A resistência do futebol no campo improvisado |
Se o Governo do Maranhão e a Prefeitura
de São Luís tiverem juízo e sensibilidade, unem-se para realizar uma bela obra
na capital – a urbanização do Aterro do Bacanga.
Toda cidade tem um parque ou
espaço verde de convivência, onde as pessoas se encontram para caminhar,
conversar, ler, namorar, contemplar etc.
O lixo por toda parte |
O Aterro do Bacanga,
localizado em uma região estratégica da cidade, próximo ao Centro Histórico, ao
lado do Terminal da Integração da Praia Grande, reúne as condições ideais para
ser o maior e mais belo Parque da Cidade.
Com as praias poluídas, é necessário
criar equipamentos urbanos para abrigar as pessoas, dando sentido à cidade como
o lugar do encontro, da política e da felicidade.
Lixo e animais: risco à saúde |
É o que nos ensinavam os
gregos sobre os Jardins de Epicuro.
São Luís é carente de praças.
A maioria está tomada por lixo ou entulho. Outras viraram estacionamentos ou
camelódromo, a exemplo da Deodoro, onde até os bustos do Phanteon Maranhense
foram arrancados.
Antes que o Aterro do Bacanga
seja transformado em um grande estacionamento, a Prefeitura e o Governo do
Estado precisam agir com maturidade e perceber os benefícios que podem ser
oferecidos à população.
O Papódromo, onde João Paulo II rezou a missa campal |
O aterro está abandonado. Virou
abrigo até de sucata de carro. Apesar de tudo, ainda há freqüentadores nos
campos de futebol improvisados.
O Papódromo, onde João Paulo
II rezou a missa campal, encontra-se em estado deplorável.
Parte dos campos de futebol
improvisados foi devastada pelas obras inconclusas do VLT.
Depósito de sucatas na área do aterro |
O aterro urbanizado pode ser
um grande laboratório para a difusão práticas esportivas e de uma política de
saúde para a prevenção ao uso de drogas.
No mundo degradado pelo
crack, o poder público precisa criar as condições e os equipamentos urbanos que
ofereçam espaços de mobilização do corpo, antes que os sentidos sejam tomados
pelos apelos das drogas.
Muita área livre para quadras e pistas de caminhada |
A urbanização do aterro pode
abrigar também uma base laboratorial para educação ambiental, sendo ponto de
visitação de estudantes da rede pública e privada.
Cabe ainda no aterro uma iniciativa voltada para o turismo, estimulando parcerias com donos de embarcações para viabilizar passeios náuticos pela orla de São Luís.
O Aterro do Bacanga é um
espaço imenso, onde podem ser implantados:
+ Ciclovias;
+ Quadras polipesportivas;
+ Campos de futebol;
+ Pistas de caminhada;
+ Academias públicas;
+ Quadras adaptadas para
pessoas com necessidades especiais;
+ Quiosques para alimentação;
+ Chuveiros;
+ Pista de skate;
+ Recuperação do Circo da
Cidade;
+ Arenas para teatro ao ar
livre;
Embarcações: novos arranjos produtivos para o turismo na orla de São Luís |
É plenamente possível
recuperar o aterro, preservar o manguezal às margens e as famosas choperias, além
do Porto da Gabi, onde se pode ver um belo por do sol ouvindo o melhor reggae.
A obra do Aterro do Bacanga
começou em 1986, no governo Epitácio Cafeteira, o mesmo que mandou devastar o Sítio
Santa Eulália.
Manguezal: laboratório ao ar livre para educação ambiental |
Passados 26 anos, é hora de
refazer, antes que tudo vire estacionamento e a cidade pare no tempo sem
perceber o quanto ficaria bonito um parque à beira-mar.
Se a governadora Roseana Sarney
(PMDB) não tiver interesse na parceria, que Edivaldo Holanda Junior (PTC)
assuma sozinho. São Luís agradece.
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