Cunha, Temer e Renan: o PMDB oscila o pêndulo da democracia |
Se o impeachment da presidente Dilma Roussef (PT) for confirmado, o Brasil vai experimentar uma situação inusitada desde a redemocratização.
Um só partido, o PMDB, vai controlar o poder Executivo (Presidência da República) e as duas casas legislativas.
Eduardo Cunha (ainda) preside a Câmara dos Deputados e Renan Calheiros o Senado.
Nessa circunstância, abre-se um precedente perigoso para a democracia. Se o PMDB já foi nocivo ao país como linha auxiliar do PSDB e do PT, pior será no comando total do governo, da Câmara e do Senado.
Dominando essas instâncias, o PMDB tende a criar uma barreira para impedir o avanço da operação Lava Jato, até agora focada apenas no PT.
O núcleo central do governo e as casas legislativas, sob o comando do PMDB, constituirão uma força-tarefa para abafar a Lava Jato e impedir o prosseguimento das investigações no Legislativo.
Todo o foco do poder Judiciário será voltado para a prisão de Lula, de forma impedi-lo de disputar a eleição de 2018.
Por outro lado, o vice-presidente Michel Temer (PMDB), se assumir o Palácio do Planalto, será alvo da oposição petista, da CUT e dos movimentos sociais.
O Brasil não terá paz no pós-impeachment. A luta continua.
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