Ocupação só termina quando Michel Temer sair do governo |
Nós do OcupaMinc-MA, composto por produtores e fazedores de
cultura, artistas, intelectuais, conselheiros de cultura, mestres da cultura
popular, professores, pesquisadores, estudantes, pontos de cultura, movimentos
sociais, sindicalistas, anarquistas, movimentos contra-culturais e diversidade
sexual, repudiamos o golpe dado neste país por uma plutocracia corrupta que
utiliza seus cargos de representantes para fins de interesses privados, implantando
programas neoliberais de desmantelo de direitos sociais conquistados com muita
luta e luto.
Em 17 de maio, ocupamos a sede do Iphan impedindo a entrada
de seu quadro funcional, no contexto de extinção do MinC. Durante esses 7 dias,
experimentamos a autogestão caracterizada pela horizontalidade, apoio mútuo e
zelo ao espaço comum, práticas estas opostas ao que vemos no congresso nacional
e demais instituições.
O retrocesso de conquistas no âmbito das políticas culturais
ensejou este ato de desobediência civil. Em torno do tema da cultura,
aglutinamos outros setores da sociedade que também tiveram seus direitos
subtraídos. Construímos redes que fortalecem a luta por uma democracia radical,
assim decidimos continuar ocupando e resistindo. Entendemos que os avanços nas
políticas culturais, sociais e trabalhistas, sofreram um enorme retrocesso em
apenas 13 dias do desgoverno Temer.
Nossa luta é exposta claramente em nosso manifesto.
Ocuparemos até a exoneração deste governo fascista e golpista. Não deixaremos de
lado questões regionais de extrema urgência, como a venda do estado do Maranhão
e seu povo por migalhas; A situação da ampliação do Porto do Itaqui, resquício
do governo de uma oligarquia de escrotos, desta família de saqueadores, a
quadrilha Sarney; A transparência de todos os processos, principalmente sobre o
PAC Cidades Históricas, onde a verba federal já foi repassada e as restaurações
continuam paradas, transformando um legado histórico em ruínas.
A discrepância do discurso do atual governo do estado do
Maranhão, que se diz governar para o povo e em vez de barrar essa venda do
estado, arquitetada no governo de Roseana Sarney com a desculpa de avanço
socioeconômico, criando mais um polo industrial na ilha enquanto devasta terras
sagradas, comunidades quilombolas, indígenas e reservas extrativistas, dialoga
com os empresários e faz um plano diretor com audiências públicas forjadas e
compradas por esses empresários gananciosos e sedentos de poder.
Contra o desenvolvimentismo predador, o neoliberalismo e a
plutocracia, construiremos o poder popular de decisão sobre os rumos do país na
direção da justiça e igualdade e respeito à diversidade. Sarney, devolva o
estado do Maranhão (inclusive o portão do cemitério da cidade histórica de
Alcântara que está na entrada da sua residência)! Temer, devolva o cargo e o
estado de direito deste país e leve toda essa corja corrupta e separatista! O
povo não vai descansar!
O PAÍS É NOSSO! OCUPA TUDO!!!!!
São Luís – MA, 24 de maio de 2016
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