Desde o início da operação Lava Jato, há uma clara seletividade
das investigações, como se o PT fosse o pai e a mãe de todos os casos de
corrupção no Brasil.
De fato, boa parte do PT está envolvida, sim.
É impossível negar a participação do senador Delcídio do
Amaral, ex-líder do governo Dilma Roussef, nas operações do PT para proteger o esquema de corrupção na Petrobras.
Porém, soa estranho que outros partidos, principalmente o
PSDB, estejam imunes às investigações.
Se a corrupção colonizou o Estado brasileiro, não há como tirar
o PSDB do pente fino do Ministério Público e da Justiça.
É estranho que não tenha nenhuma investigação sobre a
privatização da Vale do Rio Doce e do sistema de telecomunicações do Brasil,
conduzidas na Era FHC, fora outros episódios.
Diante dessa disparidade, fica claro que, além de investigar
e punir apenas o PT, a operação Lava Jato tem o claro objetivo de impedir a
candidatura de Lula à Presidência da República em 2018.
A extrema direita do Brasil sabe que Lula é competitivo e,
apesar de todo o massacre ao PT e à pessoa do ex-presidente, ele ainda é um
forte candidato a ganhar a eleição de 2018.
Só tem duas formas de impedir o ingresso de Lula na eleição
de 2018: prender ou matar.
Se você tiver paciência, leia “1964: a conquista do Estado”
de René Dreyfuss. Nessa obra há muitas semelhanças entre o projeto de
construção da ditadura militar na década de 1960 e o que ocorre hoje no Brasil.
Breve escreverei sobre esse livro.
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