sábado, 7 de julho de 2012

DRENAGEM, TRÂNSITO E TRATAMENTO DO LIXO SÃO AS PRIORIDADES DO PSTU



Candidato a prefeito de São Luís pelo PSTU, Marcos Silva apresenta nesta entrevista as principais diretrizes da campanha. O socialista afirma que as candidaturas vinculadas ao PTC, PSB e PDT foram “injustas” com o prefeito João Castelo, porque estiveram na Prefeitura e depois abandonaram o tucano.

Silva criticou também o candidato do PSOL, Haroldo Sabóia, acusando-o de personalista.

Saneamento, transporte de massa, pavimentação e tratamento do lixo são as prioridades da candidatura do PSTU para São Luís. Veja a entrevista.

Como foi o processo de definição da sua candidatura no partido?

Marcos Silva - Como é feito historicamente nos partidos revolucionários, através do debate político e democrático. Através do método democrático após varias discussões em plenárias e conferência, o partido optou por uma chapa composta na majoritária pela minha pessoa e tendo como vice a professora e advogada ativista Kátia Ribeiro. Então tivemos uma convenção marcada pela unidade dos revolucionários e fortalecimento do PSTU.

O PSTU costuma fazer da campanha um espaço de disputa ideológica. Vai manter a regra ou optar por uma campanha mais propositiva?

Marcos Silva - Penso que face aos ataques que os setores oprimidos explorados sofrem, isso sempre levou o nosso partido a priorizar as denúncias do sistema, mas o nosso partido - sem capitular ao processo eleitoral burguês - é composto de pessoas com muita capacidade de gestão e pesquisa e temos nossos planos construídos de forma concreta nas lutas sociais da nossa classe. Então apresentaremos um programa que é a síntese das reivindicações da classe trabalhadora e da juventude, uma mediação para enfrenta os problemas sociais e estruturais da nossa cidade, com base na democracia dos trabalhadores, na transparência com os recursos públicos e priorizando as ações nas comunidades mais carentes de São Luís.

Qual a sua análise sobre a administração do prefeito João Castelo (PSDB)?

Marcos Silva - Não poderia o atual prefeito fazer diferente das práticas sarneístas. O mesmo se formou na escola da oligarquia, é compadre do Sarney, aplica os mesmos hábitos e governa em defesa de interesses privados. Assim nossa cidade é débil em políticas publicas e estruturais. Para cada buraco tampado surgem outras dezenas. Claro que até ontem essa administração contava com o apoio direto do PTC, do PSB, do PDT e outras legendas de aluguel que na minha opinião foram oportunistas com o Castelo. Estiveram na barca até começar a afundar e então começaram a cair fora e deixaram ele até sem vice de outra legenda.

Como o senhor avalia as outras candidaturas de oposição ao prefeito Castelo?

Marcos Silva - Alguns dos candidatos foram injustos com o Castelo. Usaram e abusaram da Prefeitura para até garantir eleição de deputado federal e estadual e outros benefícios pessoais. Depois, em função da rejeição do prefeito nas pesquisas, resolveram abandonar a barca tucana. Outros são produtos da vontade da oligarquia ter um prefeito que seja um fantoche na administração municipal. Quanto à candidatura do PSOL o próprio candidato já disse que quer mesmo é se fortalecer para disputar o senado em 2014. Mas eles têm o direito de pleitearem a Prefeitura, só espero que os mesmos não abusem do poder econômico e não fujam do debate ou tentem nos tirar dos mesmos. Queria finalizar essa resposta dizendo que os nossos adversários não se utilizem da compra de votos e da consciência dos eleitores e façam uma disputa honesta. Espero também que o Ministério Público Eleitoral seja atuante.

Caso vença a eleição, quais serão as prioridades da sua gestão para São Luís?

Marcos Silva - Penso que construir uma equipe de governo que possa ter disposição para aplicar uma gestão pensando no social e não em interesses privados. Isso nos leva a compreensão de enfrentar os desafios de organizar a administração do município de forma democrática, com a participação dos trabalhadores e trabalhadoras. E buscar a construção de programas sociais e estruturais para melhorar a nossa cidade do ponto de vista da habitação, saneamento e mobilidade urbana.

Indique três obras de infra-estrutura essenciais para São Luís?

Marcos Silva - Primeiro reestruturar os serviços de drenagem urbana, buscando recuperar nossos rios; segundo, reorganizar nossas avenidas e ruas no sentido de garantir uma melhor fluidez do trânsito, levando em consideração o uso de transporte de massa, veículos particulares, ciclistas e pedestres; terceiro, construir uma estrutura sanitária que possa nos livrar dos lixões e aterros. Penso que é necessário uma estação de tratamento do lixo. Essas são obras que penso ser necessárias para melhorar a vida do povo de São Luís na responsabilidade da gestão municipal. Não é obrigado seguir a ordem estabelecida, bem como nossa gestão não será produto só do nosso pensamento. Aqui em nossa cidade tem uma vasta quantidade de recursos humanos com capacidade de contribuir com uma gestão pública que priorize os interesses da maioria do povo.

Como será o posicionamento do PSTU na campanha, em relação às outras candidaturas?

Marcos Silva - Vamos tentar incentivar a construção da consciência social em nossa classe, mostrando que interesses estão por trás dos candidatos.

Por quê o PSTU não coligou com o PSOL?

Marcos Silva - Seria muito importante essa unidade, mas o PSOL foi ganho para um projeto pessoal do Haroldo Sabóia, então não deu para unirmos a esquerda na defesa de um projeto classista e socialista. Tudo bem, continuaremos a carregar essa bandeira sozinho. Veja só o ditado popular: “antes só que mal acompanhado”. Isso é realmente uma lição, muitos deveriam levar em consideração.

Como o PSTU recebeu o ingresso de ex-militantes e dirigentes do PSOL, liderados pelo professor Paulo Rios?

Marcos Silva - Para nós nos reencontramos na luta política com valorosos companheiros que militamos juntos no PT quando esse ainda não era uma legenda alugada para o Sarney. Sem dúvida alguma é magnífico tanto Paulo Rios, Saulo Arcângelo, Kátia Ribeiro e outros que vieram do PSOL, são companheiros que tem uma vida dedicada à luta dos trabalhadores e trabalhadoras sem terem por traz interesses pessoais. Eles fazem juntos com os nossos antigos militantes nosso partido ficar mais forte e por consequência a luta pelo socialismo.

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