quinta-feira, 14 de agosto de 2014

APÓS A MORTE DE EDUARDO CAMPOS, MARINA RESSURGE MAIS FORTE

Por essas imprevisibilidades da vida, a candidatura de Marina Silva (PSB) à presidência da República tornou-se uma exigência.

Ela deve assumir o posto fortalecida, depois da comoção pela morte de Eduardo Campos (PSB).

A narrativa da candidatura de Marina será heróica e mitológica. Vetada na tentativa de criar um partido, ela resignou-se à vice na chapa de Eduardo Campos.

Marina saiu da condição de candidata viável a uma posição secundária, mesmo após o sucesso das campanhas anteriores. 

Ela cometeu um gesto nobre, raro na política, terreno onde o egoísmo e a vaidade brotam como os buracos nas ruas de São Luís.

Raramente um político é capaz da resignação. O gesto de grandeza de Marina será narrado em tons de epopeia. 

A tragédia e a dor serão mescladas à campanha, somadas à humildade de Marina, evangélica e ambientalista.

Emoção, aquilo que mexe nas pessoas, será o mote da campanha.

Dilma vai contra-atacar com a economia, o crédito, as bolsas para as famílias, a estabilidade.

Marina será a esperança; Dilma, a segurança. Duas mulheres e discursos distintos.

Há uma grande chance de Marina reunir a mística do Lula de 1989 e a juventude promissora do Eduardo Campos de 2014.

A campanha presidencial perde um grande homem, Eduardo Campos, e ganha uma nobre mulher, Marina Silva.

O desfecho pode ser surpreendente.

2 comentários:

  1. Luciano, li o texto do Josias, mas acho que o PSB engole Marina se as pesquisas lhe forem favoráveis. Eu penso no pragmatismo eleitoral. Mesmo que Marina vá embora para a Rede, ela pode puxar muitos votos e ajudar a eleger uma boa bancada de deputados do PSB agora em 2014. Creio que isso vai contar na balança no momento de tomar a decisão.

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