A quase totalidade do mundo politico do Maranhão conhece a astúcia política e o lastro eleitoral do prefeito João Castelo (PSDB). Sabemos também da regra eleitoral vigente tanto na prefeitura quanto no governo.
Quem está de posse da máquina pública vai elegendo seus sucessores ad infinitum. É assim em São Luís, desde o primeiro mandato de Jackson Lago, em 1989. Repete-se o jogo no plano estadual, quando José Sarney assumiu o governo em 1966 e nunca mais desapeou.
Por essa regra Castelo tem amplas condições de reeleger-se. Ele é o representante de uma espécie de malufismo ludovicense. Tem um eleitorado que o ama, mesmo em condições adversas, sendo ainda capaz de confiar-lhe mais um voto em 2014. O restante dos votos ele opera.
Mas a movimentação pré-eleitoral do prefeito é tão desastrada que beira a adjetivos impublicáveis neste blogue. Ou então ele é esperto demais e está enganando a todos os analistas políticos.
No aspecto partidário Castelo faz muitas trapalhadas. Não consegue manter o PSDB coeso nem mesmo cooptar outros partidos na íntegra. Só tem parte do PSB e do PDT. O PPS já ameaça até apresentar candidatura própria. Nem as legendas de aluguel animam-se com o alcaide.
No plano administrativo é um desastre incontestável. Por mais absurdo que possa ser, o prefeito está retirando o asfalto das principais avenidas de São Luís, onde já existe pavimentação razoável, para jogar uma nova camada de qualidade duvidosa.
Já foram raspadas as avenidas Daniel de La Touche, parte da Jerônimo de Albuqueruque e um trecho da Holandeses (próximo ao hotel Rio Poty).
Enquanto Castelo tira asfalto de onde já existe, os bairros todos esburacados não recebem nenhum tipo de assistência da Prefeitura, como já estamos cansados de ver em jornais, rádios e TVs.
Para completar a série de medidas antipáticas, o prefeito declarou guerra à Via Expressa, a "grande obra" da governadora Roseana Sarney (PMDB) na capital. Dia e noite a Prefeitura coloca impecilhos para o andamento dos trabalhos.
Essencial registrar também o ataque do prefeito à classe média alta, quando exorbitou a cobrança de IPTU aos que já pagavam o suficiente e passou a cobrar dos "isentos".
Enfim, há uma série de episódios que levam a montar um cenário desfavorável a Castelo na eleição de 2012. Mesmo assim, ele ainda pode ter uma carta na manga e dar a volta por cima.
Vamos acompanhar e torcer para dar tudo errado nessa tucanagem castelista. O próximo inverno deve destruir o que sobrou da cidade. Até julho do ano que vem, mês das convenções, ainda chove muito.
Vamos acompanhar e torcer para dar tudo errado nessa tucanagem castelista. O próximo inverno deve destruir o que sobrou da cidade. Até julho do ano que vem, mês das convenções, ainda chove muito.
A cidade está um amontoado de escombros. Vai ser muito difícil o prefeito fazer operações eleitoreiras, tipo tapa-buracos, no meio do aguaceiro.
O ideal, perfeito para São Luís, é que as águas de março arrastem esses entulhos políticos do tipo Castelo e levem para bem longe, de preferência no canal do Boqueirão, sem direito a sepultamento.
O ideal, perfeito para São Luís, é que as águas de março arrastem esses entulhos políticos do tipo Castelo e levem para bem longe, de preferência no canal do Boqueirão, sem direito a sepultamento.
Cada eleitorado tem o gestor que merece.
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