Ex e atual presidente da Câmara, Cunha e Maranhão são cúmplices da tragédia brasileira |
O presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP), age com um só objetivo - proteger a si mesmo e o bando fisiologista onde milita.
Ele sabe que, cedo ou tarde, a Lava Jato e o STF estarão no seu encalço. Na posição que ocupa hoje, alvo da mídia e da Justiça, ele precisava fazer algo para atrapalhar o andamento do impeachment.
E fez! Suspendeu a votação que iniciou o processo de afastamento da presidente Dilma Roussef (PT). Não tem nada de democracia nisso. O interino é atuante nos dutos subterrâneos da política.
Operador de Eduardo Cunha (PMDB), seu antecessor na cadeira principal da Câmara, Maranhão agiu de caso pensado para livrar a própria pele e, de quebra, ajudar o amigo Cunha.
Quando mais o impeachment demorar, mais tempo ele ganha para se safar. Ambos sabem que após o afastamento de Dilma algumas figuras vão cair.
A Lava Jato não pode prender apenas Lula, o alvo principal. Precisa processar alguns. Principal operador de Eduardo Cunha, o interino Waldir Maranhão está na mira.
Acusado de receber propina e outros delitos, ele acumula também manobras rasteiras que protelaram o processo contra Cunha no Conselho de Ética.
O primeiro sinal foi dado e Maranhão já perdeu uma: a demissão do filho Thiago, pendurado em uma sinecura no Tribunal de Contas do Maranhão.
Waldir quer ganhar tempo. Precisava embolar o jogo, protelar o impeachment, criar fato, ter seus dias de fama e valorizar o passe.
O gesto dele, anulando a votação inicial do impeachment, é mais um capítulo triste da novela política brasileira, encadeada em golpe e contra-golpe, patrocinados por dois dos piores representantes do Congresso Nacional.
Réu na Lava-Jato, Cunha não tinha qualquer legitimidade para comandar a patética votação da Câmara que autorizou a abertura do processo contra Dilma.
Waldir, por sua vez, foi decrépito.
Réu na Lava-Jato, Cunha não tinha qualquer legitimidade para comandar a patética votação da Câmara que autorizou a abertura do processo contra Dilma.
Waldir, por sua vez, foi decrépito.
O impeachment, no começo e no meio, tem a cumplicidade das mãos sujas dos dois.
Eles se merecem.
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