LUIS HENRIQUE SOUSA
Jornalista e Secretário de Comunicação do PT São Luís.
...Flávio Dino. Para Senador Bira do Pindaré (PT). Ombreados pelo PSB (Agora vai?) este é o desenho político a ser perseguido nas eleições do ano que vem por PT e PC do B. Desenho de razoabilidade e maturidade dos dois partidos de esquerda no Maranhão.
Flávio e Bira representam os ventos de mudança na política do Maranhão. Mudanças que não estão restritas ao caráter geracional, podem e devem repercutir as mesmas salutares alterações políticas ocorridas no país, a partir da eleição do presidente Lula.
Cada um por seu turno e atuação, são nomes naturais da esquerda para a disputa majoritária em 2010. Constituem emblematicamente o projeto em curso no Brasil e são possuidores de profunda identificação com ele.
Uma chapa que poderá ser complementada com a presença do PSB, na figura do ex-governador Zé Reinaldo, muito embora, pela mesma razoabilidade, o nome do ex-governador fortaleceria muito mais o projeto, se disponibilizado para encabeçar a chapa dos deputados federais.
Zé Reinaldo, até sozinho, é garantidor de quociente eleitoral. Bancada federal que será fundamental em quaisquer circunstancias, na condição de situação ou de oposição. Além do que mais de uma candidatura ao senado colocará em risco a potencialidade do pólo de esquerda.
Sacrifício (ou sabedoria?) que não diminuirá Zé Reinaldo, muito pelo contrário, seria um gesto altruísta, gesto que ele já foi capaz de fazer na eleição passada, quando permaneceu no cargo e fez o sucessor, ainda que mais tarde a justiça eleitoral o tenha apeado do poder.
Muito embora o PMDB só disponha de um nome competitivo, Roseana ou Lobão, a fragmentação da oposição, considerando ainda a debandada de Vidigal para o consórcio tucano-pedetista, pode inviabilizar o assento no senado e perda do espaço para as chamadas “estruturas de campanha”, hoje, única alternativa dos peemedebistas para garantir as duas vagas em disputa.
Certamente não faltarão vozes petistas a defender candidatura própria, aliás, algumas destas vozes já ecoam. O argumento é que o PT não pode continuar a ser linha auxiliar de poder das demais forças de oposição; que tem que ter proposta e projeto próprio; que o partido precisa fortalecer suas lideranças; abrir picadas na perspectiva de apresentar um plano de desenvolvimento alternativo para Maranhão e, por tabela, que viabilize as candidaturas petistas.
Todos estes argumentos seriam válidos, se o PT tivesse unidade e o tal projeto político-eleitoral. Francamente não tem, e se tem, está disperso na disputa interna do partido ou na distancia que os intelectuais petistas guardam das hostes partidárias.
Ao contrário de situações anteriores em que primeiro foi preciso o PT definir o comando, para só depois definir a tática, os caminhos possíveis parecem claros e cristalinos.
Nem é preciso esperar pelo PED (eleição interna do PT) para saber quais alternativas estão reservadas para 2010: PMDB de Sarney; PDT tucano; o pólo de esquerda (PT, PC do B e PSB) ou candidatura própria. Portanto, a conjuntura impõe ao partido dos trabalhadores o seguinte recado: não dá pra andar sozinho, tão pouco mal acompanhado.
Da síntese, sozinho ou mal acompanhado, entenda-se como sozinho uma candidatura solo, completamente inviável para garantir eleição de senador, deputados federais, no máximo, exitosa apenas para deputado estadual.
Jornalista e Secretário de Comunicação do PT São Luís.
...Flávio Dino. Para Senador Bira do Pindaré (PT). Ombreados pelo PSB (Agora vai?) este é o desenho político a ser perseguido nas eleições do ano que vem por PT e PC do B. Desenho de razoabilidade e maturidade dos dois partidos de esquerda no Maranhão.
Flávio e Bira representam os ventos de mudança na política do Maranhão. Mudanças que não estão restritas ao caráter geracional, podem e devem repercutir as mesmas salutares alterações políticas ocorridas no país, a partir da eleição do presidente Lula.
Cada um por seu turno e atuação, são nomes naturais da esquerda para a disputa majoritária em 2010. Constituem emblematicamente o projeto em curso no Brasil e são possuidores de profunda identificação com ele.
Uma chapa que poderá ser complementada com a presença do PSB, na figura do ex-governador Zé Reinaldo, muito embora, pela mesma razoabilidade, o nome do ex-governador fortaleceria muito mais o projeto, se disponibilizado para encabeçar a chapa dos deputados federais.
Zé Reinaldo, até sozinho, é garantidor de quociente eleitoral. Bancada federal que será fundamental em quaisquer circunstancias, na condição de situação ou de oposição. Além do que mais de uma candidatura ao senado colocará em risco a potencialidade do pólo de esquerda.
Sacrifício (ou sabedoria?) que não diminuirá Zé Reinaldo, muito pelo contrário, seria um gesto altruísta, gesto que ele já foi capaz de fazer na eleição passada, quando permaneceu no cargo e fez o sucessor, ainda que mais tarde a justiça eleitoral o tenha apeado do poder.
Muito embora o PMDB só disponha de um nome competitivo, Roseana ou Lobão, a fragmentação da oposição, considerando ainda a debandada de Vidigal para o consórcio tucano-pedetista, pode inviabilizar o assento no senado e perda do espaço para as chamadas “estruturas de campanha”, hoje, única alternativa dos peemedebistas para garantir as duas vagas em disputa.
Certamente não faltarão vozes petistas a defender candidatura própria, aliás, algumas destas vozes já ecoam. O argumento é que o PT não pode continuar a ser linha auxiliar de poder das demais forças de oposição; que tem que ter proposta e projeto próprio; que o partido precisa fortalecer suas lideranças; abrir picadas na perspectiva de apresentar um plano de desenvolvimento alternativo para Maranhão e, por tabela, que viabilize as candidaturas petistas.
Todos estes argumentos seriam válidos, se o PT tivesse unidade e o tal projeto político-eleitoral. Francamente não tem, e se tem, está disperso na disputa interna do partido ou na distancia que os intelectuais petistas guardam das hostes partidárias.
Ao contrário de situações anteriores em que primeiro foi preciso o PT definir o comando, para só depois definir a tática, os caminhos possíveis parecem claros e cristalinos.
Nem é preciso esperar pelo PED (eleição interna do PT) para saber quais alternativas estão reservadas para 2010: PMDB de Sarney; PDT tucano; o pólo de esquerda (PT, PC do B e PSB) ou candidatura própria. Portanto, a conjuntura impõe ao partido dos trabalhadores o seguinte recado: não dá pra andar sozinho, tão pouco mal acompanhado.
Da síntese, sozinho ou mal acompanhado, entenda-se como sozinho uma candidatura solo, completamente inviável para garantir eleição de senador, deputados federais, no máximo, exitosa apenas para deputado estadual.
Na rica conjuntura, seria resignar o papel do PT a ridícula condição de laranja do sarneysismo ou dos tucanos-pedetistas. Não tardaria e a campanha presidencial desembarcaria no Maranhão no palanque do PMDB, seguramente, neste caso, mais forte, competitivo e atraente para os interesses do PT nacional (intervenção branca).
Por mal acompanhado entenda-se qualquer aliança que una o PT ao consórcio tucano-pedetista, insustentável (intervenção bruta) ou ao PMDB de Roseana que é a contradição histórica das lutas e sonhos do PT no Maranhão.
É hora de quem sabe fazer. É hora de abrir o debate para o Maranhão que queremos. É hora de construir o Maranhão que podemos. Mão na massa e pé na estrada. Vem, vamos embora, porque o Maranhão é grande.
Parabéns Edwilson!
ResponderExcluirUma bela análise, transparente, consciente e real.
A única dúvida que me atormenta, é se a nossa esquerda já tem maturidade política suficiente para perceber esse quadro.
Allan,
ResponderExcluirGrato pela participação, mas o texto é do jornalista Henrique Sousa.
Ed
Parabêns Henrique, me indentifiquei plenamente com seu artigo, agora restar esperar para saber se os "donos" do partido permitiram essa tão sonhada chapa.
ResponderExcluirCaro Ed, volto a inssistir para que faça uma rodada de entrevista com todos oa candidatos a presidente do diretório estadual do PT, precisamos deixar bem claro para a militância, quêm defende o quê? Um abraço
Nelsinho
Nelsinho,
ResponderExcluirA posição de Henrique é a minha, já manifestada nesse blogue desde o final da campanha de 2008 à Prefeitura: Flavio Dino governador, Bira senador.
Já agendei a primeira entrevista, por ordem alfabética, com Augusto Lobato.
Ed Wilson
Caro Ed,
ResponderExcluirEstou totalmente de acordo com o Henrique, sua análise é muito lucida! Espero que o nosso partido ouça Henrique e não caia no colo de tucanolamas e demosarneys.Flávio - governador e Bira - senador
Parabéns!
Caro Ed Wilson.
ResponderExcluirSem dúvida um belo e ponderado texto do Henrique. Seus argumentos tem força porque apontam perspectivas viáveis para a esquerda maranhense (PT, PCdoB e PSB), garante um forte palanque para o projeto nacional, além de indicar uma perspectiva de unidade interna das tendências do PT.
Acho que é uma grande contribuição ao atual debate da esquerda maranhense.
Parabéns ao Luís Henrique.
Saudações.
Os últimos acontecimentos da política no Estado do Maranhão estão constituindo a nossa frente verdadeiras transformações da política, com efeitos avassaladores resultando entre outras coisas pela crise da representação política, materializada pela aversão à política. Sejamos mais claros, no aumento da dúvida e do questionamento dirigidas ao “ofício tradicional da política”, o esvaziamento de partidos e a perda da ideologia de alguns destes, com um troca-troca de legendas abrupto.
ResponderExcluirDe fato, a aversão à política é bastante velha, mas esses motivos mudam com o passar dos anos, a história desses, poderiam contar a nossa própria história. O ofício tradicional da política se manifesta entre outras coisas, pelas dificuldades da linguagem inapropriada que o mesmo faz uso para lidar com os problemas culturais de nosso tempo, do que é uma necessidade mundial dar lugar ao nascimento de uma nova cultura política.
Nesse aspecto, o PCdoB dá provas cabais dessa empreitada, com a aderência da população ao nome de Flávio Dino para a Prefeitura de São Luís, candidatura essa usurpada por manobras arraigadas, sujas e suspeitas, as quais estão sendo averiguadas pela justiça eleitoral, que fadou ao insucesso tal tentativa, cujas conseqüências sentimos na pele todos os dias quando saímos de casa. A cidade está abandonada pela gestão do ofício tradicional do Prefeito João Castelo, carregada de erros, trapalhadas, inércia e falta de transparência.
A candidatura de Flávio Dino ao governo do Estado é uma realidade concreta, bem como o próprio crescimento do quantitativo e qualitativo do PCdoB, de suas alternativas de trabalho que comovem e agregam gradativamente uma multidão de pessoas por todo o Estado, elementos estes que vêm dando abertura a uma nova cultura política no nosso Estado.
Ao fazer uso de uma perspectiva cultural da política, não vejo alternativa melhor para o Maranhão do que este movimento que está constituindo gradativamente todo tecido social do Estado, visto a alternativa concreta da materialização de um novo projeto de desenvolvimento para o mesmo.
Flávio ao ser alvo de avaliação dos órgãos que avaliam o ofício político dos parlamentares brasileiros foi apontado o quarto melhor deputado de todo o Congresso Nacional, avaliação essa que não apontou nenhum dos senadores de nosso Estado como propício de boa desenvoltura.
O slogan “yes we can” (”sim, nós podemos!”), que ficou conhecido pela campanha de Barack Obama se expandiu a nível planetário, de modo que em diferentes partes do mundo o espírito avesso a era de terror instaurada por Bush era notável ou pelo ofício tradicional da política norte-americano.
No Maranhão, esse slogan se concentra de modo bastante apropriado com a avaliação dos trabalhos do grupo do PCdoB, pela militância do partido e pela desenvoltura de Flávio Dino, haja vista a aderência popular crescente e em expansão ao grupo, ao projeto de desenvolvimento elaborado pelo mesmo.
Nesse aspecto, o projeto do socialismo maranhense numa ampla coligação PT, PSB e PCdoB não podem deixar passar despercebidas transformações da política que está em constituição em nosso Estado, o que uma linguagem inapropriada pode se revelar quando da dificuldade de lidar com as transformações culturais de nosso tempo, do que surge a necessidade urgente do nascimento de uma nova cultura política no Maranhão.
Portanto, é irresistível e incontrolável a materialização de uma nova cultura política no Maranhão, como nunca se viu nesse Estado e que nos faz pensar que sim, nós podemos, todos nós maranhenses apostar, assumir a audácia da esperança por tempos melhores, por outros modos de vida que este Estado jamais viu.
Sim, nós podemos.
Ricardo André
Mestre em Gestão Desportiva pela Faculdade de Desporto da Universidade do Porto-Portugal.
Fora Sarney...Desculpe discordar, mas uma análise por quem defende uma coligação PT/PMDB não pode ser levada à sério. Henrique comete um ato falho ao criticar o Sarneismo, se esquece que Washington e Zé Antonio Helluy ligados ao seu segmento já declararam apoio a Roseana. O melhor cenário político para o Estado seria Flávio Governador, Teresinha Fernandes Vice contemplando as regiões norte e maranhão do sul, Bira do Pindaré e José Reinaldo para Senadores numa chapa forte, além de outros nomes fortes concorrendo a Deputado Estadual e Federal. É a melhor maneira de combater racionalmente e inteligentemente a direita, sem projetos personalistas como quer uma ala PT inclusive que o próprio Henrique representa, ou salvo engano me faz crer que Hnerique rompeu com Washington, ou tenta agasalhar Bira no Senado para que não saia do jogo político e termine se candidatando a Deputado Federal atrapalhando os planos de Washington, bela tática Henrique mas o tiro pode sair pela culatra.
ResponderExcluirDiscordo!!!! Caro Henrique, e se percebe a sua esperteza na defesa de seu projeto pessoal junto a Washington, mas comete o equívoco de se manifestar um anti-sarney, já que parte da ala do PT da qual participa defende ROSEANA, e essa manobra é mais uma para contemplar o grupo Sarney que quer Zé Reinaldo fora, mas o povo espera de Zé Reinaldo concorrer ao Senado, pois é lá que Sarney está e é para lá que deve ir Zé Reinaldo, de outra forma ele não será eleito a outro posto.
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