O COMUNISTA E O COLUNISTA SOCIAL: A IMAGEM MARCANTE DO CARNAVAL

Dino e PH na Passarela do Samba: comunismo será o novo glamour do Maranhão

Uma semana antes das festas de Momo, o colunista social do jornal O Estado do Maranhão, Pergentino Holanda, o PH, publicou uma nota criticando o governador Flávio Dino (PCdoB) pela quebra de um ritual da corte maranhense.

PH censurou Dino por sentar-se ao lado do motorista no carro oficial. Segundo o colunista, o governador deveria ficar no banco de trás.

No entendimento de PH, a posição do chefe do executivo no mesmo banco do motorista é sinal de ruptura da formalidade no exercício do cargo; ou seja, o governador não deve ficar misturado aos empregados do Palácio dos Leões.

Enquanto toda a mídia nacional foca na expectativa de mudança e superação dos indicadores sociais do Maranhão, o colunista preferido de José Sarney está preocupado com o assento do governador.

Não se deve estranhar as superficialidades de PH. Discriminar o motorista, para ele, é normal. E essa postura deve ser mantida. Mudou o governo, mas a cabeça do colunista segue a mesma, odiando gente pobre e trabalhadora.

A nota de PH foi bombardeada pela mídia alinhada a Flávio Dino, que viu no comentário do colunista uma agressão ao gesto de simplicidade do governador.

No Carnaval, Dino e PH se abraçaram e desfilaram juntos na Passarela do Samba, durante a passagem da Marambaia, escola onde a militância do PCdoB é engajada.

PH foi o homenageado no enredo da Marambaia, terceira colocada no Carnaval 2015.

Os partidos e os políticos do chamado campo democrático-popular sempre foram hostilizados na coluna de PH, um espaço de glamour, bajulações e informações sobre os frequentadores dos círculos de poder no Maranhão.

Entre abraços e sorrisos mútuos, o comunista e o colunista confraternizaram-se em uma festa onde se faz política intensa.

PH precisa sobreviver fora do círculo da oligarquia Sarney que sempre o sustentou. Agora, ele vai se adaptar aos novos colunáveis.

É só uma questão de tempo. Os comunistas também serão bajulados no colunismo social de Pergentino Holanda.