sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

EGITO: 18 DIAS QUE ABALARAM O MUNDO

A queda do ditador egípcio Hosni Mubarak é um fato histórico relevante, fruto da mobilização popular duplamente articulada pelas manifestações de rua e mobilização na Internet.

Foram 18 dias de protestos intensos, em uma revolta generalizada contra um regime e um homem ultrapassados na maior parte do mundo.

Sai Mubarak, mas passa a governar uma junta militar. O ideal é que a transição avance para um regime democrático, o melhor que a Humanidade já inventou até hoje.

O levante no Egito não é um caso isolado. É o recorte de movimentos mais profundos de emancipação no mundo árabe, cujas consequências podem alterar a geopolítica internacional.

O Egito de Mubarak era um forte ponto de apoio aos interesses dos Estados Unidos e de Israel. Fragilizado internamente, com a economia em crise, os Estados Unidos perdem com a saída do ditador.

Resta saber para onde vai o Egito pós-Mubarack. Depois dos 18 dias, só há uma certeza: o país e o povo são outros.

2 comentários:

  1. Ed Wilson percebeste que se a mobilização for de massas não será necessário nem o uso de armas. O discurso dos que abandonaram a perspectiva revolucionária é de que primeiro temos que saber atirar. As mobilizações no Egito provaram que o mais importante é a mobilização do povo.

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  2. Noleto,
    Percebi que algumas análises supervalorizaram o papel da Internet na mobilização do Egito. Claro que a Internet ajudou, mas o que resolveu foi o povo nas ruas. Grato pela sua observação,
    Ed Wilson

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