quinta-feira, 24 de março de 2016

SIGILO SÓ VALE PARA TUCANOS

O juiz Sergio Moro (foto) determinou sigilo sobre a lista de pagamentos da Odebrecht, contendo nomes de mais de 200 políticos de 18 partidos.

A planilha com nomes e valores seria parte do esquema de pagamento de propinas a partidos e candidatos.

Entre os supostos beneficiários aparecem os nomes de figuras graúdas do PSDB, como Aécio Neves, Geraldo Alckmin e José Serra.

O sigilo soa estranho, diante da relevância das informações apreendidas em um setor estratégico para a investigação.

Em outro momento da Lava Jato, na semana passada, o juiz determinou a suspensão do sigilo sobre os grampos telefônicos nas conversas entre a presidente Dilma (PT) e o ex-presidente Lula (PT).

Os diálogos entre os petistas foram amplamente divulgados no Jornal Nacional, em tom de espetáculo, paralisando o Brasil no horário nobre da televisão.

As duas decisões sobre o sigilo foram amplamente criticadas nas redes sociais e por juristas renomados, como se o magistrado tivesse dois pesos e duas medidas para liberar informações no curso da investigação.

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