São as peripécias dos partidos que tornam a política uma atividade humana apaixonante, contraditória e hilária.
Sexta-feira 10 à noite, durante o lançamento das candidaturas petistas de Augusto Lobato (ao diretório estadual) e Raimundo Chocolate (ao diretório de São Luís), o grande homenageado não foi o PT.
As estrelas da festa foram os tucanos e o PSB.
Prestigiaram a chapa Lobato-Chocolate pelos menos três mosqueteiros socialistas: Edson Vidigal, o ex-governador José Reinaldo e o presidente da Assembléia Legislativa Marcelo Tavares, sobrinho de Reinaldo.
O ex-chefe da Casa Civil do governo Jackson Lago (PDT), Aderson Lago (PSDB); e o ex-secretário de Fazenda, Aziz Santos, estavam à beira do palco.
Foram louvados e ovacionados por quase todos os oradores petistas, à exceção do ex-prefeito de Imperatriz, Jomar Fernandes, magoado com a Frente de Libertação por tê-lo preterido na disputa tocantina contra o tucano Sebastião Madeira.
Grande parte da festa de ontem foi arquitetada por um ausente, mas presente midiaticamente: o deputado federal Domingos Dutra.
Em viagem, impossibilitado de participar do rega-bofe de Lobato, ele gravou um depoimento, exibido em telão, declarando apoio ao companheiro.
Nas entrelinhas do seu discurso, Dutra mandava um recado ao correligionário Bira do Pindaré, candidatável a senador. Pindaré está em campanha ao Senado desde o final das eleições de 2006, quando quase bate os veteranos João Castelo (PSDB) e Epitácio Cafeteira (PMDB).
Pois agora Dutra abraça-o com o punhal na mão. O engenhoso político de Saco das Almas já colocou seu nome à disposição do PT para os cargos majoritários em 2010.
Ele articula uma chapa formada pelo PC do B, PT e PSB, encabeçada pelo comunista Flavio Dino, tendo como candidatos ao Senado o próprio Dutra e José Reinaldo Tavares. Daí tanta pompa para a corte socialista.
A outra chapa deve juntar o PDT e o PSDB, com a provável candidatura de Jackson Lago ao governo.
Foi nesse palco que a candidatura de Lobato impressionou. Ele é um sobrevivente. “Se asfalto desse voto, eu já estaria eleito”, soltou certa vez, em uma de suas tiradas sarcásticas. Referia-se ao seu périplo pelos diretórios municipais da BR 316, onde resguarda preciosos 15% do eleitorado interno do PT.
Está no partido desde adolescente, incansável, esperando andar a fila do caciquismo para chegar à sonhada presidência do diretório estadual. “No PT aprendi tudo de bom e ruim na vida”, declarou emocionado na sexta de lua cheia.
Não disse, porém, como faz as maldades nem as generosidades aos companheiros.
Um dos partidos homenageado sexta foi o mesmo que em 2008 abandonou, aos 45 minutos do segundo tempo, a coligação Unidade Popular, formada pelo PC do B e pelo PT, que disputou a Prefeitura de São Luís com a chapa Flavio Dino-Rodrigo Comerciário.
O PSB deixou a esquerda falando sozinha e foi abrigar-se na vice-candidatura daquilo que existe de pior na direita brasileira e, quiçá, internacional: o PSDB. E contribuiu para que o retrógrado João Castelo, com o apoio do governador Jackson Lago, ganhasse a eleição.
Antes disso, em 2006, o PSB lançou Edison Vidigal ao governo, tendo a petista Terezinha Fernandes de vice. Mas os ziguezagues da política o levaram a outros caminhos em 2008. Fazer o quê? Ou melhor, “O quê fazer?”, como diria o camarada Lênin.
E assim vai surgindo a primeira chapa majoritária de 2010, reunindo petistas, comunistas e socialistas. Estes últimos integrantes da ex-Frente de Libertação, agora denominada Movimento Maranhão Livre, porta-bandeiras do bloco anti-Sarney.
A ironia da noite ficou por conta dos discursos da dupla Vidigal & Reinaldo, dois filhos adotivos de José Sarney (PMDB-AP). Como não podia faltar, o velho chavão “Fora Sarney” foi proclamado em coro, menos pelas lideranças petistas nacionais.
Vidigal & Reinaldo vivenciaram os 40 anos das maldades do “pai”, até que um dia resolveram libertar o Maranhão. Ganharam em 2006, foram cassados em 2009 e reorganizam a tropa para a próxima batalha ano que vem.
E já existe até frase feita. Ao final do seu discurso, Reinaldo saiu-se com essa, referindo-se à eleição de 2010: “agora vamos cassar a Roseana, mas no voto.”
Sexta-feira 10 à noite, durante o lançamento das candidaturas petistas de Augusto Lobato (ao diretório estadual) e Raimundo Chocolate (ao diretório de São Luís), o grande homenageado não foi o PT.
As estrelas da festa foram os tucanos e o PSB.
Prestigiaram a chapa Lobato-Chocolate pelos menos três mosqueteiros socialistas: Edson Vidigal, o ex-governador José Reinaldo e o presidente da Assembléia Legislativa Marcelo Tavares, sobrinho de Reinaldo.
O ex-chefe da Casa Civil do governo Jackson Lago (PDT), Aderson Lago (PSDB); e o ex-secretário de Fazenda, Aziz Santos, estavam à beira do palco.
Foram louvados e ovacionados por quase todos os oradores petistas, à exceção do ex-prefeito de Imperatriz, Jomar Fernandes, magoado com a Frente de Libertação por tê-lo preterido na disputa tocantina contra o tucano Sebastião Madeira.
Grande parte da festa de ontem foi arquitetada por um ausente, mas presente midiaticamente: o deputado federal Domingos Dutra.
Em viagem, impossibilitado de participar do rega-bofe de Lobato, ele gravou um depoimento, exibido em telão, declarando apoio ao companheiro.
Nas entrelinhas do seu discurso, Dutra mandava um recado ao correligionário Bira do Pindaré, candidatável a senador. Pindaré está em campanha ao Senado desde o final das eleições de 2006, quando quase bate os veteranos João Castelo (PSDB) e Epitácio Cafeteira (PMDB).
Pois agora Dutra abraça-o com o punhal na mão. O engenhoso político de Saco das Almas já colocou seu nome à disposição do PT para os cargos majoritários em 2010.
Ele articula uma chapa formada pelo PC do B, PT e PSB, encabeçada pelo comunista Flavio Dino, tendo como candidatos ao Senado o próprio Dutra e José Reinaldo Tavares. Daí tanta pompa para a corte socialista.
A outra chapa deve juntar o PDT e o PSDB, com a provável candidatura de Jackson Lago ao governo.
Foi nesse palco que a candidatura de Lobato impressionou. Ele é um sobrevivente. “Se asfalto desse voto, eu já estaria eleito”, soltou certa vez, em uma de suas tiradas sarcásticas. Referia-se ao seu périplo pelos diretórios municipais da BR 316, onde resguarda preciosos 15% do eleitorado interno do PT.
Está no partido desde adolescente, incansável, esperando andar a fila do caciquismo para chegar à sonhada presidência do diretório estadual. “No PT aprendi tudo de bom e ruim na vida”, declarou emocionado na sexta de lua cheia.
Não disse, porém, como faz as maldades nem as generosidades aos companheiros.
Um dos partidos homenageado sexta foi o mesmo que em 2008 abandonou, aos 45 minutos do segundo tempo, a coligação Unidade Popular, formada pelo PC do B e pelo PT, que disputou a Prefeitura de São Luís com a chapa Flavio Dino-Rodrigo Comerciário.
O PSB deixou a esquerda falando sozinha e foi abrigar-se na vice-candidatura daquilo que existe de pior na direita brasileira e, quiçá, internacional: o PSDB. E contribuiu para que o retrógrado João Castelo, com o apoio do governador Jackson Lago, ganhasse a eleição.
Antes disso, em 2006, o PSB lançou Edison Vidigal ao governo, tendo a petista Terezinha Fernandes de vice. Mas os ziguezagues da política o levaram a outros caminhos em 2008. Fazer o quê? Ou melhor, “O quê fazer?”, como diria o camarada Lênin.
E assim vai surgindo a primeira chapa majoritária de 2010, reunindo petistas, comunistas e socialistas. Estes últimos integrantes da ex-Frente de Libertação, agora denominada Movimento Maranhão Livre, porta-bandeiras do bloco anti-Sarney.
A ironia da noite ficou por conta dos discursos da dupla Vidigal & Reinaldo, dois filhos adotivos de José Sarney (PMDB-AP). Como não podia faltar, o velho chavão “Fora Sarney” foi proclamado em coro, menos pelas lideranças petistas nacionais.
Vidigal & Reinaldo vivenciaram os 40 anos das maldades do “pai”, até que um dia resolveram libertar o Maranhão. Ganharam em 2006, foram cassados em 2009 e reorganizam a tropa para a próxima batalha ano que vem.
E já existe até frase feita. Ao final do seu discurso, Reinaldo saiu-se com essa, referindo-se à eleição de 2010: “agora vamos cassar a Roseana, mas no voto.”
Prezado Ed Wilson, Dutra está vendendo um peixe que não irá entregar. Zé Reinaldo e Marcelo se dizem aliados de Flávio Dino, mas, ao apoiar a candidatura de Lobato, estão sendo - ainda que sem intenção - contra a candidatura de Dino.Por conta de rusgas paroquiais, Zé Reinaldo subtrai o gurpo do deputado Washington Luiz, que, este sim, esteve com Dino na campanha de 2008. A cegueira: Zé Reinaldo acredita que Washington vai de Roseana em 2010.
ResponderExcluirAnote: está tudo começando errado.
Abraços, Roberto Kenard