Marca da pobreza no Maranhão, casa de palha é comum em Marajá do Sena |
Marajá do Sena, uma das cidades mais miseráveis do Brasil, é
o símbolo da miséria política do Maranhão.
O município ganhou as manchetes após a prisão do contador e
do ex-prefeito, acusados de agiotagem.
Entre os presos está ainda “Pacovan”. Nos bastidores da
política, “Pacovan” é uma espécie de senha quando se fala em dinheiro para
financiar eleições.
O crime de agiotagem faz parte da cultura política do Maranhão,
enraizado em quase todas as prefeituras, nas médias e pequenas cidades.
A própria Câmara dos Vereadores de São Luís também é
fartamente noticiada sobre a prática de agiotagem, com dinheiro tomado junto ao
Bradesco.
É comum também o trânsito de agiotas no financiamento das
campanhas proporcionais e majoritárias.
As prisões efetuadas pela Secretaria de Segurança são o
primeiro passo de uma longa caminhada para reduzir a rede criminosa que domina as
prefeituras e estende seus tentáculos às câmaras de vereadores e à Assembleia
Legislativa.
No Maranhão pobre, os recursos públicos que deveriam ser
investidos em educação, saúde e infra-estrutura são gerenciados pelos agiotas.
De todos os crimes praticados nas prefeituras, a agiotagem é
o mais cruel, porque tira as crianças das escolas, desvia dinheiro da saúde e
deixa um rastro de destruição nas nossas cidades.
O governo Flávio Dino (PCdoB) prometeu guerra aos agiotas e
deu o primeiro tiro.
A batalha só começou.
As investigações precisam chegar à Câmara de Vereadores de
São Luís.
Se ficar apenas nos prefeitos, não surtirá o efeito
esperado.
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