A tarifa de ônibus em São Luís é a mais cara entre todas as
capitais do Brasil. Os ônibus são sujos, velhos, caindo aos pedaços e em
quantidade insuficiente para atender à população.
No jogo combinado entre patrões e empregados, os
trabalhadores paralisam o sistema de transporte, o SET atende parte das
reivindicações e logo depois o preço da tarifa é reajustado.
Em meio ao conflito, a prefeitura de São Luís venda os olhos
e a Câmara de Vereadores não se manifesta, salvo raras exceções.
É dito e sabido que o SET controla uma bancada de vereadores
e o Sindicato dos Rodoviários virou um balcão de negócios.
A prefeitura detém o poder de arbitrar as concessões das
lucrativas linhas para o SET explorar. Trata-se de um negócio fantástico
oferecer ônibus caindo aos pedaços com a tarifa mais cara do Brasil.
O SET é uma força política e econômica decisiva entre as
corporações que controlam a cidade de São Luís, há muito destituída do sentido
de cidade e entregue a um estágio pré-político. Aqui vale a velha máxima de uma
guerra de todos contra todos.
RESPEITO ÀS REIVINDICAÇÕES
São justas as reivindicações dos motoristas, cobradores e
fiscais do transporte rodoviário de São Luís. Eles vendem diariamente
mão-de-obra a um setor empresarial lucrativo e privilegiado no Maranhão.
Os trabalhadores do transporte rodoviário encaram jornadas
excessivas, num trânsito infernal, em precárias condições operacionais,
acarretando impactos na qualidade do serviço oferecido aos passageiros.
É a velha luta do capital contra o trabalho, manifestada na
labuta dos motoristas e cobradores, enquanto os empresários enchem as burras de
dinheiro à custa da exploração dos trabalhadores e passageiros.
Em que pesem as justas reivindicações dos motoristas e
fiscais, outras circunstâncias rodeiam a greve, manifestadas nos interesses das
corporações.
Na greve estão em jogo os interesses de uma elite sindical da
CUT que há muito tempo perdeu a perspectiva da luta de classes e aderiu ao mais
exagerado pragmatismo político.
E, do outro lado, ganha também o SET, cada vez mais poderoso
no jogo de poder em São Luís.
Claro que tudo isso é um jogo... a paralização acontece, ninguem diz nada ou se manifesta, a população fica prejudicada, o aumento do transporte é feito e a população se sente obrigada a pagar mais caro por um serviço sujo, mal feito e que não é capaz de suprir a demanda da população. Além disso é bem provável que a Taguatur da em cima da Smtt que logo oprime os carrinhos que é uma bela ajuda às pessoas, dai os ônibus andam todos super lotados e ainda temos que pagar pra andar assim. Mas é óbvio que quanto menos ônibus e mais lotados eles andarem maior é o lucro da Taguatur. Mas uma coisa é certa, ninguém vai ficar impune de todos os atos maus que fizer diante de Deus, que é o único que aplica a Justiça Perfeita. :)
ResponderExcluirFaltou enfatizar o monopólio existente das empresas sobre as linhas de ônibus, ou seja, um bairro " X ", é pessimamente servido por uma empresa " Y", mas a empresa "Z" não pode explorar. Isso, claro, com a benevolência do Legislativo e Executivo municipal, ou não?
ResponderExcluirGenesio