As redes sociais estão repletas de questionamentos sobre o
silêncio do PCdoB na greve dos professores municipais de São Luís.
Em meio à dúvida, os comunistas deveriam divulgar uma nota pública de esclarecimento sobre a posição do partido neste episódio.
Afinal, o secretário municipal de Educação, Geraldo Castro,
é uma das principais lideranças do PCdoB, que tem Flavio Dino candidato ao
governo, avalista e aliado do prefeito Edivaldo Holanda Junior (PTC).
Além da nota, o PCdoB deve tomar providências urgentes para
solucionar o impasse.
A greve chegou ao ápice do conflito: os manifestantes,
acorrentados, ocuparam a Prefeitura iniciando uma greve de fome.
Já mencionei que desconheço a composição partidária da
diretoria do Sindicato dos Professores. Sobre esse tema, não tenho como opinar.
No entanto, sei que há lideranças grevistas e professores
bem intencionados na luta pela melhoria da qualidade da Educação em São Luís. É
muito justo que mereçam melhores salários e condições de trabalho.
Radicalizado, o movimento grevista está permeado de
informações vindas dos dois lados.
A Prefeitura envia releases afirmando que já iniciou a
negociação faz tempo, inclusive com a mediação do Ministério Público.
De outro, os professores disparam nas redes sociais,
assegurando que a Prefeitura não atende às reivindicações da categoria.
Os jornais e blogs alinhados à campanha de Flavio Dino
(PCdoB) acusam a greve de estar sendo alimentada pelo PMDB, com o objetivo de prejudicar
a oposição na disputa eleitoral.
Para a mídia dinista, a greve vem sendo manipulada pelo
deputado estadual Roberto Costa e pelo senador João Alberto, caciques do PMDB
na taba de José Sarney.
Toda greve é política e feita por atores heterogêneos. A
unidade em torno de objetivos comuns é costurada, às vezes, em meio a
interesses partidários.
Mas é difícil acreditar que um professor grevista do PSTU,
por exemplo, que não é Dino nem Sarney, deixe-se manipular por João Alberto.
A greve cresceu porque as escolas estão caindo aos pedaços,
os anexos são chiqueiros, os professores e estudantes convivem em ambientes
insalubres e há defasagem salarial.
Caso o PMDB tenha pego carona, chegou depois e não é bem-vindo.
O caos a educação de São Luís atravessou diversas gestões,
quando também houve greves. Esse não é um problema exclusivo do prefeito
Edivaldo Holanda Junior (PTC). É uma herança de coronéis como Luiz Rocha e João
Castelo, todos amigos de José Sarney e hostis à Educação estadual e municipal.
A tarefa urgente, agora, é buscar uma solução. E no meio do
conflito, o personagem central – PCdoB – precisa se posicionar oficialmente.
Eu acho que isso já virou palhaçada com relação ea esses professores, tudo que a prefeitura pode fazer tem feito e o proprio supremo decretou ilegalidade, acho que isso é politicagem. infelizmente sujando a imagem do professor.
ResponderExcluirEu acho que isso já virou palhaçada com relação ea esses professores, tudo que a prefeitura pode fazer tem feito e o proprio supremo decretou ilegalidade, acho que isso é politicagem. infelizmente sujando a imagem do professor.
ResponderExcluirMe desculpe mas, Luiz Rocha foi prefeito? Não lembro. João Castelo sim.
ResponderExcluirAgora, só deles dois caso Luiz Rocha tenho sido prefeito de São Luís, é a culpa?
Pelo que me consta, desde a gestão da Prefeita Gardênia Ribeiro Gonçalves, esposa do desde à época, rompido com o grupo Sarney, ex-Prefeito João Castelo, São Luís é administrada por essa "oposição" que hoje demonstra as mazelas do grupo Sarney no âmbito estadual. E caro Ed Wilson, é dela, a "oposição", que tanto critica os atuais mandatários do Maranhão no meu ver a grande culpada pelo caos que se encontra hoje a educação municipal pois de Gardênia a Edivaldo Holanda Jr. (repetindo) só a "oposição" governou São Luís.
Se no âmbito municipal a educação chegou a esse ponto, imagina essa "oposição" o que fará com o já combalido sistema educacional estadual?
Caro Fabio Costa, a "oposição" e a "situação" (Sarney) já estiveram misturados e separados muitas vezes. Veja o que aconteceu com Cafeteira, depois da "derrota" de 1994? E Jackson Lago, em 2000, que saiu de casa para tomar champanhe com Roseana Sarney, costurando o acordo para 2002. São tantas idas e vindas... Luiz Rocha não foi prefeito, mas foi um grande colaborador de Sarney, assim como Castelo. Ambos correligionários da ditadura militar.
ResponderExcluirA situação se repete em Imperatriz. O prefeito Sebastião Madeira/PSDB é aliado da candidatura do PCdoB mas tanto o candidato quanto seu partido não se posicionam sobre a greve que passou dos 100 dias.
ResponderExcluirTudo isso recai sobre a proposta Dilnista de governabilidade, assumindo compromissos em troca de apoio eleitoral.
Ed Wilson, faltou você ter tocado no ponto da ilegalidade da greve. Essa greve é abusiva.
ResponderExcluirVerdade meu caro Ed Wilson mas, apesar das idas e vindas, se formos contabilizar na ponta do lápis, como se diz popularmente, São Luís foi governada em sua maioria pela "oposição". O grupo Sarney tem sua parcela de culpa pois sempre pregaram o desenvolvimento do Maranhão e isso deveria acontecer independente do posicionamento político, levando-se em conta o bem comum, tanto da capital quanto dos municípios do interior do Estado, o que nunca aconteceu pois é cada um olhando para seu próprio umbigo. E esse raciocínio continua o mesmo nas hostes "oposicionistas".
ResponderExcluirQueria aproveitar para explicar as aspas quando escrevo "oposição": pela história política desses senhores que saíram do grupo Sarney e hoje encontram-se na "oposição", não os considero verdadeiramente oposição. Isso porque aprenderam tudo que sabem em política do lado de lá, o que, no meu entendimento, resume-se em continuísmo e não em mudança de métodos e atitudes. Triste mas é a realidade.
Nada de novo entre os candidatos, o que pôde ser visto no debate da TV Guará onde, a meu ver, quem sobressaiu-se foi o candidato Antônio Pedrosa que, em uma das suas colocações explicou o que sempre venho discutindo com amigos e que é minha opinião: Lobão Filho e Flávio Dino não diferem em nada. O primeiro faz parte do grupo Sarney e o segundo está junto com figuras carimbadas que hoje se dizem oposição e colocaram em prática, literalmente, um dos ensinamentos de velho Sarney, qual seja, quando o navio começa a fazer água, faça como os ratos, eles são os primeiros a sair.
Para enriquecer o debate e pô mas lenha na fogueira, foi justamente o voto dos vereadores do PCdoB, Rose Sales e Lisboa, os únicos contra o aumento de 3% proposto pela prefeitura, e esse fato não pode ser considerado irrelevante. Um abraço.
ResponderExcluirNelsinho Martins
Excelente. Enfim alguém falou sobre isso. O Candidato Flavio Dino não pode se omitir quanto a esta questão, afinal é assim a maneira como o PC do B tratará a educação em nosso estado???? e antes que digam algo, estamos falando da educação municipal na capital do estado e que está entregue nas mãos do partido do Candidato Flávio Dino.
ResponderExcluirCaríssimos, falo enquanto educadora da rede municipal desde 2002. Em meio a comoção política nesta época de eleição, o nosso movimento grevista assim como tantos outros sofre retaliação dos políticos que negligenciam leis e dos futuros políticos que almejam adentrar a essa politicagem. Esta é a terceira greve que enfrento e sempre participo ativamente dos movimentos, pois gosto de estar atenta e opinar quando se faz necessário. Portanto, posso afirmar que jamais havia presenciado um grupo de comando de greve e uma presidenta de sindicato com tamanha força e perseverança na luta em prol da educação. Toda a pauta de reivindicação desta greve jamais se limitou em aumento de salário, como muitos reiteram. As reivindicações não configuram nenhum pleito impossível de ser realizado pela gestão pública municipal, o que falta visivelmente é vontade política, como em tantas outras gestões fora intentada. Essa greve só tomou as proporções devido ao descaso do senhor prefeito, sempre havendo a falta de sensibilização e o trato respeitoso e cordial junto a categoria. E diga-se de passagem que prefeito nunca foi visto. O atual secretário não possui autoridade política de dar aumento e muito menos está trazendo uma solução pertinente ao conflito e em meio a toda essa crise as pessoas que estão por fora das reais condições de trabalho a que estamos sujeitos diariamente e as tamanhas necessidades de nossos alunos só sabem levantar a voz para críticas destrutivas quanto ao único direito que ainda nos assiste de buscar uma melhoria sequer em meio a tantas mazelas já acumuladas de cada gestão que foi passando e deixando sempre a educação municipal em último plano. E muito me impressiona o que leio em alguns blogs quando vejo pessoas minimizando o professor com palavras pejorativas. Isso magoa, fere a dignidade da pessoa humana. Mas, como o próprio Cristo não fora compreendido por grande parte da humanidade como ainda pra muitos não é, quem dirá um grupo de professores que utopicamente brigam, choram, passam noites em claro acorrentados, passam fome, sede, enfrentam sol e chuva, pegam três ônibus pra chegar no seu local de trabalho, quando não pega um barco pra atravessar um rio... como ficar calado diante de tantos erros? Nosso país e especialmente nosso Maranhão precisa acordar! Só conseguiremos fazer justiça e termos nossos direitos respeitados quando exercermos nossa cidadania. Quem não se acomoda vendo todos os dias os alunos bebendo água contaminada, teto de escola desabando, outras nem água tem, banheiros inadequados, falta de recursos pedagógicos e tantos outros problemas... Mas o novo incomoda e muitos ainda estão preocupados apenas com os seus interesses. Pensemos nisso! Vamos pensar no coletivo e colocar a educação em primeiro lugar no nosso país.
ResponderExcluirA greve não foi considerada ilegal pelo supremo. A greve foi considerada ilegal na justiça estadual e o sindicato recorreu junto ao supremo, que devolveu o processo, para que o recurso fosse primeiro julgado aqui, respeitando as instâncias. O TJ-MA julgou novamente e manteve a ilegalidade da greve. Agora, o sindeducação recorreu ao supremo que ainda não julgou.
ResponderExcluirGrato pela atualização, Marcia Melo.
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