Uma das singularidades da Semana de Comunicação é o engajamento
dos estudantes na vida acadêmica. Eles estão em tudo: monitorias, registros
fotográficos, reportagens, redes sociais, produção de artigos científicos,
vídeos, filmes e ativa participação nas oficinas.
Há uma nova configuração estudantil no Curso de Comunicação,
focada na vida acadêmica, nos grupos de pesquisa, extensão e nas práticas
científicas em diversos projetos. Parte considerável do estudante contemporâneo
é competitivo, eficaz, tecnicista e olha com desejo para o Currículo Lattes.
O engajamento na vida acadêmica é, portanto, uma ponte
concretada para o mercado cada dia mais competitivo, onde os mais desenvoltos são
rapidamente absorvidos, alguns ainda nos primeiros períodos.
No Curso de Comunicação/Jornalismo do campus de Imperatriz o
Simpósio de Comunicação, realizado anualmente, é também um profícuo espaço de
produção acadêmica, com semelhantes níveis de participação dos estudantes.
Esse perfil difere dos discentes nas décadas de 1980 e 90,
quando predominava o engajamento nos movimentos cultural e estudantil. Pairava
nos corredores do antigo prédio do “Pimentão” (hoje CCSo) o estudante
irreverente, despojado, influenciado pelos resquícios ideológicos dos anos 60,
de cabelos grandes, chinelo de couro, roupas alternativas e subjetividade
aflorada.
O “Pimentão” transpirava contestação, arte e luta política. O
horizonte era a revolução. E havia diversos matizes de revolucionários.
O tempo é outro, como outras são as pessoas e as coisas. E
tudo muda como deve ser. A Semana de Comunicação ocupa o espaço do saudoso
Comunicarte.
Agora há pouca irreverência e muita eficiência. No jargão da
meninada são férteis as palavras: objeto, método, problema, justificativa,
referencial teórico, projeto, análise, convergência, mediação, redes sociais e mundo
digital.
Essa nova dimensão da vida, administrada pelas exigências da
competitividade, quer profissionais bem preparados para a disputa do mercado. É
a regra. E o Curso de Comunicação segue o caminho certo, sem perder a ternura.
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