sexta-feira, 29 de junho de 2012

AGIOTAGEM PROLIFERA NO ESTADO AUSENTE

De todos os atos nocivos praticados pela oligarquia Sarney contra o povo maranhense, o sucateamento e a privatização do Banco do Estado do Maranhão (BEM) foi um dos mais cruéis.

O BEM poderia ter sido um dos principais indutores do desenvolvimento do Maranhão, financiando as atividades econômicas essenciais à geração de arranjos produtivos, emprego e renda.

Mas, sob o domínio dos Sarney, o BEM foi sugado até a morte e depois vendido ao Bradesco.

Na ausência do banco estadual para operar as linhas de financiamento aos empreendimentos e às prefeituras, os agiotas entram em ação.

Diante da inoperância do Governo do Estado no processo de articulação dos gestores municipais, o dinheiro ilícito estrangula as prefeituras.

Criou-se no Maranhão uma cultura política da corrupção, entranhada nos três poderes do Estado, alimentada pelo dinheiro ilegal da agiotagem.

As prefeituras reproduzem o status do Palácio dos Leões: são pequenas aristocracias parasitárias.

As populações dos pequenos e médios municípios maranhenses vivem à mercê de um patrão – o prefeito.

É o dinheiro da Prefeitura que movimenta o comércio nos dias de pagamento. E só!

Essa é a realidade do Maranhão sem indústrias, sem turismo, com a pequena e a média agricultura sufocadas pelo agronegócio.

Nesse cenário de vazio do Estado o terreno é fértil para o dinheiro ilegal da agiotagem financiar as campanhas.

Os candidatos às prefeituras já estão endividados com os agiotas mesmo antes de ganhar as eleições.

Quando ganham, o dinheiro dos municípios fica totalmente comprometido com o pagamento das dívidas de campanha.

O que sobra o prefeito embolsa, compra duas ou três caminhonetes hilux, dois apartamentos na Ponta d’Areia e o município fica abandonado.

Durante os quatro anos de mandato é isso. E assim sucessivamente.

Com o BEM morto, o Maranhão está nas mãos dos vivos, em todos os sentidos: agiotas e outros mais.

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