quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

GUERRILHAS: LIVRO DE FLÁVIO REIS NO PAPOÉTICO


O cientista político e professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Flávio Reis, reuniu no livro “Guerrilhas” 20 textos publicados em jornais de São Luís nos últimos dez anos. A obra incursiona por temas polêmicos e o autor aborda de forma inicisiva inúmeros temas que orbitam no plano da política, história, música, cinema e psicanálise, dentre outros temas de igual interesse.


O livro abriga várias reflexões sobre a polêmica fundação de São Luís pelos franceses, tema de cinco artigos de Flávio Reis, que é professor do Departamento de Sociologia e Antropologia da UFMA, abre o livro abordando a polêmica em torno da fundação francesa de São Luís, dedicando ao tema cinco textos.


O lançamentio será nesta quinta-feira, 16 de fevereiro, às 19h30, em São Luís, através do projeto PAPOÉTICO (Rua de São João, esquina com a Rua dos Afogados, 389 –A, Altos – Centro).


O livro trata da política maranhense nos anos 20 do século passado, bem como dessa coisa gelatinosa dos dias atuais, evidenciado por ele no texto “O Nó-Cego da Política Maranhense” que fala sobre a troca de governadores do estado, decidida pelo TSE em 2009.


Também em “Guerrilhas” o leitor terá acesso às reflexões de Flávio sobre cinema, ao discorrer sobre a obra do cineasta Frederico Machado, com destaque para o filme “Litania da Velha”, que toma como base o livro de mesmo nome da escritora Arlete Machado, sobre literatura, quando fala sobre a obra “A Saga do Monstro Souza”, de Bruno Azevêdo e Gabriel Girnos, e ainda sobre música, através do texto "Antes da MPM", questionando sobre o que seria de fato a música popular maranhense, a tão falada MPM, ou a invenção da mesma.


“Guerrilhas” espalha provocações, o que é bastante estimulante para o debate de idéias no cenário cultural maranhense. “O olhar esclarecedor sobre as relações de força, a política e suas redondezas – descaso, cinismo, violência -, espaço antigo da reflexão do autor, que nunca cedeu ao apelo das conciliações típico de certa esquerda “prática’ ou de cartilha, notadamente a universitária, incapaz de se desvencilhar do desejo de mandar adivinhando no esgoto exposto das alianças; a exímia capacidade de enredar fios de nossa história mal contada, pondo-nos à vista de nós mesmos; o mergulho em obras de arte desestabilizadoras ou no mínimo provocantes, cuja incidência sobre sua escrita é a bela mostra dum pacto com as potências da imaginação; mesmo as incursões pela psicanálise, disciplina cujas sugestões e descobertas fundamentais nunca frearam uma tendência fortemente ordenadora, cheia de andaimes cientificistas propícios ao folclore burguês – Flávio é mestre em transformar tais zonas em impulso de nutrição, aproximando-se disso ou daquilo conforme as contingências da balbúrdia”, afirma o poeta e pesquisador Reuben da Cunha Rocha.


Flávio Reis publicou os livros “Cenas Marginais” (2005) e “Grupos Políticos e Estrutura Oligárquica no Maranhão” (2007). “Guerrilhas é um pequeno livro que nos ajuda a pensar o Maranhão, a entender por que chegamos até aqui do jeito que chegamos. No cerne de cada questão abordada está a luta contra o modo de pensar da classe dominante, que impõe a sua história, ora idealizada, ora subjugando o pensamento discordante”, afirma o poeta Celso Borges no prefácio do trabalho.


O projeto Papoético existe desde novembro de 2010 e acontece semanalmente, reunindo um grupo seleto de convidados, que se encontram para debater arte e cultura. A proposta alternativa já se tornou uma trincheira da resistência cultural maranhense, e não conta com apoio oficial. Articulado pelo jornalista, poeta e pesquisador Paulo Melo Sousa, o evento acontece no Chico Discos, rua de São João, 389 – A. A entrada é franca.


Fonte: Assessoria do Papoético

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