Há uma grande expectativa na cidade sobre o início do período chuvoso e, simultaneamente, a degradação das ruas e avenidas de São Luís.
O que já estava ruim, a buraqueira generalizada, pode piorar se a Prefeitura não agir com eficiência assim que as chuvas caírem.
Aquilo que deveria ser uma rotina administrativa - a conservação das vias públicas - vira o centro das atenções dos gestores, da oposição e da população.
Enquanto nas outras capitais os prefeitos e governadores investem nas grandes obras de mobilidade, inauguram parques ambientais, hospitais e escolas, São Luís espera com ansiedade a operação tapa-buracos.
Isso vem se repetindo há mais de 20 anos, sempre com remendos mal feitos que tornam a esburacar rapidamente no inverno seguinte.
Em Belém, Fortaleza e Teresina, apenas para ficar nos exemplos mais próximos, as equipes de governo estão debruçadas em projetos já pensando o futuro das cidades, fazendo pesquisas sobre as demandas e planejando as obras necessárias para atender à população.
São Luís, presa ao passado, espera a borra ser jogada nas crateras e em seguida o rolo compressor.
Nunca se fala em refazer a malha viária utilizando asfalto de qualidade ou concreto, materiais largamente adotados nas outras capitais.
Até parece que a operação tapa-buracos, repetida todos os anos, há duas décadas, é um negócio lucrativo para as empreiteiras que operam serviços nas sucessivas administrações de São Luís.
Sai prefeito antigo, entra o novo, mas a prática continua. As operações tapa buracos são até manchete de jornal, como se isso fosse algo extraordinário, e não uma operação de rotina.
Cheia de feridas, a malha viária de São Luis parece um imenso casco de jabuti, sobre o qual a cidade se move lentamente.
É a política de remendos tornando a cidade horrível e os empreiteiros cada vez mais ricos.
Cheia de feridas, a malha viária de São Luis parece um imenso casco de jabuti, sobre o qual a cidade se move lentamente.
É a política de remendos tornando a cidade horrível e os empreiteiros cada vez mais ricos.
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