiro na sua formação artística, e nos takes em estúdio feitos para ilustrar as canções mais intimistas do projeto inicial.
Brincadeiras à parte, o registro visual soa como uma espécie de "manual prático para empalidecer canções".
O resultado final, uma perfomance morna de palco, mais uma vez peca por não captar a melhor intensidade das apresentações do Baleiro, o que já tinha acontecido no registro do antecessor "Baladas do Asfalto e Outros Blues ao Vivo".
A impressão é de que nenhum dos músicos, nem o próprio Zeca se sentem à vontade diante da obrigação de ter que fazer bem feito para "a posteridade".
Antes que eu seja alvo de baladeiras por parte do seu público mais fiel, pasmem!, é o próprio Baleiro quem me dá a razão.
Questionado certa vez sobre o formato, explicou que não tinha muita afinidade com seus próprios registros visuais: "Toda vez que vejo o produto final de um DVD meu, tenho a impressão de que os melhores show ficaram perdidos por aí."
Quem sou eu para discordar do neotropicalista?
Mais uma vez Zeca Baleiro fica devendo um registro em vídeo à altura de sua trajetória musical.
Que venha logo a sua próxima saga, em estúdio (em estúdio mesmo).
* Samuel Marinho é colaborador deste blogue, contador e servidor público féderal
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