Rodrigo Maia é a versão 2.0 do velho PFL Foto: Zeca Ribeiro |
A
eleição de Rodrigo Maia para a presidência da Câmara dos Deputados empoderou o
velho PFL, na versão 2.0, Democratas, a transmutação pós-moderna da UDN.
Maia é a
síntese do Centrão original, que derrotou o pirata, configurado no adversário
Rogério Rosso (PSD).
A única
vantagem dessa troca é a virada de página que tira de cena o nocivo Eduardo
Cunha (PMDB) e seu lugar tenente Waldir Maranhão (PP).
Nada
mais.
Ao fim
da votação, Rodrigo Maia sentou na cadeira de presidente e fez um discurso
patético.
Como se
estivesse no confessionário do Big Brother, disse ter tomado três calmantes e
repetiu a velha cantilena dos seus comparsas do plenário: agradeceu o pai, a
mãe, os filhos e fez homenagem especial ao caçula botafoguense - Rodriguinho.
Foi um
insulto. O Brasil não está interessado na vida privada do deputado, a não ser
se houver dinheiro público desviado para os mimos da família dele.
Mais que
alívio, a troca de Cunha por Maia deve gerar muita preocupação.
O novo
presidente da Câmara dos Deputados tem linha direta com o presidente interino Michel
Temer (PMDB) e vai colocar em pauta o pacote de maldades do governo.
Virão aí
projetos para retirar direitos trabalhistas, privatizar e deixar as pessoas
morrerem sem qualquer direito a aposentadoria.
Não esperemos
de Rodrigo Maia qualquer agenda positiva. Ele representa o Centrão original, é
um descendente ideológico da elite nefasta do Brasil e traz no DNA o signo genético
do pai, Cesar Maia, que dispensa apresentações.
A cara
de bom moço não atenua os maus princípios político-ideológicos que ele carrega
a vida toda.
Rodrigo
Maia é o mais do mesmo da velha elite parasita do Brasil, com uma diferença,
apenas: Cunha é um tirano assumido. Maia é disfarçado.
Talvez
por isso tenha tomado três calmantes.
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