domingo, 5 de janeiro de 2014

AS NOTAS INÚTEIS SOBRE O CAOS NA SEGURANÇA PÚBLICA

A Secretaria de Comunicação (Secom) do governo Roseana Sarney (PMDB) tem bons profissionais de midia, mas não há marqueteiro que dê jeito na falência do sistema de segurança do Maranhão.

Se o leitor me permite o pleonasmo, o governo virou uma fábrica de notas oficiais, tentando esclarecer o que todo mundo já sabe.

As notas da Secretaria de Administração Penitenciária (Sejap) e da Secretaria de Segurança cansam pela obviedade. Qualquer incauto sabe que a ordem para queimar ônibus saiu de dentro dos presídios e os líderes serão facilmente identificados.

O governo dá esse tipo de informação como se fosse um trunfo, quando na verdade é um paliativo que nada altera o clima de violência na cidade.

As notas governamentais repetem o conteúdo, não apontam ações e só mudam o nome do defunto achado em Pedrinhas.

A cada nota de esclarecimento o governo vai dando sucessivos atestados de incompetência para resolver os mesmos problemas, recorrentes desde a rebelião de 2010, quando 18 presos foram assassinados, sendo três decapitados.

MEDIDAS CONCRETAS 

Se o governo Roseana tivesse algo a dizer, reuniria os chefes do Judiciário e do Ministério Público para anunciar uma força tarefa de combate ao crime organizado no Maranhão.

Se o governo tivesse interesse, anunciaria o prazo de entrega de pelo menos um novo presídio, dos 11 prometidos.

Se quisesse de fato combater o crime organizado, o governo começava expurgando os seus próprios corruptos. Neste caso, teria de construir mais uma dezena de presídios.

Caso houvesse vontade política, a governadora e o senador José Sarney, tão prestigiados com Lula e Dilma, pediriam ajuda ao governo federal para atenuar a barbárie nos presídios do Maranhão.

A população está cansada de notas de esclarecimento anunciando o óbvio. Queremos medidas concretas. Menos notas e mais ação. 

Nesse governo de propaganda enganosa ninguém acredita mais. Faz tempo!

Um comentário:

  1. Caso a polícia do Maranhão realmente fosse composta por diabéticos, hipertensos e idosos, a situação caótica atual de São Luís seria vista com frequência em Imperatriz, Timon, Caxias, Presidente Dutra, dentre outras cidades populosas e violentas. De fato, o efetivo policial sempre foi inferior ao necessário para garantir a segurança da população e para investigar os crimes. Para realizar concursos públicos com frequência, a polícia depende da Governadora e o Ministério Público se omite, pois ele é o fiscal da lei e a ele cabe ingressar com ações civis públicas para exigir um contingente mínimo em cada cidade do Estado do Maranhão.
    Ao aspirante a jornalista, mais respeito com a classe dos policiais!

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