O
prefeito Edivaldo Holanda Junior (PTC) enfrenta uma das situações mais
delicadas no início da gestão – a possibilidade de aumento na tarifa do
transporte coletivo.
As
negociações estão em andamento e os grupos de pressão, de todos os lados,
operam seus interesses. É natural e faz parte da disputa política.
Nas
atuais circunstâncias de desgaste na gestão, Edivaldo Junior não pode nem deve
ceder às pressões, baseadas naquele filme antigo e repetido, qual seja:
O
Sindicato dos Rodoviários ameaça uma greve e combina o jogo com o Sindicato das
Empresas de Transporte (SET) para efetivar o aumento das passagens de ônibus. Em
troca, os rodoviários recebem alguns benefícios trabalhistas.
A
categoria dos rodoviários é uma das mais sofridas de São Luís: os motoristas e
cobradores conduzem ônibus velhos e sujos, em ruas e avenidas esburacadas e com
um sistema de transporte público totalmente precarizado.
Os rodoviários
merecem todo respeito e melhorias das condições salariais e de trabalho, mas
uma coisa é a categoria e outra é o Sindicato dos Rodoviários, que há muito
deixou de ser uma entidade classista.
A
representação sindical dos rodoviários virou uma casta com forte poder de
barganha junto aos tubarões do transporte coletivo, montados no poderoso SET,
uma organização com força econômica e poder político junto aos vereadores e nas
campanhas eleitorais.
No início da gestão, Holanda Junior prometeu fazer uma licitação para abrir novas
linhas e contratar outras empresas. Um edital amplo, transparente, seria a
melhor solução para resolver o impasse.
É sempre
bom lembrar que a pressão pelo aumento das passagens, inclusive com a greve dos
rodoviários, foi um marco na gestão do prefeito João Castelo (PSDB), que não
cedeu.
Se
Holanda recuar agora, vai ficar refém durante quatro anos das entidades
sindicais corporativas e despreocupadas com o interesse público.
Licitação
ampla já! É a promessa de campanha que precisa ser cumprida.
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