Na cidade sem água, Roseana (ao centro) festeja o Espigão dos ricos |
A governadora Roseana Sarney (PMDB) vai chegando ao final do mandato inaugurando obras faraônicas que não atendem às necessidades urgentes da população.
Uma dessas obras, o Espigão Costeiro da Ponta d'Areia, é uma ostentação. Foi construído em ritmo acelerado apenas para proteger os condomínios luxuosos da erosão provocada pelo avanço das marés.
Enquanto Roseana desfila no Espigão, cercada de bajuladores, a maioria da população do Maranhão sofre com a falta de água potável.
São Luis vive uma calamidade no fornecimento d'água. Nenhum bairro da cidade é abastecido regularmente pela Companhia de Saneamento Ambiental (Caema), controlada por Ricardo Murad (PMDB), cunhado da governadora e titular da Secretaria de Saúde.
As pessoas sem água ainda são obrigadas a pagar as contas mensalmente enviadas pela Caema.
A gestão (?!) dos nossos recursos hídricos é cruel e nociva aos interesses dos maranhenses. Grande parte da população compra água dos carros pipa para tomar banho, limpar a casa e lavar roupa.
Trata-se de extorsão, abuso de poder e agressão aos direitos humanos.
Contrastes
No mercado imobiliário nacional, o Maranhão ostenta valores impraticáveis, em apartamentos de R$ 3 milhões, com direito a ruas esburacadas e esgoto jorrando na porta.
Ao longo de quatro anos de mandato, a governadora Roseana Sarney não construiu uma escola de Ensino Médio e deixou a população sem água.
Durante 50 anos governando o Maranhão, a oligarquia Sarney sequer resolveu o grave problema do abastecimento na capital.
Nem a área nobre de São Luís está livre do caos. Na maioria dos bairros, os moradores improvisaram cisternas e caixas d'água com o sistema de bombas de sucção para "puxar" a pouca água que chega em dias alternados nas torneiras.
Enquanto São Paulo faz alarme com a seca, São Luís vive um racionamento cruel há mais de 40 anos.
Obras e negócios
O Espigão da Ponta d'Areia é uma ostentação e um insulto, construído em tempo recorde apenas para proteger os condomínios de luxo da área nobre, onde é bastante provável que a família da governadora tenha negócios imobiliários.
Mais uma vez, fica demonstrado que os interesses privados da oligarquia estão acima da coletividade.
O mesmo aconteceu com a Via Expressa, obra que interliga os shoppings da cidade e não resolveu o problema da mobilidade urbana.
A Via Expressa serve apenas para ligar dois engarrafamentos, sem atenuar os transtornos do trânsito na capital, que continua caótico.
O viaduto da Forquilha, uma obra imprescindível, foi descartado.
Roseana preferiu ligar os shoppings e proteger os condomínios de luxo da Ponta d'Areia.
Essa é a praia dela.
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