quarta-feira, 24 de março de 2010

DILMA PRESIDENTE, FLAVIO DINO GOVERNADOR

Um espectro ronda o Maranhão: a candidatura de Flavio Dino (PC do B) ao Governo do Estado.

O cenário de 2010 oportuniza ao campo democrático e popular a construção de uma alternativa aos tradicionais grupos oligárquicos que controlam a máquina pública.

Este projeto iniciou em 2008, quando o PT e o PC do B costuraram a frente Unidade Popular na disputa pela Prefeitura de São Luís.

A chapa encabeçada por Flavio Dino, tendo Rodrigo Comerciário (PT) de vice, largou com 4% das intenções de voto, passou ao segundo turno e finalizou com 45%.

Firmou-se, em 2008, uma aliança para o futuro (agora presente) 2010. De lá para cá, cresceu a expectativa de renovação na política maranhense.

Há um forte sentimento de cansaço do eleitorado com os políticos ultrapassados, velhos nas idéias e carregados de vícios administrativos. As duas faces da oligarquia estão em derrocada.

Chega a hora decisiva. O PT e o PC do B não podem abrir mão dessa oportunidade. Não devem negar ao povo maranhense a chance de experimentar o novo.

Mas a candidatura de Flavio Dino só terá viabilidade eleitoral com a participação do PT. Por vários motivos: tempo de propaganda, militância pulverizada nos municípios, programas sociais do governo federal, o imaginário de Lula associado à estrela etc.

Por isso o grupo Sarney tenta, a todo custo, tomar o PT da aliança com os comunistas. Sob o argumento do “projeto nacional”, que prega a aliança com o PMDB, uma parte do PT quer aderir ao governo e à chapa de Roseana Sarney.

Sarney chama o PT para perto porque pretende matá-lo a faca. Oferta aos petistas somente o tempo presente do pragmatismo.

Indo com o grupo Sarney o PT cometerá um erro semelhante ao de 2006, quando ocupou a periferia do governo Jackson Lago (PDT), controlado pelo PSDB.

José Sarney é do PDMB, mas a natureza do seu grupo político, a forma de governar e as atitudes têm o DNA do DEM. É a expressão do liberalismo, do monopólio e da desigualdade.

Portanto, o argumento do “projeto nacional”, tão propalado pelos defensores da aliança com o PMDB, vai contra o desenvolvimento do Maranhão.

Os nossos indicadores sociais melhoraram em decorrência de uma ação direta do governo federal nos grotões, independente da administração estadual.

Há um ambiente propício à melhoria destes indicadores, se o projeto nacional for associado a um governo com perfil e princípios alinhados ao governo Lula.

E essa tarefa não cabe ao PMDB com DNA do DEM. Cabe aos partidos do campo democrático-popular, aos movimentos sociais, às forças progressistas envoltas na construção da aliança PT – PC do B.

Não há futuro para o PT com o PMDB-DEM. O petismo maranhense, se aderir a esta coligação, terá o mesmo destino do grupo “Nossa Luta na Constituinte”, liderado pelo PSB no final dos anos 1980, cujas principais lideranças – Conceição Andrade, Juarez Medeiros, José Carlos Sabóia, José Costa – sucumbiram ou abandonaram a vida partidária.

O PC do B também experimentou o ostracismo nos dois mandatos da governadora Roseana Sarney, de 1994 a 2002, e não recomenda a convivência novamente.

Os registros históricos comprovam que a adesão aos grupos políticos tradicionais só atrapalha e atrasa o campo democrático.

Em 2010, a oposição tem chance de dar um passo maior na caminhada pelo desenvolvimento do Maranhão.

São muitos os desafios. O primeiro é definir a aliança da foice/martelo com a estrela. O segundo é ganhar a eleição. E, ato contínuo, governar com firmeza.

Os delegados ao encontro estadual do PT, neste final de semana, têm uma responsabilidade histórica com o Maranhão.

A eles cabe escolher o caminho. Só há duas opções: o atraso com o PMDB-DEM ou um futuro desafiador com o PC do B.

Companheiros(as) e camaradas, vamos juntar nossas bandeiras vermelhas e marchar pela liberdade do Maranhão.

Neste sábado, 26 de março, podemos dar início a uma nova página política. Com esperança e sem medo de ser feliz.

4 comentários:

  1. Perfeito Ed Wilson, concordo plenamente que devemos marchar com Flávio.
    Como fala o companheiro ALMIR BRUNO o "PT mudou o Brasil, mas falta ainda mudar o maranhão, avançamos muito, mas por conta das oligarquias poderíamos ter indicadores melhores..."
    Portanto no meu modo de entender, não é hora de juntar-nos a quem atrasa o estado.

    Sóstenes Salgado

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  2. É cada um deve seguir as tendências que acredita. Eu ainda não acredito no Dino, o acho meio arrogante e sem experiência o suficiente.

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  3. Lembro que ainda na campanha de 2002, mandaram Frei Beto para tentar catequizar os arredidos Petistas Maranhenses que se opunham à aproximação de Lula com Sarney. E, lá no Colégio Marista, este homem professou a “nova fé”: “às vezes, é preciso sujar as mãos para chegar ao poder”.

    Parece que, embora tenha demorado um pouco, a hipocrisia vai acabar e veremos os “novos convertidos” mostrando quem realmente são.

    Pena que hoje não haja mais Alguém para expulsar estes comerciantes dos templos sob chicotadas.

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  4. Também acredito que Flávio Dino dará um ótimo senador pelo Maranhão.

    Para o PT é mais importantante seguir o Diretório Nacional e compor com Roseana, caso contrário, as oposições continuarão esse cirsulo vicioso de sempre, alimentando uma maquina eleitoral que se apoia na miséria do povo.

    Exploração de milhares de pequenos sindicatos e diretorias, entidades na maioria sem estrutura, que servem de massa de manobra, boi de piranha, depois ganhando ou perdendo fica todo mundo a pé, na mesma ogonia de sempre.

    Isso pode ser quebrado definitivamente atravém da construção de novo estilo de governar no Maranhão, com a participação do PT/PMDB, Governo Dilma.

    É como diz o Presidente Lula: Precisamos ser pragmáticos.

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