O crescimento vertiginoso da candidatura de Marina Silva (PSB) precisa ser analisado com frieza e sem devaneios.
Se ganhar a eleiçao, ela terá de negociar a governabilidade com todos os partidos.
A suposta pureza da candidata, cheia de exigëncias e outros quetais, vai esbarrar no pragmatismo do Congresso Nacional - um antro de lobistas e grupos corporativos, fora as quadrilhas organizadas que dominam os negócios na política.
Para a maioria do parlamento brasileiro, esse papo furado de "nova política" pregado por Marina nao serve para nada.
Marina é do PSB, um partido igual a qualquer outro. Basta ver que no Maranhao o socialismo é feito de Ribamar Alves, Roberto Rocha e José Reinaldo Tavares. Sem comentários.
Embora haja um tom messiânico e heróico em torno da sua candidatura, Marina vai conviver com a fome de cargos do PMDB, a herança do PT, o agronegócio do PSDB/DEM e o oportunismo de várias outras legendas.
Uma coisa é promessa de campanha; outra, o dia-a-dia das negociaçoes. No balcao do Congresso, Marina tem poucas chances de praticar a "nova política" que vem prometendo e ninguém sabe direito o que é.
Na política real, Marina será um Lula de vestido e cabelo amarrado. E com a bíblia na mao.
Complementando: além de pregara "independência" do Banco Central, que deixará os bancos à solta, para fazerem o que bem quiserem. Ora, se com controle eles já pintam e bordam, imaginemos à solta? As propostas delas se perdem na razoabilidade, fruto do messianismo de sua candidatura, montada na recusa de Lula em lança-la como seu sucessor.
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