Os Educadores da Rede Municipal de São Luís estão em Greve Geral por
tempo indeterminado desde o último dia 22 de Maio de 2014. Os profissionais do
magistério decidiram parar as atividades por considerarem inadequadas as
condições estruturais em que muitas escolas da capital se encontram, bem como
em razão da não implantação dos direitos estatutário e pelo baixo índice de
reajuste proposto pela administração pública.
A Prefeitura de São Luís, por meio da SEMED – Secretaria de Educação,
tem criado entraves para cumprir as principais exigências dos educadores e isso
tem resultado em perdas irreparáveis para todos (as).
Embora exista uma forte campanha de desmoralização contra os(as)
educadores(as), engendrada pela administração pública municipal, o
SINDEDUCAÇÃO, no exercício do seu direito/dever, ao lado dos(as) professores(as),
tem procurado manter o bom diálogo com toda população, Ministério Público e
sobretudo com os pais e mães dos alunos(as), usuários da Rede Municipal de
Ensino.
Diante deste quadro, o SINDEDUCAÇÃO tem pressionado a Prefeitura/SEMED
acerca das reivindicações feitas pela categoria, mas até o momento a
administração pública vem se mantendo indiferente. A pauta é justa, viável e
pode ser atendida, pois recursos existem. Até maio de 2014 o município de São
Luís já recebeu R$ 128.834.790,95 (cento e vinte e oito
milhões oitocentos e trinta e quatro mil setecentos e noventa reais e noventa e
cinco centavos -
http://www3.tesouro.gov.br/estados_municipios/municipios_novosite.asp) do
FUNDEB para pagamento dos professores,mas continua afirmando
que não tem dinheiro para implantar direitos. São R$ 25.766.958,00 por mês. A
folha de pagamento mensal do magistério está em R$ 16.000.000,00, valor que
corresponde a 62% do montante recebido pela Prefeitura. Sendo assim, para onde
está indo o restante do dinheiro (quase R$ 10.000.000,00 – dez milhões de reais
mensais)? Uma coisa é certa, este dinheiro não está sendo utilizado na
manutenção das escolas, pois a maior parte delas nem deveriam está funcionando,
pois não apresentam qualquer condição estrutural para abrigar alunos,
professores e funcionários. Vejamos os problemas mais comuns:
- Instalações elétricas danificadas; - Salas de aula sem
ventilação e sem iluminação
elétrica;
- Instalações hidráulicas precárias (banheiros , cisternas sem condições de uso, etc.);
- Inexistência de água potável nas escolas;
-Telhados comprometidos;
- Paredes rachadas, com infiltração proporcionando choque em professores e alunos;
- Salas e corredores servindo de depósito de moveis velhos e danificados;
- Áreas de lazer tomadas pelo mato;
- Merenda escolar inadequada;
- Falta de professor nas escolas, por falta de concurso público;
- Falta de material didático e recursos pedagógicos;
- Falta de acessibilidade aos alunos com deficiência; - Falta de espaços para bibliotecas;
- Falta de segurança (assalto freqüente nas escolas)
Os itens acima comprometem todo o desenvolvimento pedagógico,
intelectual e afetivo, tanto dos alunos, quanto dos professores. E os problemas
não param por aí. Muros caídos, portões escorados, falta de iluminação, etc.
Tudo isso tem provocado insegurança e até mesmo casos de agressão aos
profissionais do magistério (violência mortal e física), dentro e no entorno
das escolas. No entanto, nós educadores temos a convicção de que estamos
cumprindo nossa missão, tentando fazer o dia a dia das escolas, mesmo com todas
as dificuldades.
A greve é para mostrar ao poder público e à sociedade como um todo o valor dos profissionais da educação, operários incansáveis na construção de uma sociedade mais justa. Diante disto, exigimos respeito do poder publico municipal e convidamos toda sociedade a participar dessa luta, em defesa da qualidade da escola publica municipal.
SINDEDUCAÇÃO – GESTÃO RENOVAR E
AVANÇAR NA LUTA
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