segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

O FIM DE CASTELO

João Castelo, o governador do voto "ditado em voz alta" (clique na imagem para ampliar e ler)

Uma torcida organizada faz preces para que o prefeito João Castelo (PSDB), cujo mandato acaba hoje, encerre de vez a carreira política, tenha muita saúde e aproveite da melhor maneira possível as aposentadorias e o dinheiro acumulado ao longo da vida.

Castelo finda a gestão conseguindo algo inédito: perdeu a eleição no controle da máquina da Prefeitura, fato inusitado nas regras eleitorais do Maranhão, onde os prefeitos e governadores no cargo geralmente repetem os mandatos.

Arrogante, Castelo não conseguiu sequer montar uma chapa híbrida e contou apenas com o PSDB, tendo o deputado estadual Neto Evangelista de vice-prefeito.

Pesou contra o tucano também o abandono da cidade: os buracos, o lixo, os socorrões transformados em hospitais de guerra e as crianças sem escola durante mais de seis meses.

Somente no período eleitoral Castelo lançou um conjunto de obras atropeladas, sem planejamento, com destaque para o desastroso projeto do VLT, cada dia com um traçado diferente.

A cidade virou as costas para o prefeito. Até o eleitor castelista empedernido, aquele que batia no peito cheio de orgulho, ficou envergonhado.

O malufismo ludovicense vai chegando ao fim.

Correligionário do oligarca José Sarney na Ditadura Militar, Castelo foi governador biônico do Maranhão, indicado em 1978, pela velha Arena, sustentáculo do autoritarismo e da repressão no Brasil.

À época, o jornal "O Imparcial" relatava o “voto ditado em voz alta” do colégio eleitoral que empurrou aos maranhenses um governador da repressão.

Logo após assumir o governo Castelo mandou a polícia espancar os estudantes na Greve da Meia Passagem, em 1979.

A este episódio seguiram-se vários, inclusive o incêndio na Prefeitura na gestão da prefeita Gardênia Gonçalves, esposa de Castelo.

Para alívio do Maranhão, espera-se de Castelo o definitivo abandono da carreira política.

Feliz 2013, car@s leitor@s!

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