quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

ACADEMIAS PÚBLICAS: BOA IDÉIA PARA SÃO LUÍS E IMPERATRIZ


Já é comum em várias capitais brasileiras a instalação de academias ao ar livre. Os aparelhos são planejados para alta durabilidade, resistentes ao sol e à chuva por mais tempo que os convencionais.

Nas academias públicas há também o acompanhamento de profissionais de Educação Física, contratados ou concursados das prefeituras, com o objetivo de orientar os usuários.

As praças retomam o conceito de lugar do encontro, da prosa, do namoro e da política, como faziam os gregos. Com as academias, passam a ser também o lugar de exercitar o corpo.

A foto ilustra uma das academias instaladas na vizinha Belém (PA), bem próximo ao Bosque Rodrigues Alves, um enorme e bem cuidado parque ambiental de referência na vida dos marajoaras.

Tai uma boa idéia para o prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira (PSDB), implantar na Beira-Rio, belo ponto de caminhada nas margens do rio Tocantins.

Para as academias públicas serem instaladas é necessário, em primeiro lugar, que as praças estejam em boas condições, arborizadas, com calçadas, lixeiras, iluminação e vigilância.

Em São Luís, as praças do centro foram tomadas pelo comércio informal. Nos bairros, cada praça virou um ponto de lavagem de carros.

Repentinamente chega alguém, constrói um par de rampas, puxa um ponto d’água e instala um lava-jato.

Os logradouros que escapam dos lava-jatos são transformados em bares. Academia em praça, aqui, só mesmo academia de chopp.

Ainda há tempo. O mandato do prefeito de São Luís, João Castelo (PSDB), acaba só em 2012. Que tal reformar a praça Deodoro?

Já seria grande coisa nessa gestão amaldiçoada que contamos os dias para terminar.

3 comentários:

  1. Prezado Ed: A tristeza é sentimento múltiplo. Amar São Luís é sofrer no abandono. Aqui em Barra do garças, MT, as academias públicas funcionam a todo vapor há muito tempo, na praça central, na beira do Araguaia e por aí vai. Sem conar a ausência de implantação imóvel irregular, respeito ao pedestre no trânsito. Quando lembro das situações nomeadas por você nesses dois últimos posts eu aplaco minha saudade.
    Um grande abraço camarada. Continuemos na luta.
    Gerald Iensen

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  2. Caro Ed Wilson, é muito bom ver o blog de volta a ativa numa era tão nefasta como a que vivemos hoje no Maranhão.
    O projeto das acadmias ao ar livre iniciaram há muitos anos em várias das capitais brasileiras, mas somente entre os limites do Rio Gurupi e Rio Parnaíba a idéia não se materializa pelo sequestro dos deveres do Estado pelo compadrio, pelo clientelismo e pelos conchavos com o privado mantidos por políticos aquém de nosso tempo, que pouco ou nada conhecem do fenômeno esportivo e do lazer na era contemporânea. Cidades como Recife, Teresina, Fortaleza, Salvador, Curitiba, Rio de Janeiro, São Paulo, Belém, Porto Alegre, Santa Catarina e muitas outras do país avançaram nesse sentido, do provimento do direito ao esporte e lazer pelo Estado, mas no Maranhão nada.
    Pior ainda, o esporte e o lazer no Maranhão como em grande parte do país está sob a tutela da monorreferência do esporte de alto rendimento, onde pouco ou nada é voltado à pluralidade desses fenômenos em suas práticas, praticantes, gostos e significados que poderiam estar materializados no direito constitucional garantidos às pessoas mas usurpado pela má gestão pública voltada ao esporte e lazer que padece de problemas de ordem conceitual e de cunho operacional.
    Corre-se um risco ainda maior quando no contexto da realização dos mega-eventos no Brasil, encontra-se em curso escassas possibilidades de pluralização do esporte e lazer aos cidadãos, o que o Maranhão vai no caminho da semelhança desses mesmos gestos e princípios de exclusão, longe de qualquer perspectiva de mudança.
    Cuidemos....
    Ricardo André
    Mestre em Gestão Desportiva

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  3. Ed Wilson: Bom dia. Aqui é o Edmilson Sanches, de Imperatriz. Essa é uma boa ideia e saudável prática. Estive no ano passado em Curitiba, na Conferência Internacional Cidades Inovadoras (CICI). O atual prefeito de Maringá (PR) reportou-se a also semelhante: academias para idosos nos bairros. Resultado: redução da frequência de idosos a hospitais e postos de saúde, pela elevação da qualidade de vida dos idosos. Segundo o prefeito, o exemplo veio da China (que, de tão antiga, teve tempo para validar tantas boas práticas). Da CICI participavam milhares de pessoas. Gente -- gestores, estudiosos, interessados -- que foi discutir não política, ideologia, mas práticas exitosas. Tive a oportunidade de debater com Ladislau Dowbor (que tem ligações com Imperatriz) e outros profissionais do presente e do futuro, que teimam sonhar sonhos de lugares dos sonhos. Estive em reuniões mais "fechadas", onde estavam prefeitos e gestores de municípios da França (Lyon), EUA (Austin, Texas), Bangalore (Karnataka, Índia) e tantos, tantos outros lugares desse mundão de nosso Deus. Não soube de presença de gestores públicos maranhenses... mas eu estava lá. Ainda faltam (além de boa vontade), ainda faltam inovação, criatividade e sadia ousadia nas administrações públicas de nosso estado. Na qualidade de vereador, tenho falado, falado, dado exemplos, colocado-me à disposição para projetos onde um futuro melhor pode ser construído a partir de agora. Mas, como já me disse um prefeito, isso ficará para quando -- e não se -- eu for prefeito. Pena... (EDMILSON SANCHES - edmilsonsanches@uol.com.br)(Sobe questões ligadas a Gestão Pública, escrevi os livros "Desenvolvimento com Envolvimento -- Teoria e Prática de Gestão Participativa", "Falando de Desenvolvimento -- Questões, Respostas, Reflexões", "Para Onde Caminha Imperatriz", "Cultura, Poder e Mudança no Banco do Nordeste", "Enciclopédia de Imperatriz" e outros nas áreas de Desenvolvimento, Administração e Comunicação. Contatos pelo e-mail acima.)

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