Rua sem infra-estrutura é um recorte do abandono do Coroadinho. Imagem: G1 |
Conheço muita gente boa do Coroadinho, de pedreiro a
jornalista e advogado.
São trabalhadores(as) honestos(as), pais e mães de família
honrados, vítimas de vários tipos de violência.
A mais visível está nas manchetes dos jornais e nas imagens
da televisão.
Diz respeito às quadrilhas de criminosos que controlam a
área.
A outra violência também está nas imagens do abandono do
bairro.
As ruas destruídas, sem qualquer infra-estrutura, são
resultado de décadas de violência do poder público contra todos os moradores do
Coroadinho, criminosos ou não.
Apenas para registrar o caso mais recente, o prefeito João
Castelo (PSDB) enterrou milhões de reais em um canal, a pretexto de reduzir as
inundações, mas acabou piorando a situação dos moradores.
O canal engoliu o dinheiro, mas o cotidiano da população
continua o mesmo.
A violência de Castelo é apenas um exemplo das atrocidades
cometidas pelo poder público ao longo de tantos anos no Coroado e no
Coroadinho.
Mas, a violência da má utilização de verbas públicas quase
não é vista nos jornais.
As perversidades no Coroadinho são apenas lembradas quando
os moradores morrem, vítimas de bala.
As outras mortes, fruto do descaso do poder público, pouco
viram notícia.
E assim segue o Coroadinho. Só é manchete quando tem tiros,
sangue e cadáver.
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