Desde a morte de Eduardo Campos (PSB), a sequência de fatos
no cenário político anuncia o fim do mandonismo coronelista no Maranhão. Vejamos:
José Sarney colou em Dilma Roussef (PT), prevendo a força do Palácio do Planalto na campanha de Edinho Lobão (PMDB) ao governo do Maranhão.
Substituta de Eduardo Campos (PSB), Marina Silva (PSB)
disparou nas pesquisas e ameaça a reeleição de Dilma.
Temendo vaias na presidenta candidata, os marqueteiros já haviam
recomendado a exclusão de Sarney do palanque dilmista.
A orientação foi seguida à risca e a direção nacional do PT proibiu o diretório do Maranhão de indicar o vice na chapa de Edinho.
A orientação foi seguida à risca e a direção nacional do PT proibiu o diretório do Maranhão de indicar o vice na chapa de Edinho.
Escândalo da Petrobras: Roseana e Lobão
Para complicar, o governo Dilma está sob o bombardeio das denúncias
do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, preso na Operação Lava-Jato da
Polícia Federal (PF).
Segundo a revista Veja, com base nos depoimentos de Paulo
Roberto Costa, o ministro das Minas e Energia Edison Lobão (PMDB) e a
governadora Roseana Sarney (PMDB) constam na lista de políticos citados como
supostos envolvidos no esquema de corrupção na Petrobras.
A governadora e o ministro-pai são os principais avalistas
da candidatura de Edinho Lobão, juntamente com o ex-presidente Lula, maior cabo
eleitoral de Dilma.
O doleiro no Luzeiros
Nesse emaranhado, uma das figuras-chave da operação
Lava-Jato é o doleiro Alberto Youssef, preso no Maranhão, no luxuoso hotel
Luzeiros.
A contadora de Youssef, em depoimento à Polícia Federal,
revelou um esquema de suborno envolvendo distribuição de propina a integrantes do governo do Marannhão, para mediar o pagamento de precatórios a uma empreiteira.
Youssef foi registrado em fotografias da investigação da PF
movimentando malas nos corredores acarpetados do Luzeiros.
A lama chega ao Maranhão
Paulo Roberto Costa foi preso em 20 de março, acusado de
tentar ocultar provas que o ligavam ao esquema de lavagem de dinheiro do
doleiro Alberto Youssef.
Solto em maio por uma decisão do Supremo Tribunal Federal
(STF), Costa voltou a ser detido em 11 de junho.
Sem nada a perder, fez um acordo de delação premiada visando
reduzir a pena e colocou no ventilador a lama da corrupção na Petrobras,
citando o ministro Edison Lobão e a governadora Roseana Sarney.
As denúncias de Paulo Roberto Costa respingam na campanha de
Edinho Lobão de tal forma que Sarney e o governo federal estão como porcos
espinhos – sem poder se abraçar.
Enquanto isso, Marina cresce a ameaça a reeleição da
presidente petista.
Perto do fim
No Maranhão, o candidato da oposição, Flavio Dino (PCdoB),
abre 30 pontos de vantagem sobre Edinho Lobão em quase todas as pesquisas.
Tudo conspira contra Sarney. Nem Lula nem Dilma salvam
Edinho.
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