O Palácio dos Leões faz e refaz as contas todos os dias e vê um cenário perigoso em 2014: a possibilidade de perder as eleições para o Governo do Maranhão.
Mesmo com toda a força da máquina administrativa e dos expedientes heterodoxos na guerra eleitoral, a oligarquia Sarney se vê diante daquilo que fere, destrói e mata – a derrota.
O ocaso do coronel e da aristocracia parasitária que
infelicita o Maranhão pode estar perto do fim.
O que fazer?
Atacar o adversário principal – Flavio Dino (PCdoB) – de
todas as formas e com todas as armas.
A última ofensiva contra Dino transformou um palito de
fósforos em espetáculo pirotécnico. Um fogaréu varreu a mídia porque o
comunista teria alterado a agenda de trabalho na Embratur.
Há nesse episódio um certo desespero com a presença de
Flavio nos municípios, onde realiza os Diálogos pelo Maranhão, reunindo cada
vez mais gente.
Agora resolveram fiscalizar a agenda de Flavio, nesse estado
onde tudo pode, menos a oposição se mobilizar na pré-campanha.
As pesquisas favorecem Flavio e os leões do palácio da praça
Pedro II começam a operar.
O primeiro sinal foi dado quando a governadora Roseana
Sarney (PMDB) deslocou o chefe da Casa Civil, Luis Fernando Silva, para a
secretaria de Infra-Estrutura, colocando-o na linha sucessória da oligarquia.
Roseana tenta construir a imagem de Luis Fernando como um
tocador de obras e acrescenta nos filmes publicitários aquelas velhas mentiras
sobre mudança, revolução, melhorias etc e tal.
O segundo sinal é midiático: a propaganda ilusionista – a
única coisa que os vários governos de Roseana Sarney sabem fazer bem e obter
lucro.
O Maranhão talvez seja o único lugar do planeta onde a
publicidade institucional tem dois ganhadores separados pelo mesmo balcão. A
governadora Roseana paga para veicular os filmes e spots publicitários nas
próprias empresas da família dela.
Os interesses do governo misturam-se aos negócios privados
da oligarquia. No dinheiro do Maranhão só não vale o interesse público. Este é
sonegado, vilipendiado, desprezado e esmagado.
É a morte da política.
O terceiro sinal, talvez o mais forte, é o entendimento para
garantir novamente o apoio do governo Lula/Dilma (PT) ao projeto de manutenção
da oligarquia no Maranhão.
Lula mandou Zé Dirceu na frente. O todo poderoso condenado à
cadeia veio com dois objetivos: passar a velha conversa fiada na militância
iludida do PT e acertar com Roseana a política real, qual seja: o candidato da
governadora terá o apoio e o tempo de propaganda petista.
Com as máquinas federal e estadual, mais a propaganda
intensa, José Sarney (PMDB) comanda a guerra total contra as oposições
lideradas por Flavio.
Até a agenda do opositor está vigiada, com lupa. É ou não é o
perigo de derrota que incomoda?
Por que estariam tão preocupados com a presença de Flavio
Dino nas cidades maranhenses?
Queriam que ele, pré-candidato a governador,
presidente da Embratur, ficasse despachando pela Internet em Brasília?
Ninguém é inocente na política. Flavio se mexe e o povo do
Maranhão mobiliza junto para o enterro político de Sarney. Esse é o motivo
central dos ataques. O resto é perfumaria.
A derrota está no cenário e preocupa.
Se perder novamente, como ocorreu em 2006 contra Jackson
Lago (PDT), José Sarney (PMDB) deve acionar o TSE e o STF para cassar o mandato
do governador eleito - provavelmente Flavio Dino. Mas aí o tempo será outro. E
pode ser tarde demais.
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