terça-feira, 5 de julho de 2011

DOCUMENTÁRIO ABORDA A SITUAÇÃO DA ÁGUA EM SÃO LUÍS

O documentário radiofônico "Água nossa de cada dia", produzido por estudantes de Comunicação da UFMA, apresenta um panorama do des(abastecimento) de água em São Luís. O programa foi elaborado pelos alunos da disciplina Produção e Direção de Programas de Rádio, durante o primeiro semestre de 2010.


Com 32 minutos de duração, o áudio está disponível neste blogue, do lado direito, acima dos likns para o facebook e twitter. Basta clicar e ouvir.


A narrativa e as entrevistas apresentam os principais problemas relacionados à precariedade do sistema público de abastecimento, sob a responsabilidade da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema).


A empresa que deveria oferecer água em quantidade sufciente e de boa qualidade, contraditoriamente é a responsável pela poluição dos rios da ilha. No programa são apresentados também os dados sobre o rompimento do Sistema Italuis.


Além dos problemas da Caema, a produção aborda o comércio de água e a perfuração indiscriminada de poços artesianos que pode levar à contaminação dos lençóis freáticos, inclusive nas áreas nobres de São Luís, devido à proliferação de condomínios.


O documentário foi elaborado a partir de entrevistas e coleta de informações em textos técnicos e matérias de jornal. Entre os entrevistados estão o promotor Fernando Barreto, a geóloga Ediléia Dutra, o advogado Josemar Pinheiro e o professor Policarpo Neto, além de outras fontes importantes.


A produção radiofônica faz ainda um alerta sobre a situação do Parque Estadual do Bacanga (PEB), onde estão concentrados cerca de 20% do abastecimento de água para a capital. Sem demarcação nem sinalização, o parque é ocupado por moradias populares, chácaras, sítios e empresas públicas.


Mas a maior ameaça à preservação do parque é a termelétrica do empresário Eike Batista, localizada na área do Itaqui, a apenas 9 km em linha reta da área do PEB. Quando entrar em funcionamento, alimentada pela combustão de carvão mineral, a termelétrica vai despejar os poluentes sobre a área verde do parque.


O Maranhão, carente de tudo, não tem sequer indícios de uma política de recursos hídricos. A capital esburacada, de trânsito caótico, sem ciclovias nem praças e parques, corre o risco de ter um colapso no abastecimento d'água.

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