domingo, 26 de julho de 2015

O CAMPUS DO BACANGA E OS “CEMITÉRIOS” DE OBRAS INACABADAS

Marizélia Ribeiro, professora do Departamento de Medicina III

Welbson Madeira, professor do Departamento de Economia

Após sair vitoriosa nas eleições para Reitor e Vice-Reitor, a Administração Superior da UFMA parece desejar impressionar a comunidade acadêmica ao mostrar, em diversos boletins informativos, suas “grandes obras”.

Será que realmente só pretende se vangloriar de feitos ou é para se precaver de alguma avaliação negativa por parte de órgãos públicos fiscalizadores?

Um fato impossível de escamotear é que todos os relatórios pós-REUNI, inclusive o último divulgado pela CGU, fazem diversas observações e recomendações à UFMA no sentido de prevenir irregularidades. Mas nem sempre têm recebido a devida atenção.

Qual a necessidade de “justificar” obras da época da SBPC 2012, a exemplo da malha viária com seus 8.415 metros e 350 postes (custo inicial de mais de 10 milhões  (veja nesse link) e do estacionamento “buraco” ao lado do Núcleo de Esportes (custo inicial de mais de 3 milhões)?             

O contrato registra um gasto de mais de R$ 3 milhões para a construção do estacionamento,
ao lado do Núcleo de Esportes, com pouca utilidade para a UFMA

Quem anda pelo Campus do Bacanga, consegue perceber vários “cemitérios” (lugar onde se enterram ou acumulam resíduos) de prédios não concluídos após quase 6 anos de contratação das construtoras. Dois deles mostram bem a dinheirama do REUNI “enterrada” e que ainda esperam por milhões para suas conclusões: passando o pórtico de valor inicial de mais de R$ 640 mil, o visitante se depara com os prédios da Biblioteca Central (contratação em 2010, valor inicial de 10.8 milhões e prazo para 720 dias) e da Biologia (contratação em 2010, valor inicial quase 4 milhões e prazo de 540 dias e continuando gastos de milhões).
Fotos em 2015 do prédio de Biologia, de mais de R$ 5 milhões
Será que no atual período de crise econômica em nosso país, que afeta diretamente as universidades públicas, essas e outras obras serão finalmente concluídas? Quando deixaremos de ver as deprimentes imagens de obras “cemitérios”?

Com a palavra a Administração Superior da UFMA.

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