MARANHÃO 666

A idéia está na cabeça de alguns cineastas maranhenses para produzir um novo documentário sobre a Era Sarney. E já tem até título: “Maranhão 666 – a Besta”.

O nome é alusivo à reportagem cinematográfica produzida pelo genial Glauber Rocha, o famoso “Maranhão 66”, quando da posse de José Sarney no Governo do Maranhão.

“Maranhão 66” está disponível no You Tube.

À época, Glauber Rocha foi chamado ao Maranhão para registrar a solenidade, mas a encomenda não saiu a gosto do cliente.

Em vez de fazer uma peça chapa-branca, o audiovisual de Rocha entrecortava cenas do discurso de posse de Sarney com imagens fortes da miséria e da fome dos maranhenses.

Passaram-se 45 anos e o Maranhão ainda parece dominado por forças demoníacas. Para os cineastas, a Besta Fera está no comando.

Os cineastas do Maranhão 666 estão acatando sugestões de roteiro, tomadas, cenas, situações etc.

domingo, 30 de outubro de 2011

“PT CRISTÃO” JÁ TEM DOIS BISPOS





A bancada evangélica do PT no Maranhão começou dividida, só para manter a tradição no petismo tupiniquim.


O publicitário Eri Castro sustenta ser o pai da cria, mas o pastor Sampaio jura que o “PT Cristão” tem outro mentor - Rodrigo Comerciário.


“Nosso diálogo é com Rodrigo e o grupo Renovar é preciso", disse o pastor Sampaio ao blogue. O “Renovar” é integrado também pelo dirigente Joab Jeremias.


Eri Castro contrapõe: “A posição do pastor Sampaio é isolada dentro do grupo. Até a marca (PT Cristão) foi criada na minha agência de publicidade”.


Segundo Castro, o pastor Sampaio estaria sendo seduzido por métodos heterodoxos de cooptação perpetrados por Rodrigo Comerciário.


A suposta divisão soa estranha, visto que tanto Eri quanto Sampaio aparecem nas fotos em reunião com o bispo-maior e vice-governador Washington Oliveira (WO).


As fotos foram distribuídas na internet pela própria assessoria da vice-governadoria. Nas imagens, o publicitário Eri Castro (de camisa listrada por baixo do paletó) e o pastor Sampaio (o careca à esquerda de WO) ensaiam o mesmo discurso.


E mais: posam para foto segurando os cartazes com a marca castrista do PT Cristão. Depois, todos oram.


Em contato por telefone com o blogue, o pastor Sampaio atenuou que as fotos foram “de ocasião” e não significam uma adesão dele (Sampaio) à iniciativa de Eri.


Resumo do culto: na versão de Sampaio, o negócio dos pastores é com Rodrigo Comerciário, mas Eri Castro já avisou que não vai perder esse rebanho.


E Deus, que diabo tem com tudo isso?

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

SEM INTERNET...

Problemas com o acesso à internet e na configuração do blogue impedem as atualizações.
Estou buscando soluções.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

MOVIMENTOS LITERÁRIOS NO SEBO DO CHIQUINHO

O “Papoético” do Sebo do Chiquinho nesta sexta-feira 28, às 19h, recebe o escritor e jornslista Herbert de Jesus Santos. Ele vai palestrar sobre os movimentos literários e os planos editoriais, em São Luís, no século 20.

Na ocasião o escritor fará o relançamento dos seus seis livros mais recentes: Antes que Derramem a Lua Cheia (de crônicas), São Luís em PreAmar: Ainda Assim, há um Azul! (poemas), Peru na Missa do Galo (Contos de Natal), A Segunda Chance de Eurides (novela), Serventia e os Outros da Patota (contos) e Ofício de São Luís: Bernardo Coelho de Almeida (Coração em Verso e Prosa).

Os encontros (Papoético) no Sebo do Chiquinho reúnem pessoas interessadas em arte e cultura para um diálogo descontraído, sob a mediação de algum especialista em literatura, artes plásticas, cinema, teatro, dança, patrimônio cultural etc.

Além de vender livros, Chiquinho aluga filmes e vende CDs. Quem quiser pode levar o seu disco para tocar. Há espaço para leituras de poesia e trechos de contos, performances e canjas musicais.

Lá rola jazz, blues, MPB, rock etc. Funciona em um pequeno barzinho, tem água mineral e bombom da roça para os abstêmios.

O SEBO MUDOU DE ENDEREÇO
Agora está na rua de São João, esquina com Afogados, 384 – altos do banco Bonsucesso.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

O DIA EM QUE OS MARCIANOS INVADIRAM SÃO LUÍS PELAS ONDAS DO RÁDIO

O livro "Outubro de 71: memórias fantásticas da Guerra dos Mundos", coordenado pelo professor Francisco Gonçalves da Conceição, será lançado nesta quarta-feira (26), às 19 horas, no Memorial Cristo Rei (praça Gonçalves Dias).

A obra recupera os traços memoráveis da cena histórica e estética de um dos mais importantes eventos de mídia já veiculados no Maranhão, na rádio Difusora, em 1971.

Inspirados no clássico programa "Guerra dos Mundos", de Orson Welles, veiculado em 1938, nos Estados Unidos, um grupo de talentosos profissionais do rádio maranhense fez descer no Campo de Perizes a nave dos marcianos.

Confira na entrevista com Francisco Gonçalves os detalhes da pesquisa que resultou no livro. Na foto, a equipe de pesquisadores.

Quando iniciou a pesquisa e quantas pessoas participaram do levantamento?

Francisco Gonçalves - A pesquisa tinha como objetivo reunir depoimento dos produtores do programa, reconstituir o roteiro e localizar possíveis registros sonoros. Entre 2005 e 2006, a equipe de pesquisa entrevistou José de Jesus Brito (Sérgio Brito), Manoel José Pereira dos santos (Pereirinha), José de Ribamar Elvas Ribeiro (Parafuso), José Faustinho dos Santos Alves (J. Alves) e José Marinho Raiol Filho (Rayol Filho). Na época, embora tivéssemos tentando, não conseguimos localizar Fernando Melo e Fernando Costa. José Branco não aceitou conceder entrevista sobre o assunto. Além disso, reconstituímos o roteiro a partir de uma gravação do programa cedida por Parafuso. Dessas atividades de pesquisa, participaram, além de mim, Aline Cristina Ribeiro Alves, Andréia de Lima Silva, Elen Barbosa Mateus, Kamila de Mesquita Campos, Karla Maria Silva de Miranda, Mariela Costa Carvalho, Romulo Fernando Lemos Gomes e Sarita Bastos Costa, todos (na época) alunos do Curso de Comunicação Social da UFMA.

Como foi organizado o trabalho? Em quais áreas a pesquisa incidiu?

Francisco Gonçalves - Focamos em duas áreas: a versão dos produtores e interpretes e a reconstituição do roteiro do programa, já que tratava-se de organizar fontes de pesquisa sobre o programa veiculado pela Rádio Difusora em 1971 e, deste momento, inserir esse acontecimento nos estudos de comunicação no Brasil e no exterior. Embora a Guerra dos Mundos seja um tema recorrente nos estudos de rádio e jornalismo, apenas recentemente o episódio de São Luís começou a ser objeto de discussão nos fóruns científicos do país. Por exemplo, apenas em 2003 foi apresentado um artigo científico sobre o tema, no caso, trabalho do Prof. Ed Wilson no 1º Encontro Nacional da Rede Alfredo de Carvalho, intitulado A Guerra dos Mundos em São Luís do Maranhão. Esse foi o primeiro artigo científico apresentado sobre o tema em um fórum de discussão da área de comunicação.

Entre os profissionais que participaram da produção, quais foram entrevistados e que funções cada um exerceu na montagem?

Francisco Gonçalves - Todos os entrevistados participaram da produção do programa e/ou interpretação dos personagens, embora existam divergências sobre o papel desempenhado por cada um e o personagem que cada um chegou a interpretar. Sérgio Brito, Pereirinha e Parafuso, junto com Fernando Melo, participaram da produção do programa. Especificamente, Sérgio Brito, no roteiro; Pereirinha, nos efeitos especiais, na direção técnica; e Parafuso, na sonoplastia. Sérgio Brito interpretou o locutor da Rádio Repórter do Rio Janeiro (uma emissora fictícia), Pereirinha o controlador de vôo. Sobre o piloto de avião seguido por objeto desconhecido, o relato de Pereirinha diverge do de Sérgio Brito. Sérgio Brito afirma que interpretou esse personagem e Pereirinha atribui a interpretação a Fernando Melo. Sobre os demais entrevistados, J. Alves e Rayol Filho interpretaram a si mesmos. Outros personagens aparecem na história, como dono da Fazenda Santa Marta, interpretado de acordo com Pereirinha por Fernando Melo; o professor Leonardo Galvão e o cientista Mário Corteline, ambos interpretados por Reynaldo Faray. Não obstante as divergências sobre o papel de cada um, o programa A Guerra dos Mundos, como todo produto de mídia, é uma obra coletiva, resultado do esforço de todos.

Quais os cenários de São Luís no início da década de 1970?
Francisco Gonçalves - Na passagem dos anos 60 para os anos 70, São Luís estava passando por mudanças políticas, urbanísticas, demográficas e midiáticas. De 1960 a 1970, de acordo com o IBGE, a cidade cresceu em mais de cem mil habitantes, passando para 265.486 moradores. Novas vias de acesso foram abertas, com as pontes sobre o Rio Anil, no Caratatiua e São Francisco. No começo da década de 70, a população maranhense ainda vivia o impacto da derrota de Renato Archer (PTB-PSD e vitória de José Sarney (PSP-UDN-PR). No campo das mídias, a televisão ganhava envergadura, por conta das mudanças técnicas, a expansão do consumo de produtos televisuais e aumento do número de telespectadores. Naquela década, a televisão deslocaria, na capital, o lugar social, econômico e político do rádio. Foi exatamente nos anos 70 que o Brasil veio a se constituir em uma sociedade midiática, sobretudo por conta do papel que a televisão viria a ocupar no sistema de comunicação, a partir da organização das redes nacionais. Mas, São Luís também era uma cidade povoada de assombrações, como a Carruagem de Ana Jansen, a serpente do Ribeirão e o Touro Encantado da Ilha dos Lençóis.

Em que aspectos o programa de São Luís mais se aproxima do original de Orson Welles?

Francisco Gonçalves - De acordo com Sérgio Brito, o roteiro do programa da Difusora levou em consideração do livro de H.G. Wells, A Guerra dos Mundos, e uma sinopse do programa de Orson Welles, veiculado em 1938 pela CBS nos EUA, publicado em uma edição da revista Ele&Ela. Os dois roteiros possuem estrutura narrativa semelhante. Ambos utilizam os recursos do radiojornalismo para contar a famosa história de H.G. Wells. Mais também existem algumas diferenças importantes. Nos Estados Unidos, o programa foi veiculado em uma noite de domingo, em um horário destinado ao radioteatro. Em São Luís, o programa foi veiculado em uma manhã de sábado, ao longo da programação normal da emissora, sem nenhum aviso prévio que se tratava de obra de ficção. Nos Estados Unidos o programa foi interpretado por atores; em São Luís por respeitados e reconhecidos profissionais de rádio e jornalismo. Nos Estados Unidos o foco da invasão foi o território americano; em São Luís, a invasão se espalha pelo mundo e chega ao campo de Perizes, sendo este um momento chave na dramática narrativa da Difusora, para o qual foram fundamentais a música e os efeitos de som.

O que os produtores do programa pretendiam com a veiculação?

Francisco Gonçalves - Sobre os objetivos dos produtores também existem visões diferentes. Para Sérgio Brito, por exemplo, o objetivo era demonstrar o valor do rádio em um momento que o panorama de comunicação passava por mudanças com o crescimento da audiência de televisão. Para Pereirinha, era uma brincadeira, feita para comemorar o aniversário da emissora. Eu diria que, de certo modo, os dois têm razão. Foi uma brincadeira no aniversário da emissora, mas uma brincadeira que se prestava a expor a importância do rádio, em um momento em que a televisão, institucionalmente falando, provocava uma reestruturação do papel social, econômico, político e cultural do rádio.

No começo da década de 70 como estavam posicionados o rádio e a televisão no cenário midiático de São Luís?

Francisco Gonçalves - No começo da década de 70, cinco emissoras de rádio disputavam a atenção dos ouvintes na capital do Estado, no caso, Difusora, Timbira, Gurupi (hoje, Rádio São Luís), Educadora e Ribamar (hoje, Rádio Capital). Com a chegada do vídeo-tape em 1966, a televisão superou a sua primeira fase, caracterizada por uma produção local, feita, sobretudo, por profissionais oriundos do rádio e teatro. Essa produção local foi gradativamente substituída por uma programação do sul país. Como observa Aldo Leite, em seu livro sobre o teatro, a criatividade e a improvisação cederam lugar à tecnologia.

Quais os aspectos relevantes na estética do programa que levaram à construção de um efeito de realidade?

Francisco Gonçalves - Eu diria que o realismo foi fundamental para conferir valor de verdade à narrativa - o programa foi apresentado e interpretado por cronistas, locutores e repórteres respeitados e reconhecidos pelo público; a história de H. G. Wells foi recontextualizada, ou seja, São Luís passou a ser um dos palcos da fictícia invasão; o uso da vinheta de notícias extraordinárias da Rádio Difusora marcou o ritmo do programa; e a trilha sonora, que articulou as músicas mais pedidas da semana, com música clássica (utilizada quando morria alguém importante) e músicas da trilha sonora da novela O homem que deve morrer e do filme 2001: uma odisséia no espaço.

Houve pânico em São Luís durante a veiculação do programa?

Francisco Gonçalves - Os depoimentos dos produtores e interpretes do programa revelam um aspecto bastante interessante do programa: as pessoas acreditaram mesmo que a Terra estava sendo invadida por naves extraterrestres e que os marcianos estavam chegando em São Luís. Muitos ouvintes interpretaram essa invasão como o próprio anúncio do fim do mundo. Tendo chegado o fim do mundo, a preocupação das pessoas era ir para casa morrer com os seus. Nos últimos dias, temos ouvido muitos relatos que confirmam essa versão. Ao divulgar o lançamento do livro, várias pessoas nos procuram com histórias semelhantes àquelas narradas por Sérgio Brito, Pereirinha, Parafuso, J. Alves e Rayol Filho.

Como foi a repressão à Rádio Difusora após a exibição do programa?

Francisco Gonçalves - Tropa do exército invadiu e ocupou as dependências da emissora. E em um ato completamente arbitrário, o comandante determinou o fechamento da emissora e da televisão, que deveria entrar no ar a partir das 17h. Nos anos seguintes, a Difusora responderia processo no DENTEL. A situação só não foi pior porque Sérgio Brito, Pereirinha e Parafuso introduziram em dois espaços da gravação uma pequena nota dizendo que se tratava de programa de ficção.

Qual a descoberta mais relevante da pesquisa?

Francisco Gonçalves - O aspecto mais relevante da pesquisa é que, pela primeira vez, se conseguiu reunir importantes fontes de pesquisa sobre esse programa, agora publicadas em livro. Ou seja, reunimos os depoimentos dos produtores e interpretes do programa, reconstituímos o roteiro e localizamos cópia da gravação com Parafuso e Pereirinha. O livro Outubro de 71: memórias fantásticas da Guerra dos Mundos apresenta esses depoimentos e o roteiro e o áudio do programa. Cada participante do programa apresenta a sua própria versão daquele acontecimento. As convergências e divergências nas narrativas fazem parte da própria dinâmica metodológica adotada na pesquisa, no caso a história oral. Nós estamos convencidos que ao lançar o livro outras histórias e outras lembranças virão a público, do mesmo modo, que as diferentes versões provocarão bons debates sobre o papel dos produtores e interpretes e sobre o próprio programa. Deste modo, teremos condições de ampliar as informações sobre esse importante evento.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

CONSELHEIROS TUTELARES PROTESTAM CONTRA FALTA DE PAGAMENTO

VEJA A CARTA-DENÚNCIA DE POLLYANNA COSTA E JHONATAN SOARES

"Eu, Pollyanna de Jesus Pereira Costa, portadora do RG: 21528492002-0 e CPF: 018.709.783-66, residente e domiciliada à Rua Santa Isabel, nº 04, Vila Geniparana, São Luís – MA, na condição de 1ª Conselheira Suplente da Área Cidade Operária/Cidade Olímpica, estive substituindo o conselheiro Darlan Ferreira Mota, que encontrava-se de férias de 1º a 30 agosto; que a partir de 1º a 30 de setembro, estive substituindo o conselheiro Moisés Bezerra, que estava de férias; que desde 1º a 31 de outubro estou substituindo a conselheira Anália Silva Lima, que está de férias; e que a partir de 01 a 30 de novembro, estarei substituindo a conselheira Rosangela Santos Dias, que estará de férias;

Eu, Jhonatan Alves Soares, portador do RG: 027931862004-3 e CPF: 023.135.843.13, residente e domiciliado à Estrada da Mata, nº 96, Loteamento Geniparana, São Luís – MA, na condição de Conselheiro Titular da Área Cidade Operária/Cidade Olímpica, estou substituindo o ex-conselheiro Anderson Martins que teve sua candidatura cassada pelo CMDCA - São Luís no mês de junho deste ano, tendo sido chamado o então 1º suplente Pedro Viana, que por sua vez renunciou e desde o dia 1º de agosto estou exercendo a função acima descrita;

Viemos através desta INFORMAR que, diante do exposto, até esta data não fomos remunerados e que segundo a SECRETARIA MUNICIPAL DA CRIANÇA E ASSISTÊNCIA SOCIAL -SEMCAS, Pollyanna Costa não receberá o salário referente ao mês de agosto pois não tomou conhecimento (mesmo tendo o documento do CMDCA – oficio nº 253/2011), e que Jhonatan Soares recebeu apenas o mês de agosto.

Expomos nossa indignação, pois nossos direitos estão sendo violados e vítimas de um descaso, mediante Lei 8069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente) artigos 131, 132 133, 134 e 135 que garante os direitos de remuneração e quantidade de conselheiros em mandato por CT (Conselho Tutelar).

Quando nos demos conta da situação descrita iniciamos uma peregrinação desgastante nos órgãos e conselhos competentes para as decisões cabíveis e necessárias, e que recebemos apenas respostas vazias e abstratas.

Outrossim, ficamos indignados com a situação de negligência para com o Conselho Tutelar, órgão tão importante e garantidor dos direitos de crianças e adolescentes, em que não tem sido dado as condições necessárias para seu devido funcionamento a partir do momento que desampara os conselheiros e, o que é ainda mais grave e inconstitucional, está com seis conselheiros, esses atuantes ou não.

Afinal para um CUIDADOR está bem preparado para sua função faz-se necessário que seja também cuidado.

Para que tenhamos assumido nossas funções neste Conselho Tutelar tivemos que abdicar de nossas outras atividades, devido a disponibilidade integral exigida pelo CONANDA e pelo ECA; sendo assim, nossas necessidades básicas de condições de vida não estão garantidas pelo nosso trabalho, o qual muito nos dedicamos. É valido ressaltar que o ex-conselheiro Anderson Martins, afastado em junho deste ano, ainda recebe pelo trabalho desenvolvido por nós.

De antemão, declaramos que queremos nossos direitos respeitados, e sair do meio dessa jogatina de interesses falsários e pessoais, a qual nos parece que os órgãos “competentes” fazem pouco caso.

Informo ainda, que eu, Jhonatan Soares, estou me afastando deste Conselho Tutelar enquanto esta situação não for resolvida, permanecendo assim apenas quatro conselheiros.

Transmitimos aqui nosso sentimento de indignação e repudio com toda esta situação. Exigimos (pois direito não se pede) o imediato desfecho dessa impunidade com a esperança de que um dia, de fato, criança e adolescente será prioridade absoluta."
São Luís, 24 de outubro de 2011.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

MORTE DE KADAFI ELIMINA FATOR QUE UNIFICAVA REBELDES

A Líbia amanhece hoje com um problema a menos e também com outro que não tinha antes. E agora? Ninguém pode perder a lucidez a ponto de pensar que a democracia é o próximo passo. Isso é impossível em um país sem a mínima cultura democrática e onde todos os protagonistas da revolta estão armados. Os antagonismos entre os membros do Conselho Nacional de Transição são profundos. A morte de Kadafi tira o único motivo que unificava os "rebeldes".

Eduardo Febbro - Correspondente da Carta Maior em Paris

A OTAN e seus aliados terrestres, os rebeldes líbios, terminaram oferecendo ao mundo a cabeça do coronel Kadafi, em tela grande, alta definição, com muito sangue e algazarra para que as imagens imponham o consenso com sua veloz frivolidade.

42 anos de um reinado megalomaníaco, cínico e ditatorial, marcados por dois períodos contraditórios, terminaram graças ao furacão desatado pelo desejo de liberdade surgido no Mediterrâneo e já conhecido como a Primavera Árabe.

Nesta aspiração à democracia e à liberdade, a Líbia é uma exceção: na Tunísia e no Egito, as armas estavam de um lado e o povo do outro. Ben Ali, na Tunísia, e Mubarak, no Egito, foram apeados do poder por uma revolução de massa, espontânea e irrenunciável que lançou ao mar dois déspotas apoiados pelo Ocidente.

O fim de Kadafi começou em fevereiro com uma revolta popular semelhante e se fechou com as armas com as quais o Ocidente respaldou a sempre obscura rebelião líbia.

Na Líbia, as armas estavam dos dois lados e pesaram no desenlace final tanto como pesou o cinismo de Kadafi e o do Ocidente na manutenção de um regime delirante e opressor.

Houve uma época em que Kadafi era o inimigo número um do “mundo civilizado” porque apoiava o terrorismo, e houve outra época em que o coronel firmou contratos milionários para a exploração de petróleo, recebeu boas notas do FMI e passou a ser um aliado obediente do Ocidente na luta contra o terrorismo.

Lavou seu passado com petróleo e os emissários de Londres, Roma, Berlim, Moscou, Paris, Washington ou Madri o reintegraram ao círculo das nações decentes. O petróleo tudo pode, inclusive comprar à vista os valores com os quais Europa e os Estados Unidos constroem sua legitimidade.

Um terceiro ditador saiu do mapa. A Líbia amanhece hoje com um problema a menos e também com outro que não tinha antes. E agora? Ninguém pode perder a lucidez a ponto de pensar que a democracia é o próximo passo.

Isso é impossível em um país sem a mínima cultura democrática e onde todos os protagonistas da revolta estão armados. Os antagonismos entre os membros do CNT (Conselho Nacional de Transição) são muito profundos.

Além disso, a guerra não propiciou a emergência de um líder forte e os riscos de uma divisão do país são ainda mais fortes uma vez que já estavam presentes antes da guerra.

Há, de fato, duas entidades geográficas bem definidas: toda a região de Trípoli, a Tripolitana, são terras kadafistas muito arraigadas, enquanto que o Leste, Cirenaica, é um mundo aparte, cuja capital, Benghazi, foi o epicentro da rebelião, a primeira a cair e a primeira sede do CNT.

O mais complicado vem agora. A morte de Kadafi tira o único motivo pelo qual os rebeldes podiam ter uma causa comum.

Berberes das montanhas, islamistas moderados do Leste, salafistas exaltados, profissionais e intelectuais que romperam o exílio, estudantes partidários de Kadafi – eles existem e são muitos -, habitantes de Misrata que combateram quase sem ajuda do céu – a OTAN – as hordas kadafistas: os atores são muitos, todos querem uma parte do butim, todos pagaram um alto tributo na guerra e não há nada nem ninguém que os unifique.

A Anistia Internacional já denunciou oportunamente as execuções e violações de todo tipo perpetradas pelos rebeldes. A Líbia é um país ferido e dividido, com um ente como o Conselho Nacional de Transição que mostrou incapaz até agora de pactuar a formação de um governo.

O panorama é tão sui generis que o primeiro ministro Mahmud Yibril já adiantou que renunciaria ao cargo uma vez que a Líbia “fosse liberada”. Como no Iraque e no Afeganistão, o Ocidente preparou a guerra, mas não modelou a paz. Bagdá e Kabul seguem sendo um teatro sangrento.

A OTAN pode terminar sua missão “de proteção dos civis”, segundo mandato que lhe deu a ONU, mas, na verdade, a Aliança o utilizou para acabar com o regime. Quem poderá acreditar que tanta gente em armas aceitará amanhã que uma maioria surgida das urnas imponha sua vontade?

O Ocidente continuará jogando suas cartas. Os negócios no horizonte são monumentais: petróleo, infraestruturas, telecomunicações etc. etc. Talvez as potências apostem naqueles que possam garantir os melhores contratos, os respaldem com novas armas e se imponham assim, pela força, o nascimento de uma nova Líbia, sob a bota do vencedor. O “guia supremo” foi suprimido.

Na Líbia não há sistema político, nem sindicatos, nem sequer uma Constituição. Há, sim, uma consistente quantidade de armas. Muitas das quais o Ocidente vendeu a Kadafi, mas as entregou para a oposição. O futuro parece traçado. A menos que ocorra um milagre, a guerra continuará.

LULA E TAPAJÓS

Segue firme a campanha midiática em torno da divisão do Estado do Pará. O plebiscito será realizado dia 11 de dezembro e todos os paraenses vão votar para decidir se querem ou não a divisão do território em três.

O Estado do Pará, se for desmembrado, vai gerar mais dois: Carajás e Tapajós. Se o plebiscito decidir pela criação do Estado do Carajás, o Pará perde a Vale e terá sua economia combalida sem a mineradora.

Por isso, dizem os analistas, Carajás não passará.

As atenções mais fortes estão voltadas para a criação do Tapajós. Corre à boca pequena que o ex-presidente Lula (PT-SP), o maior amigo de José Sarney (PMDB-AP), estaria pensando em ser senador pelo Tapajós.

Se for verdade, o petista vai seguir os conselhos do amigo maranhense, que é senador pelo Amapá.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

LIÇÕES DE COMO FRITAR UM MINISTRO

Chega aos níveis do absurdo a narrativa montada para fritar o ministro do Esporte Orlando Silva (PC do B). O PM João Dias, que já esteve preso por desvio de recursos, virou ícone da moralidade.

Ganhou muitos minutos de fama ao "denunciar" o ministro Orlando Silva por corrupção. Há dias o milico Dias promete apresentar provas sobre as acusações.

Até agora, nem um bilhete apareceu. A cada nova aparição na TV ele diz ter documentos e uma lista de testemunhas, mas nada de concreto é apresentado.

A novela estrelada pelo PM é típica do jornalismo declaratório. E assim segue o enredo, alimentado diariamente por manchetes de jornais, sem que nada de concreto apareça para comprovar as denúncias.

Ao contrário das investigações no Ministério dos Transportes, onde havia farta documentação comprobatória dos atos de corrupção, no Esporte por enquanto só tem o replay da bola murcha desse alcaguete comunista.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

CINEMA E DIREITOS HUMANOS

A 6ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul será aberta dia 31 de outubro, às 7 da noite, no Cine Praia Grande.

Os ingressos podem ser retirados na bilheteria, obedecendo-se a capacidade máxima da sala. As sessões são gratuitas.

De 1 a 6 de novembro as sessões serão às 13h, 15h, 17h e 19 horas.

Quem quiser levar grupos (de estudantes, por exemplo) pode agendar com Francisco Colombo (8118 1829), Zema Ribeiro (zemaribeiro@gmail.com) ou Emilana Diniz (miladiniz@hotmail.com).

Todos os filmes terão legendas em português e duas sessões (2 de novembro, 17 horas e 3 de novembro, 13 horas) serão com audiodescrição, voltadas para pessoas com deficiência visual.

No site www.cinedireitoshumanos.org.br há mais detalhes quanto aos filmes, inclusive quanto à classificação indicativa.


Francisco Colombo
Produtor
8118 1829.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

FIOS EXPOSTOS NA HOLANDESES





Moradores, pedestres e motoristas denunciam que as empresas telefônicas estão deixando rolos de fios telefônicos expostos em postes, há semanas, ao longo da Avenida dos Holandeses, na altura da Ponta do Farol-Renascença.
Uns se preocupam dos rolos despencarem causando acidentes e transtornos.
Outros, mais bem humorados, indagam se os fios já são parte da decoração natalina da Prefeitura ou já se trata de uma referência aos 400 anos de São Luís.


Fotos: Zé Bat

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

LIVRO RECUPERA A "GUERRA DOS MUNDOS" EM SÃO LUÍS

O livro "OUTUBRO DE 71: MEMÓRIAS FANTÁSTICAS DA GUERRA DOS MUNDOS" será lançado dia 26 de outubro, às 19 horas, no Palácio Cristo Rei.
A obra conta uma história que percorre o imaginário de antigos moradores de São Luís e provoca curiosidade nas novas geraões - a invasão de alienígenas na capital, no começo da década de 1970, cuja nave pousou no Campo de Perizes.

Tudo não passou de ficção. Em 1971, a Rádio Difusora anunciou que a cidade de São Luís, a exemplo de outras, estaria sendo invadida por naves marcianas. A cidade parou e o exército, em plena ditadura militar, ocupou as dependências da emissora.

Na verdade, tratava-se do programa de aniversário da Rádio Difusora, baseado no livro de H. G. Wells e no programa de Orson Welles, A Guerra dos Mundos, veiculado em 1938, nos Estados Unidos.

O livro é fruto de pesquisa coordenada pelo professor doutor Francisco Gonçalves da Conceição. Breve o blogue terá uma entrevista com o autor.

sábado, 15 de outubro de 2011

PROJETO "SEMENTE DIGITAL", CRIADO NA UFMA, SERÁ LANÇADO DURANTE A SEMANA NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Aliar mídias interativas à preservação do patrimônio material de São Luís. Esse é um dos objetivos do projeto Semente Digital, criado no Laboratório de Convergência de Mídias (Labcom) da UFMA, sob a coordenação do professor Marcio Carneiro.

O projeto Semente Digital, do Labcom, vai ser o representante do Departamento de Comunicação Social da UFMA na programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que será realizada no período de 17 a 21 de outubro, em São Luís, envolvendo atividades e pesquisas de todo o país.

Educação Patrimonial

O projeto Semente Digital pretende conscientizar as novas gerações sobre a importância da preservação do patrimônio material de São Luis, representado pelo seu casario colonial, que vem sofrendo um gradativo processo de deterioração, seja pela ação de causas naturais, como o período de chuvas, ou pela falta de políticas públicas destinadas à conscientização e educação patrimonial da população.

Os idealizadores do Semente Digital pretendem unir novas tecnologias de manipulação de imagens e de produção audiovisual para criar instalações artísticas, bem como fomentar debates e encontros entre especialistas e estudantes para pensar em soluções.

Para a Semana de Ciência e Tecnologia o projeto vai montar uma exposição interativa, nos dias 19, 20 e 21, no Laboratório de TV do Curso de Comunicação Social, ao lado do prédio da Rádio Universidade, das 14 às 18 horas.

Haverá também uma mesa redonda sobre patrimônio e a exibição do documentário Navegar - primeiro projeto de programa interativo produzido no Maranhão e também desenvolvido pelo Labcom, em consórcio com o Lavid, da UFPB (Universidade Federal da Paraíba).

O projeto Semente Digital tem o apoio da Fapema (Fundação de Amparo à Pesquisa no Maranhão), do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e está sendo desenvolvido por alunos bolsistas do Labcom, tendo ainda a participação de alunos da disciplina de Mídias Digitais como monitores.

Programação

Dia 19/10
14h – Abertura
14 às 18 h - Mostra Interativa sobre o Patrimônio Histórico

Dia 20/10
14 às 18 h - Mostra Interativa sobre o Patrimônio Histórico
16 às 18h - Mesa Redonda: Patrimônio Material - Problema ou Solução?

Dia 21/10
14 às 18h - Mostra Interativa Sobre o Patrimônio Histórico
16h - Exibição do documentário NAVEGAR


Saiba mais sobre o Labom no site: http://labcom.webs.com/

ATUALIZAÇÕES NO BLOGUE

Problemas no acesso à internet impossibilitaram as atualizações do blogue nos últimos dias. Breve retomarei as postagens.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

FALTA ACERTO NA DUPLICAÇÃO

Qualquer obra de médio ou grande porte no Maranhão só é feita com acertos entre as empreiteiras e os interesses políticos.


Se a duplicação da BR - 135 ainda não saiu é porque falta ajustar as contas e combinar com o governo federal de forma que a duplicação seja dividida entre as partes.


Quando tudo estiver encaminhado as obras começam. Quem sabe na próxima eleição de governador.


Enquanto isso, o Palácio dos Leões está pouquíssimo preocupado com os mortos e mutilados no Campo de Perizes.

E SE AS TORCIDAS AGISSEM COM RIGOR NA POLÍTICA?

Política e futebol são duas paixões diferentes, com especifidades sociológicas e motivações próprias.

No futebol, observa-se com frequência atos de rigor das torcidas em relação aos clubes.

Os torcedores cobram, vigiam e exercem pressão sobre os dirigentes e jogadores. Em alguns casos, a "galera" extrapola, como recente agressão a um jogador do Palmeiras.

Tão bom seria se parte da energia dos brasileiros concentrada no futebol fosse colocada para vigiar e cobrar os políticos.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

INTÉRPRETES DE MÚSICA MEDIEVAL VÃO FAZER APRESENTAÇÕES EM SÃO LUÍS

Os músicos, professores/doutores e pesquisadores Lenora Pinto Mendes e Márcio Paes Selles, intérpretes de Música Antiga (medieval, renascentista e barroca), vão estar em São Luís, de 11 (terça-feira) a 14 de outubro (sexta), participando do IV Encontro Internacional de História Antiga e Medieval.

Organizado pela Universidade Estadual do Maranhão (Uema), entre outras instituições, o evento é realizado a cada dois anos na capital maranhense . O encontro será realizado no Rio Poty Hotel, localizado no bairro da Ponta da Areia. Informações:
http://antigamedievalma.blogspot.com/

No evento, Lenora Pinto Mendes e Márcio Selles apresentam um concerto na programação de abertura, na terça, às 20h. Na quarta e quinta, ministram uma oficina sobre música medieval, das 14h às 16h.

Na quinta, às 20h30, o casal também participa do sarau Papoético, realizado na livraria e sebo Chico Discos, situado na Rua de São João (esquina com a Rua dos Afogados), no Centro de São Luís. O evento tem entrada franca.

Márcio Selles é mestre em Música Antiga pelo Sarah Lawrence College de New York (USA) e doutor em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Integrou os grupos Música Antiga da UFF e Longa Florata.

Lenora Pinto Mendes é formada na Universidade Federal do Rio de Janeiro em Educação Artística, com habilitação para música e doutora em História Medieval pela UFF. É integrante do grupo Música Antiga da UFF, desde a sua fundação. O conjunto é um dos mais importantes em atividade, no Brasil, dedicados à interpretação de música medieval e renascentista européia.

Juntos, Márcio Selles e Lenora Mendes formam o Ductia, um duo também dedicado à interpretação do repertório medieval e renascentista europeu, com cópias de instrumentos originais de época, a exemplo de flauta, viola de gamba e dulcimer .

Em 1995, o casal fundou a Orquestra de Cordas da Grota, resultado de um trabalho voluntário de arte-educação com crianças e adolescentes na comunidade do morro da Grota do Surucucu, em São Francisco , na cidade de Niterói (RJ). Em mais de 10 anos de trajetória a orquestra barroca conta hoje com uma agenda regular de apresentações, inclusive internacionais. Gravou CD e vêm ampliando
sua atuação através do investimento em profissionalização dos seus músicos. Informações: http://www.espacoculturaldagrota.org.br/new/

Jornalista responsável: Eduardo Júlio

domingo, 9 de outubro de 2011

SINALIZAÇÕES DA CIDADE

Pequeno relato de São Luis. Ontem fui à casa de uma pessoa, a convite de um amigo, que, por telefone, guiava-me ao endereço, com as seguintes indicações:


"Entra na avenida 1. Passa pela primeira praça abandonada. Depois tem um terreno baldio com um monte de entulho. Mais à frente tem uma praça com uma tenda vermelha de vender lanche. Dobra à direita e tu vais ver um cano estourado vazando água. A casa fica logo depois desse alagado."


Não tive como errar.

sábado, 8 de outubro de 2011

CAMINHADA CELEBRA 4 ANOS DA FUNDAÇÃO JPA NA CIDADE OLÍMPICA

A Fundação Justiça e Paz se Abraçarão (JPA) comemora o aniversário de quatro anos dia 12 de outubro, realizando a II Caminhada pela Paz. A marcha vai reunir entidades comunitárias, religiosos e moradores da Cidade Olímpica e outros bairros do entorno.

A manifestação para celebrar o aniversário vai começar às 16 horas, na igreja do Divino Espírito Santo, no bairro Geniparana. Às 16h30 será celebrada uma missa em ação de graças pelos quatro anos da JPA.

Após a missa começará a II Caminhada pela Paz, que vai percorrer as avenidas 2, seguindo pela 23 de março e depois na avenida 1 (Jailson Viana), encerrando na paróquia Santíssima Trindade.

Ao longo da caminhada haverá quatro paradas para reflexão, correspondentes aos quatro anos da JPA. Em cada parada a caminhada vai abordar temas relacionados ao dia a dia dos moradores do bairro: Paz e Educação, Paz e Meio Ambiente, Paz e Segurança, Paz e Transporte.

A primeira parada acontece em frente à Escola UEB Cidade Olímpica; a segunda no Lixão da Baixa; a terceira em frente ao posto da Polícia Militar; e a quarta no “Povão”, na avenida Jailson Viana.

No final da caminhada será feito sorteio de presentes para crianças dos bairros e venda de lanches.

O QUE É A JPA

A Fundação Justiça e Paz se Abraçarão (JPA) foi criada em 12 de outubro de 2007, sediada no bairro da Cidade Olímpica, um dos maiores conglomerados humanos de São Luis, com cerca de 90 mil moradores, segundo dados colhidos por várias entidades que atuam na área: Associação dos Moradores, Plan Internacional, Grupo de Apoio às Comunidades Carentes (GACC) e IBGE.

Dirigida por padres italianos da Diocese de Verona, atuando na Arquidiocese de São Luís, a fundação conta ainda com o apoio de famílias missionárias da Europa, que colaboram em algumas atividades da JPA. O funcionamento efetivo da entidade deu-se a partir de 12 de novembro de 2008, quando conseguiu o registro definitivo. A JPA tem expediente diário, das 14h às 17h, na sede situada à R-14, Q-99, C-12. CEP 65058 – 320. Fone: 3257 9120.

O nome da entidade, combinando o “abraço” entre as expressões “justiça” e “paz” é inspirado no salmo 85, versículo 15; e em outros textos com o mesmo sentido salmo 97, versículo 2; e do livro de Isaías 45, versículo 8. Atente-se para que o bordão “justiça e paz se abraçarão” foi utilizado na Campanha da Fraternidade, da Igreja Católica, em 1996, com uma abordagem sobre fraternidade e política.

A JPA nasceu de uma série de ações da Paróquia Santíssima Trindade, diante da ausência de políticas públicas e da intervenção efetiva da Prefeitura de São Luís e do Governo do Estado na urbanização do bairro.

Por iniciativa da paróquia, ações sociais e educacionais começaram a ser implantadas visando atender às necessidades urgentes das comunidades, sem a perspectiva assistencialista, mas visando a um processo de empoderamento dos leigos através da catequese e da construção de consciência crítica.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

PC do B SÓ DECIDIRÁ EM MAIO

"Que fazer?", obra importante de Wladimir Lênin, deve ser o livro de cabeceira de Flavio Dino (PC do B) nesses tempos pré-eleitorais. Talvez encontre nas linhas leninistas a saída correta para derrubar o czar João Castelo (PSDB).


Presidente da Embratur, Dino vive o dilema de ser ou não ser candidato a prefeito de São Luís em 2012. Os comunistas fizeram sua 13ª conferência municipal nesta sexta-feira, 7, iniciando o debate sobre a disputa eleitoral do próximo ano, mas só vão decidir por candidatura em maio.


Flavio tenta costurar alianças. O PT, aliado em 2008, é carta fora do baralho. Dino busca apoio de outras legendas: PSB, PP, PDT e por aí vai. Pesquisas o apontam na liderança, mas ainda é cedo para cantar vitória.


Enquanto Flavio Dino pensa, Castelo opera. Esperou o último ano de mandato para jogar todas as fichas na reeleição. Enterra dinheiro no asfalto sobre avenidas já pavimentadas para filmar e apresentar na campanha.


Dino espera também por novas pesquisas e pelo inverno, quando a cidade vai expor as cicatrizes encobertas pela maquiagem mal feita do prefeito. As águas de março podem limpar os cenários para o maio decisivo dos comunistas.


Flavio Dino joga em 2012 pensando em 2014, quando pode enfrentar um animal político ainda mais perigoso que Castelo: o "Lobo" do homem de Lula e Dilma - José Sarney (PMDB).


Vai ser preciso muita habilidade e engenharia política para vencer o czar e derrotar o lobo. Duas boas batalhas terá o Maranhão nos próximos anos.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

PESQUISA APONTA VAZIO IDEOLÓGICO DOS PARTIDOS NA PROPAGANDA DE TV

O professor do Departamento de Comunicação da UFMA, Carlos Agostinho Couto (foto), doutor em Políticas Públicas, finalizou recentemente a pesquisa “Disseminação ideológica: normas e usos da propaganda político-partidária no Brasil.”


A investigação teve como foco a propagação ideológica dos partidos políticos brasileiros através dos meios de comunicação, especificamente nos programas partidários obrigatórios na televisão.


Na quase totalidade das legendas pesquisadas o debate ideológico passa ao largo da propaganda partidária. Entrevistado pelo blogue, Carlos Agostinho comenta os resultados do trabalho.


Blogue - Qual a motivação da sua pesquisa? Por que escolheu esse tema?


R – Já existem trabalhos que analisam os programas político-eleitorais no Brasil, alguns até publicados em forma de livro. Mas a nossa motivação foi o estudo dos programas institucionais, aqueles que vão ao ar todos os anos e que são produzidos pelos partidos, independentemente do cenário eleitoral. Junto a isso, gostaríamos de entender a posição dos partidos políticos brasileiros em relação à tão divulgada ideia de que a ideologia acabou e que o pensamento liberal é preponderante.


Blogue - Como o trabalho foi feito o trabalho de levantamento e análise dos dados?


R – Estudamos os programas institucionais levados ao ar nos anos de 2009 e 2010 do PT, PMDB, PSDB, PP, DEM, PR, PSB, PDT, PTB, PSC, PC do B, PV e PPS, com exceção do PP, que teve analisado somente o programa de 2009. Foram analisados a legislação pertinente aos programas partidários no Brasil, os documentos que dão fundamento políticos aos partidos (programas, estatutos, históricos...) e o conteúdo dos programas televisivos dos partidos citados.


Blogue - Entre os partidos pesquisados, qual deles é incisivo em apresentar seu respectivo perfil ideológico?


R - Nenhum é incisivo em apresentar o seu perfil ideológico. Percebe-se até um certo mascaramento desses temas, embora alguns partidos tenham dado indicações da ideologia que defendem. Ente os que, de alguma forma, dão essas indicações há tanto partidos de esquerda como de centro e de direita, embora os maiores partidos não tenham deixado claro a sua posição ideológica nos programas.


Blogue - No embate entre os quatro maiores partidos (PT + PMDB) e (PSDB + DEM) existe uma demarcação ideológica nos programas televisivos ou eles apresentam discursos generalizados?


R – Não há demarcação. Os partidos que mais têm cadeiras na Câmara dos Deputados e que, por extensão, são os maiores do país fogem ao debate ideológico. Nesse caso, podemos considerar que há uma espécie de vácuo ideológico, todos dizem praticamente a mesma coisa, o que, de certa forma, ratifica o discurso de que o debate ideológico hoje é relativizado.


Blogue - Analisando sob a ótica da exposição midiática, podemos dizer que existe um vazio ideológico nos partidos políticos brasileiros?


R – Embora todos os partidos apresentem indicações do seu perfil ideológico nos seus documentos formais, o mesmo não é percebido nos programas televisivos. Por isso não é incorreto afirmarmos que, do ponto de vista da exposição midiática, os partidos brasileiros fogem a esse debate, indicando que há uma opção pelo vazio ideológico. Claro que, com o avanço tecnológico dos suportes comunicacionais, era de se esperar que o discurso político-partidário também sofresse alterações, mas percebe-se nitidamente que não apenas maneiras de falar e de tratar as imagens foram modificadas, o conteúdo ficou bem mais superficial e foge dos grandes temas ideológicos.


Blogue - Depois de finalizar a pesquisa, o que o senhor sugeriria para a proposta de Reforma Política no âmbito da propaganda partidária?


R – Há uma legislação que determina que os partidos políticos utilizem os programas gratuitos no rádio e TV para, entre outras coisas, disseminar o seu ideário, mas isso não está sendo seguido. A quem interessaria os programas partidários na TV com um conteúdo diferente daquele que os partidos pregam nos seus documentos? Acredito que a sociedade deveria ser mais informada sobre os fundamentos da legislação brasileira e sobre o regimento dos partidos para ter a possibilidade de perceber essas incongruências. Quem sabe pudéssemos discutir a possibilidade de algum órgão acompanhar a atuação dos partidos nesse sentido, expondo para a sociedade aqueles que destoam da legislação ao omitir os seus fundamentos nos programas gratuitos que são, na verdade, bancados pela sociedade brasileira.


Blogue - Determinados partidos, como o recém-criado PSD, ao assumirem uma postura de "centro" não estariam fugindo ao debate ideológico?


R – Pode ser tanto isso como, numa hipótese pouco provável, também a possibilidade de esse novo partido estar assumindo publicamente o seu perfil ideológico, coisa que os demais relutam, com exceções, em fazer. Precisamos acompanhar os programas institucionais do novo PSD para vermos se ele assumirá a sua situação de “centro” publicamente. Se isso acontecer ele estará sendo fiel ao seu discurso.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

CONFERÊNCIA COMUNISTA

O PC do B de São Luís vai realizar sua 13ª Conferência para debater cenários da conjuntura política. O ato de abertura da conferência será realizado dia 7 de outubro (sexta-feira), às 18 horas, no auditório Fernando Falcão, da Assembléia Legislativa.