terça-feira, 21 de janeiro de 2014

AMOR, ÓDIO E BARBÁRIE NO MARANHÃO

O senador José Sarney (PMDB), escritor bissexto, insultou o amor em seu artigo dominical (19/01) publicado no jornal O Estado do Maranhão.   

Mais que um rosário de lamentos, o artigo é uma peça primorosa de demagogia, porque engana os incautos com as estatísticas de crescimento desprovidas de base para a leitura da realidade maranhense.

Basta andar em qualquer rua de São Luís ou nas cidades da Baixada, por exemplo, para ver a miséria estampada por todos os lados.

Não há pior sinal de degradação do que andar pelos bairros de São Luís, da área nobre à periferia, todos alagados por esgoto a céu aberto.

A água podre exala nas cidades e a água limpa falta nas torneiras das residências. Em 50 anos extorquindo o Maranhão, nem água tratada a oligarquia Sarney conseguiu oferecer às casas das pessoas.

Ex-presidente da República, beneficiário de todos os governos desde a ditadura militar, Sarney deveria ter vergonha de escrever sobre o crescimento do Maranhão.

O Maranhão cresce, mas a riqueza permanece concentrada em uma só família e nos seus beneficiários mais próximos.

Nas suas cinco décadas de tirania, Sarney construiu uma aristocracia parasitária que saqueia o Maranhão, formada por uma elite arrogante que tem ojeriza à democracia, desprezo pela justiça e cegueira aos princípios elementares da civilidade.

Essa elite odeia o Maranhão. É a antítese do amor, a corrupção do sentido de afeto, a morte da ternura e a negação da fraternidade.

O ódio dessa casta parasita, que vive dos privilégios do governo, enquanto a maioria da população não tem sequer água tratada, é a expressão da barbárie do Maranhão.

Denunciada nas cortes internacionais, a barbárie do Maranhão é a pá de cal no túmulo político do oligarca, cuja derrota eleitoral que se aproxima será regida com a marcha fúnebre do ódio que o tirano semeou ao longo de toda a sua vida pública.

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