terça-feira, 23 de abril de 2013

ZÉ DIRCEU ONTEM E HOJE

O homem forte do PT, Zé Dirceu, deu rasante em São Luís. Conversou com a governadora Roseana (PMDB) para reafirmar o apoio do petismo maranhense à oligarquia Sarney.

Dessa vez Dirceu foi direto ao assunto: o PT deve ir com o PMDB, apoiando a candidatura de Luis Fernando Silva.

Em 2010 ele apalavrou uma coisa e aconteceu outra. Durante uma entrevista coletiva na Assembléia Legislativa, o ex-ministro foi perguntado sobre a possibilidade de intervenção do diretório nacional do PT na decisão do partido no Maranhão.

Dirceu disse que a decisão do PT local seria respeitada. O partido optou por Flavio Dino (PCdoB), mas ele  próprio armou para dissolver o resultado e aliançar com Sarney.

Um comentário:

  1. PARTE II:
    Os próprios economistas do PT, muitos hoje na proa do navio, comandando nossa economia, desdenharam do Plano Real de forma sarcástica, se lixando para o povo. Como o tempo mostrou (e o PT sabia), o Plano Real foi uma engenharia econômica de raro talento. Deixou até o matemático Henrique Simonsen de queixo caído. E até hoje o PT e Lula não admitem publicamente, de forma categórica, a revolução que o Plano Real provocou nas vidas de quase todos os brasileiros (além do PT, teve gente que virou a cara: os que aplicavam no overnight). Não vou nem falar das injúrias que o Lula lançou contra a Lei de Responsabilidade Fiscal. Mas, e hoje, depois de quase 12 anos no Poder? Cadê a auditoria da dívida, tão propalada pela “companheirada”? A bandeira da ética foi a pique. O Mensalão terminou por sepultá-la solenemente. Será que há algum eleitor que ainda acredite nesse papinho furado de partido diferente? E os bancos? Ganharam muita grana nesse período todo. E ainda financiaram a campanha de muitos daqueles que outrora lhes viravam a cara. E por que o Lula e sua turma não estatizaram novamente as telefônicas, elétricas, bancos e siderúrgicas? Óbvio: Lula e o PT sabiam que seria muito mais fácil qualquer ação governamental de desenvolvimento com essas empresas privatizadas. Mas admitir isso? Nunca. O que se ouviu do Lula, então? Novo mantra: “Uma coisa é fazer oposição, e outra é governar”. Bonito, não? E onde ficou a convicção de um ideal de todo um partido? E quem são hoje e quem foram ontem os grandes colaboradores da gestão política do PT? O vilipendiado Sarney, o achincalhado Maluf, o proscrito Fernando Collor, o escandaloso Jáder Barbalho, o astuto Renan Calheiros etc. etc. e etc.. Isto é coerência? Se porventura houvesse a possibilidade de retratar em síntese, no frontispício de um livro imaginário sobre Lula e o PT, eu pediria as devidas e sinceras vênias ao escritor Oscar Wilde e pinçaria de sua obra-prima O Retrato de Dorian Gray, o trecho em que Dorian (o personagem principal) se desespera ao ver-se em seu retrato finalmente pronto: “Eu irei ficando velho, feio, horrível. Mas este retrato se conservará eternamente jovem. Nele, nunca serei mais idoso do que neste dia de junho... Se fosse o contrário! Se eu pudesse ser sempre moço, se o quadro envelhecesse!... Por isso, por esse milagre eu daria tudo! Sim, não há no mundo o que eu não estivesse pronto a dar em troca. Daria até a alma!”.

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