sábado, 18 de setembro de 2010

TURISMO PREDATÓRIO É DEVASTADO EM SÃO JOSÉ DE RIBAMAR











Corria o final da década de 1990 quando o empresário e advogado José Lócio dos Santos resolveu empreender no município de São José de Ribamar, na praia do Caúra, onde pretendia construir um complexo turístico.

Muito festejado à época do lançamento, o Caúra Beach Marina Park pretendia ser um amplo espaço de lazer, com piscinas, hotel, trilhas para caminhadas, criação de animais, restaurante etc.

E sabe qual foi a primeira providência de José Lócio para dar visibilidade ao empreendimento?

Mandou cortar todo o manguezal da beira da praia do Caúra (foto 1). Na visão empresarial lociana, o mangue atrapalhava o negócio. Derrubou não só o mangue como grande parte da vegetação costeira (fotos 2 e 3).

Para completar, ergueu uma muralha na beira da praia, a fim de proteger o terreno. Feito isso, Lócio pôs à venda os títulos do Caúra Beach Marina Park (foto 4).

Não vendeu nada e também nada mais construiu. Nem chalés, nem piscinas e trilhas. Lócio faleceu em janeiro de 2007. A maré derrubou o muro, destruiu as guaritas e, mais importante, o mangue voltou a crescer (fotos 5 e 6).

Ninguém é contra empreendimentos turísticos no Maranhão. O problema é como são feitos, geralmente atropelando os estatutos da preservação ambiental e das cidades sustentáveis.

Barreirinhas é exemplo de um turismo predatório sem qualquer compromisso com a manutenção do equilíbrio entre desenvolvimento e geração de emprego e renda.

E São José de Ribamar, com grande potencial turístico, não tem sequer um hotel.

Um comentário:

  1. Pô muito bom essa historia ,eu moro em Belém do Pará e sempre passo minhas féria eu SJR,precisamente no caúra onde mora meus avós,e sempre tive curiosidade de saber quem rea dona desse hotel.
    cara valeu Essas praias são um belo cartão postal maranhense, eprecisão ser preservadas.

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