Marizélia Ribeiro, professora do Departamento de Medicina III
Welbson Madeira, professor do Departamento de Economia
Após sair vitoriosa nas eleições para Reitor e Vice-Reitor,
a Administração Superior da UFMA parece desejar impressionar a comunidade
acadêmica ao mostrar, em diversos boletins informativos, suas “grandes obras”.
Será que realmente só pretende se vangloriar de feitos ou é
para se precaver de alguma avaliação negativa por parte de órgãos públicos
fiscalizadores?
Um fato impossível de escamotear é que todos os relatórios
pós-REUNI, inclusive o último divulgado pela CGU, fazem diversas observações e
recomendações à UFMA no sentido de prevenir irregularidades. Mas nem sempre têm
recebido a devida atenção.
Qual a necessidade de “justificar” obras da época da SBPC
2012, a exemplo da malha viária com seus 8.415 metros e 350 postes (custo
inicial de mais de 10 milhões (veja nesse link)
e do estacionamento “buraco” ao lado do Núcleo de Esportes (custo inicial de
mais de 3 milhões)?
O contrato registra um gasto de mais de R$ 3 milhões para a construção do estacionamento, ao lado do Núcleo de Esportes, com pouca utilidade para a UFMA |
Quem anda pelo Campus do Bacanga, consegue perceber vários
“cemitérios” (lugar onde se enterram ou acumulam resíduos) de prédios não
concluídos após quase 6 anos de contratação das construtoras. Dois deles
mostram bem a dinheirama do REUNI “enterrada” e que ainda esperam por milhões
para suas conclusões: passando o pórtico de valor inicial de mais de R$ 640
mil, o visitante se depara com os prédios da Biblioteca Central (contratação em
2010, valor inicial de 10.8 milhões e prazo para 720 dias) e da Biologia
(contratação em 2010, valor inicial quase 4 milhões e prazo de 540 dias e
continuando gastos de milhões).
Fotos em 2015 do prédio de Biologia, de mais de R$ 5 milhões
|
Será que no atual período de crise econômica em nosso país,
que afeta diretamente as universidades públicas, essas e outras obras serão
finalmente concluídas? Quando deixaremos de ver as deprimentes imagens de obras
“cemitérios”?
Com a palavra a Administração Superior da UFMA.
Nenhum comentário:
Postar um comentário