terça-feira, 12 de julho de 2011

ENSINO MÉDIO NÃO CHEGA À CIDADE OLÍMPICA

Com cerca de 90 mil habitantes, sem contar os bairros do entorno, a Cidade Olímpica não tem uma escola do Ensino Médio. Considerado um dos maiores conglomerados urbanos do país, a Cidade Olímpica apresenta graves indicadores de saúde, violência e condições hidro-sanitárias.

A Prefeitura e o Governo do Estado têm dívidas históricas junto aos moradores. Na ausência do poder público, as organizações da sociedade civil tentam viabilizar projetos e ações para atenuar os impactos do abandono.

Entre as organizações atuantes no bairro, a Fundação Justiça e Paz se Abraçarão vem proporcionando há três anos oficinas e cursos profissionais para qualificar os moradores do bairro nas áreas de mecânica, construção civil, cabeleireiro, corte e costura, panificação etc.

Em parceria com o Senai e o Senac, a JPA ensina a pescar, em vez de dar o peixe. Na área de educação, a JPA atende centenas de crianças através de um programa de reforço escolar. Muitas crianças do bairro são alfabetizadas nas salas da JPA.

No Maranhão abandonado, o povo se vira como pode para enfrentar a hipocrisia e as pirotecnias midiáticas da "revolução na educação" e do "Maranhão profissional" fabricados no governo Roseana Sarney desde o primeiro mandado.

Um bairro com 90 mil habitantes, sem uma escola do Ensino Médio, é o retrato perfeito de todos os governos descompromissados com a Educação no Maranhão. Só Roseana está no terceiro mandato. E nada.

Um comentário:

  1. Ed,

    Conheço bem a realidade da Cidade Olímpica e sei do sofrimento dos seus moradores. Apesar de ser resultado de um movimento de luta - o que em outros lugares seria razão suficiente para tratamento qualificado - e ser considerada a maior área urbana resultado de ocupação da América Latina, a CO foi vilependiada e manobrada pela classe política, com a cooptação e a alienação dos seus líderes. Para os políticos, a CO só existe no período eleitoral, quando é invadida por promessas e picaretas. O que relatas é a síntese desse quadro.

    Abraços,

    Elizeu Lira

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