João Castelo, o governador do voto "ditado em voz alta" (clique na imagem para ampliar e ler) |
Uma torcida organizada faz preces
para que o prefeito João Castelo (PSDB), cujo mandato acaba hoje, encerre de
vez a carreira política, tenha muita saúde e aproveite da melhor maneira possível
as aposentadorias e o dinheiro acumulado ao longo da vida.
Castelo finda a gestão conseguindo
algo inédito: perdeu a eleição no controle da máquina da Prefeitura, fato
inusitado nas regras eleitorais do Maranhão, onde os prefeitos e governadores
no cargo geralmente repetem os mandatos.
Arrogante, Castelo não conseguiu
sequer montar uma chapa híbrida e contou apenas com o PSDB, tendo o deputado
estadual Neto Evangelista de vice-prefeito.
Pesou contra o tucano também o
abandono da cidade: os buracos, o lixo, os socorrões transformados em hospitais
de guerra e as crianças sem escola durante mais de seis meses.
Somente no período eleitoral Castelo
lançou um conjunto de obras atropeladas, sem planejamento, com destaque para o
desastroso projeto do VLT, cada dia com um traçado diferente.
A cidade virou as costas para o
prefeito. Até o eleitor castelista empedernido, aquele que batia no peito cheio
de orgulho, ficou envergonhado.
O malufismo ludovicense vai chegando
ao fim.
Correligionário do oligarca José
Sarney na Ditadura Militar, Castelo foi governador biônico do Maranhão,
indicado em 1978, pela velha Arena, sustentáculo do autoritarismo e da repressão
no Brasil.
À época, o jornal "O Imparcial" relatava o “voto ditado em voz alta” do colégio eleitoral que empurrou aos maranhenses
um governador da repressão.
Logo após assumir o governo Castelo
mandou a polícia espancar os estudantes na Greve da Meia Passagem, em 1979.
A este episódio seguiram-se vários,
inclusive o incêndio na Prefeitura na gestão da prefeita Gardênia Gonçalves,
esposa de Castelo.
Para alívio do Maranhão, espera-se
de Castelo o definitivo abandono da carreira política.
Feliz 2013, car@s leitor@s!
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