Nos arredores do Porto do Itaqui, o empresário Eike Batista ergue a maior chaminé de São Luís. A termelétrica já fez os primeiros testes queimando carvão mineral, um combustível altamente poluente, rejeitado no mundo inteiro, mas prontamente acatado no Maranhão.
As montanhas de carvão mineral vêm da Colômbia.
A termelétrica fica localizada a menos de 6 km, em linha reta, do Parque Estadual do Bacanga, onde estão instalados vários poços da Caema, responsáveis pelo abastecimento de 20% da água da capital.
Quando a termelétrica começar a funcionar plenamente, o parque vai funcionar como pluma de contaminação, absorvendo as substâncias tóxicas emanadas da queima do carvão mineral.
Ninguém é contra a implantação de indústrias no Maranhão, mas as condições geológicas de São Luís (uma ilha de solo poroso) não adequam-se a esse tipo de indústria pesada.
Dentro da ilha deveriam ser instalados outros arranjos produtivos, capazes de gerar emprego sem fortes impactos ambientais. Uma política agrícola para a zona rural da ilha também poderia ser um importante incremento na economia local.
A Alumar, já anunciando a retirada de São Luís, vai deixar para nós os lagos de lama vermelha, após 20 anos despejando rejeitos de bauxita no solo da ilha. A termelétrica de Eike Batista ainda não começou a operar, mas já assusta.
Brasil, país onde o Capetalismo imperar.
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