Qualquer eleição aqui exige atenção redobrada,
principalmente quando há grandes interesses em jogo.
No caso específico do pleito de 2012, prévia da grande
batalha de 2014, os riscos são ainda maiores.
A compra de votos, uma conduta reprovável, já foi
institucionalizada - apesar das recomendações em contrário e das proibições da
Justiça Eleitoral.
Para atenuar o comércio eleitoral deve haver uma força
tarefa vigilante e operante do Ministério Público, TSE, da Polícia Federal e do
Exército.
São Luís precisa de uma atenção especial das forças federais
no próximo domingo. Seja qual for o resultado da eleição, deve ser proclamado
sob a garantia da lisura do processo de votação, respeitando a vontade soberana
do eleitor.
O Judiciário maranhense, já tão maculado por denúncias de
corrupção, deve dar exemplo nessa eleição, sem medir esforços para que haja uma
votação e apuração limpas.
Em quase todo o Brasil há sinais de evolução das práticas
democráticas e do espírito republicano, menos no Maranhão, onde o coronelismo
estupra os poderes e a Lei.
A ficção está repleta de ilustrações. Na novela Gabriela,
por exemplo, o coronel Ramiro Bastos (interpretado por Antonio Fagundes) dita a
Lei em Ilhéus, onde é intendente há 20 anos.
Mas nenhuma ficção chega perto da realidade maranhense, onde
até governador eleito é cassado.
O último capítulo de Gabriela será sexta-feira, antevéspera
da eleição para prefeito. Tudo indica que o derradeiro coronel de Ilhéus vai
cair. Bom sinal. Quem sabe a ficção influencia a realidade e o povo de São Luís
resolve destituir o penúltimo caudilho daqui.
Sei que vão fazer de tudo para que a vonytade do povo não prevaleça, mas tenho fé que a voz do povo vai ser vitóriosa. Não há multidão mentirosa que consiga calar uma única voz honesta.
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