Este blogue é oposição à oligarquia Sarney, uma organização
nociva aos interesses da democracia e dos mais elementares princípios
humanistas.
Deixo isso claro no primeiro parágrafo para evitar que os
patrulhadores interpretem esse texto como algo favorável à manutenção do grupo
que há 50 anos destrói o Maranhão.
Para uma análise lúcida dos fatos, é preciso deixar as
paixões de lado e encarar a realidade com lente de aumento.
NOTÍCIAS DO MARANHÃO
Estamos assistindo, nas últimas semanas, a uma intensa
cobertura da mídia nacional e internacional sobre a barbárie do Maranhão.
O correto recorte da cobertura associa a barbárie aos
desmandos da oligarquia, que transformou o Maranhão no palco da miséria,
inclusive política.
Passados os episódios grotescos de Pedrinhas, o Maranhão
permaneceu na pauta nacional, em extensas reportagens sobre o inferno de
Sarney.
Tudo isso faz muito sentido. Os indicadores sociais e as
burradas de Roseana são usinas de pauta o ano inteiro.
Despreparada, a governadora Roseana Sarney (PMDB) sempre
falou bobagem, mas se superou quando disse que o Maranhão é violento porque
está mais rico.
O ESCUDO PETISTA
Não é a primeira vez que a mídia nacional faz um cerco a José Sarney (PMDB). Quando ele presidia o Senado, o escândalo dos atos secretos reuniu as TVs e
os jornalões em uma cruzada para destituir o oligarca.
Lula e o PT, sócios de Sarney, não
permitiram. O próprio Lula, em um dos seus momentos mais deploráveis, saiu em
defesa do morubixaba maranhense, dizendo que Sarney não era uma pessoa comum.
Dilma, tal qual Lula, também protege Sarney, em nome da
manutenção da aliança PT + PMDB e da governabilidade.
A presidente mandou o ministro da Justiça Eduardo Cardozo ao Maranhão para blindar Roseana.
O PT foi solidário aos atos secretos do pai às palavras
decrépitas da filha (sobre violência e riqueza). Tudo em nome da governabilidade
e das negociatas envolvendo o petismo e o PMDB, visando à reeleição de Dilma.
A COPA NO MEIO DO CAMINHO
Todas as pesquisas apontam a reeleição de Dilma no primeiro
turno. Nas atuais circunstâncias, ela poderia dispensar José Sarney, mas
prefere aguardar os desdobramentos da Copa do Mundo.
As ameaças de protestos podem fragilizar a presidente, a
ponto de ela ter de recorrer a todos os apoios possíveis, inclusive o de Sarney,
controlador de uma parte do PMDB e de vários ministérios.
A cobertura nacional sobre o Maranhão é correta do ponto de
vista dos critérios de noticiabilidade. Um lugar miserável, há 50 anos sob o
domínio do mesmo grupo, cada dia mais rico, é assunto até para ficção
surrealista.
Porém, não podemos perder de vista que o correto e
necessário ataque a Sarney tem um segundo alvo: a candidatura à reeleição de
Dilma Roussef.
Quando até a revista Veja faz capa contra Sarney, é para
desconfiar muito! Sinal de que nem a elite da Avenida Paulista está mais
suportando a miséria política do Maranhão.
Nas entrelinhas das manchetes parece haver um acerto para
bater no oligarca do Maranhão e, paralelamente, fragilizar Dilma.
Jornais, redes de TV e portais de internet são empresas
capitalistas e funcionam como partidos políticos. No momento todas as pesquisas
apontam Dilma reeleita no primeiro turno. É preciso bater nela pelo ponto fraco
– a desonra da aliança com Sarney.
Dilma está exposta como aliada número um da mais nefasta
família do Brasil.
A cobertura da mídia nacional no Maranhão visa enforcar
Dilma com as tripas de Sarney.
Para os maranhenses, a Globo faz um excelente favor.
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