quarta-feira, 7 de março de 2012

GOVERNO NÃO PAGA ALUGUEL DA PM NA CIDADE OLÍMPICA



Os moradores da Cidade Olímpica correm o risco de perder a 3ª Companhia da Polícia Militar por falta de pagamento do aluguel de R$ 600,00 (seiscentos reais) de um sobrado, na avenida Jailson Viana (foto), onde os policiais ficam lotados.

Desde agosto de 2011 a locação do imóvel vem sendo bancada pela Associação dos Moradores da Cidade Olímpica (Amcol). A entidade já fez diversas solicitações à Secretaria de Segurança para que o governo viabilize o pagamento.

A 3ª Companhia, oriunda do 6º Batalhão de Polícia Militar, foi instalada na Cidade Olímpica após intensa mobilização dos moradores da comunidade. Eles localizaram o imóvel, fizeram pequenos reparos e um mutirão para pintar e limpar o prédio.

O sobrado limpo e organizado foi entregue à PM em agosto de 2011, com inauguração pomposa, sendo que até hoje o governo Roseana Sarney (PMDB) nunca pagou nenhum mês de aluguel.

“Toda vez é essa luta. A gente sai colhendo ajuda de um e de outro aqui entre os moradores e no comércio para juntar o dinheiro e pagar o aluguel”, reclama o líder comunitário e ex-diretor de Segurança da Amcol, Raimundo Borges de Souza, o Maranhão.

Maranhão (foto) afirma ainda que a conta de luz também é de responsabilidade da comunidade. “Temos que fazer coleta de R$ 2,00 (dois reais) no comércio para pagar a luz”, explica.

A Amcol solicitou oficialmente um posicionamento da Secretaria de Segurança (SS) sobre o pagamento do aluguel. Em ofício de 13 de dezembro de 2011, assinado pela gestora de Atividades Meio da SS, Marciana de Moura Teixeira, a secretaria declara que “somente poderá assumir o aluguel da 3ª Companhia de Polícia Militar sediada na Cidade Olímpica, após a conclusão do processo junto à SEPLAN (Secretaria de Planejamento).”

Em tom de descompromisso, o mesmo ofício da SS diz ainda que “até a conclusão do processo de locação do imóvel, as despesas ficarão a cargo da Amcol.”

Na Cidade Olímpica e entorno vivem cerca de 120 mil pessoas. Há muita gente boa, honesta e trabalhadora, mas o bairro é marcado também por altos índices de violência.

A instalação da 3ª Companhia foi um alívio para os moradores que, se por um lado sentem-se mais seguros, por outro ficam lesados ao terem que pagar o aluguel de uma instituição pública de responsabilidade do governo.

Esta semana a Amcol vai intensificar os contatos com o governo e parlamentares visando solucionar o problema.

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