sábado, 3 de novembro de 2012

O POTENCIAL URBANÍSTICO DO ATERRO DO BACANGA

A resistência do futebol no campo improvisado

Se o Governo do Maranhão e a Prefeitura de São Luís tiverem juízo e sensibilidade, unem-se para realizar uma bela obra na capital – a urbanização do Aterro do Bacanga.

Toda cidade tem um parque ou espaço verde de convivência, onde as pessoas se encontram para caminhar, conversar, ler, namorar, contemplar etc.
O lixo por toda parte
O Aterro do Bacanga, localizado em uma região estratégica da cidade, próximo ao Centro Histórico, ao lado do Terminal da Integração da Praia Grande, reúne as condições ideais para ser o maior e mais belo Parque da Cidade.

Com as praias poluídas, é necessário criar equipamentos urbanos para abrigar as pessoas, dando sentido à cidade como o lugar do encontro, da política e da felicidade.
Lixo e animais: risco à saúde
É o que nos ensinavam os gregos sobre os Jardins de Epicuro.

São Luís é carente de praças. A maioria está tomada por lixo ou entulho. Outras viraram estacionamentos ou camelódromo, a exemplo da Deodoro, onde até os bustos do Phanteon Maranhense foram arrancados.

Antes que o Aterro do Bacanga seja transformado em um grande estacionamento, a Prefeitura e o Governo do Estado precisam agir com maturidade e perceber os benefícios que podem ser oferecidos à população.
O Papódromo, onde João Paulo II rezou a missa campal
O aterro está abandonado. Virou abrigo até de sucata de carro. Apesar de tudo, ainda há freqüentadores nos campos de futebol improvisados.

O Papódromo, onde João Paulo II rezou a missa campal, encontra-se em estado deplorável.

Parte dos campos de futebol improvisados foi devastada pelas obras inconclusas do VLT.
Depósito de sucatas na área do aterro
O aterro urbanizado pode ser um grande laboratório para a difusão práticas esportivas e de uma política de saúde para a prevenção ao uso de drogas.

No mundo degradado pelo crack, o poder público precisa criar as condições e os equipamentos urbanos que ofereçam espaços de mobilização do corpo, antes que os sentidos sejam tomados pelos apelos das drogas.
Muita área livre para quadras e pistas de caminhada
A urbanização do aterro pode abrigar também uma base laboratorial para educação ambiental, sendo ponto de visitação de estudantes da rede pública e privada.

Cabe ainda no aterro uma iniciativa voltada para o turismo, estimulando parcerias com donos de embarcações para viabilizar passeios náuticos pela orla de São Luís.

O Aterro do Bacanga é um espaço imenso, onde podem ser implantados:

+ Ciclovias;

+ Quadras polipesportivas;

+ Campos de futebol;

+ Pistas de caminhada;

+ Academias públicas;

+ Quadras adaptadas para pessoas com necessidades especiais;

+ Quiosques para alimentação;

+ Chuveiros;

+ Pista de skate;

+ Recuperação do Circo da Cidade;

+ Arenas para teatro ao ar livre;
Embarcações: novos arranjos produtivos para o turismo na orla de São Luís
É plenamente possível recuperar o aterro, preservar o manguezal às margens e as famosas choperias, além do Porto da Gabi, onde se pode ver um belo por do sol ouvindo o melhor reggae.

A obra do Aterro do Bacanga começou em 1986, no governo Epitácio Cafeteira, o mesmo que mandou devastar o Sítio Santa Eulália.
Manguezal: laboratório ao ar livre para educação ambiental 
Passados 26 anos, é hora de refazer, antes que tudo vire estacionamento e a cidade pare no tempo sem perceber o quanto ficaria bonito um parque à beira-mar.

Se a governadora Roseana Sarney (PMDB) não tiver interesse na parceria, que Edivaldo Holanda Junior (PTC) assuma sozinho. São Luís agradece.

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